JBS e Odebrecht - Sai Capeta

 

JBS
Fundação: 1953
Faturamento em 2016: R$ 170 bilhões
Volume de pagamentos ilícitos: Cerca de R$ 600 milhões, segundo um dos delatores
Período das irregularidades: 2002 a 2017
Número de delatores: 7
Tempo até a homologação: 1 mês
Número de políticos citados: 1.829 

Odebrecht
Fundação: 1944
Faturamento em 2016: R$ 90 bilhões
Volume de pagamentos ilícitos: US$ 3,39 bilhões entre 2006 e 2014, segundo um dos delatores
Período das irregularidades: 1979 a 2015
Número de delatores: 77
Tempo até a homologação: 9 meses
Número de políticos citados: Cerca de 400

Situação no início da negociação do acordo
 
JBS
> 9 procedimentos de ação civil e criminal no DF
> Investigações abertas nas operações Greenfield, Sépsis, Cui Bono, Bullish, Carne Fraca (PR) e Lama Asfáltica (MS)
> Não foi denunciada em nenhum caso e não tem executivos na prisão
 
Odebrecht
> Investigação aberta na Lava Jato
> Marcelo Odebrecht, dono do grupo, preso e condenado a 19 anos
> 4 executivos detidos no Paraná
> Pressão de delação da ex-secretária do setor de propina do grupo

Principais implicados
 
JBS
> Michel Temer
> Senador Aécio Neves (PSDB-MG)
> Deputado Rodrigo Loures (PMDB-PR), ex-assessor de Temer
 
Odebrecht
Temer, Lula, Dilma, Renan Calheiros, Antonio Palocci, Guido Mantega, Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin, Eliseu Padilha e Romero Jucá

Provas entregues
 
JBS
> Gravação de conversas telefônicas e presenciais
> Fotos e vídeos de investigados e de entregas de dinheiro (ação controlada)
> Planilhas com doações para campanhas
> Registros de ligações telefônicas
> Depoimentos de 7 delatores em vídeo
 
Odebrecht
> Extratos e transferências bancárias
> Boletos de passagens aéreas
> Registros de estadias em hotéis
> Planilhas do setor de operações estruturadas
> Registros de ligações telefônicas
> Depoimentos de 77 delatores em vídeo

Consequências políticas
 
JBS
Instaurou-se a maior crise política da gestão Temer; Loures e Aécio foram afastados do Congresso
 
Odebrecht
Delações derrubaram José Yunes, assessor presidencial e amigo de Temer

Valor das multas
 
JBS
Wesley e Joesley Batista: multa de R$ 110 milhões cada um, a serem pagos em dez prestações (uma por ano)
 
Odebrecht
> De 30% a 60% da remuneração recebida pelo delator no período dos ilícitos, incluindo bônus no exterior
> Marcelo e Emílio: multa de cerca de R$ 100 milhões aos dois, além do dinheiro no exterior confiscado

Penas individuais
 
JBS
Joesley: nenhuma
 
Odebrecht
Marcelo: 10 anos (2 e meio em regime fechado)

	Pedro Ladeira/Folhapress
	O presidente Michel Temer (PMDB)

 
O que disseram sobre Temer
 
JBS
> Presidente deu aval a pagamentos a Eduardo Cunha e seu operador e tinha conhecimento de propina da JBS a juízes e procuradores
> Ficou com R$ 1 milhão de pagamentos feitos ao PMDB em 2014, listados em planilha
> Herdou "conta corrente" do PT e, com autorização do ex-ministro Guido Mantega, transferiu dinheiro a campanhas do PMDB
 
Odebrecht
> Então vice-presidente, participou de reunião no Palácio do Jaburu em 2014 em que foi acertado pagamento de R$ 10 milhões para campanhas do PMDB
> Temer participou de reunião em que foi negociado pagamento de US$ 65 milhões de propina em contrato da Petrobras relacionado ao PAC SMS (Plano de Ação de Certificação em Segurança, Meio Ambiente e Saúde)

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	Ricardo Stuckert/Associated Press
	O ex-presidente Lula (PT)

 
O que disseram sobre Lula
 
JBS
> Foi favorecido por pagamentos de propina disfarçados de doações oficias
> Assim como Dilma, era beneficiário de uma conta no exterior
 
Odebrecht
> Foram detalhadas obras feitas no sítio de Atibaia frequentado pela família do ex-presidente e pagamentos a parentes seus
> Conta conjunta era dedicada a projetos de interesse de Lula e do PT
> Tinha conhecimento de doação de caixa dois para campanhas de 2002 e 2006

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	Reprodução/Instagram/brazil_conference
	A ex-presidente Dilma Rousseff (PT)

 
O que disseram sobre Dilma
 
JBS
Teve campanha de reeleição em 2014 financiada por propinas disfarçadas de doações oficiais -que foram pagas nos últimos 15 anos e totalizaram R$ 400 milhões. Em troca, JBS recebia facilidades junto ao BNDES e fundos de pensão. Guido Mantega, então ministro da Fazenda, operava o esquema
 
Odebrecht
> Sabia de caixa 2 a campanhas de 2010 e 2014
> Encontrou-se no México (já com a Lava Jato em curso) com Marcelo Odebrecht, que mostrou pagamentos ilícitos feitos
> Sabia de pagamento ilícito em contrato da Petrobras relacionado ao PAC SMS

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	Alan Marques - 4.out.2016/Folhapress
	O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG)

 
O que disseram sobre Aécio
 
JBS
Recebeu R$ 2 milhões em propina para que quitasse despesas com dois advogados; em ação controlada, a Polícia Federal fez imagens da entrega do dinheiro a primo de Aécio. O montante, rastreado, foi para uma empresa do filho do senador Zezé Perrela (PSDM-MG)
 
Odebrecht
> Quando era governador de MG, recebeu propina e formou conluio para a construção da Cidade Administrativa, sede do Estado
> Teve campanhas financiadas via caixa 2
> Recebeu R$ 50 milhões para defender interesses da Odebrecht e da Andrade Gutierrez nas obras das hidrelétricas no Rio Madeira (RO) 

Fonte: site Uol