segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Benefícios e Malefícios do Chiclete - CEAB

Uma universidade da Inglaterra fez uma experiência com algumas pessoas e descobriu que ao mastigar várias vezes o chiclete os mecanismos do cérebro responsáveis pela memorização são ativados e os batimentos cardíacos são aumentados. O cérebro por sua vez funciona melhor por causa do aumento da circulação do sangue e do oxigênio.
Para alguns, a mastigação do chiclete ajuda a perder calorias, o fluxo da saliva aumenta e a produção de ácidos que causam cárie diminui. Mas, em contra partida, a mastigação de um chiclete não deve ser feita como a primeira refeição do dia, pois, a produção de suco gástrico sem alimentos favorece o processo de gastrites e úlceras, além de sobrecarregar a mandíbula causando bruxismo e problemas na dentição.
Na Grécia antiga as pessoas mastigavam resina de árvore para fazer a higiene bucal, depois de muitas substâncias usadas para mascar, Thomas Adams teve a idéia de mastigar a borracha que usava e assim surgiu o primeiro chiclete.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Sol, meu heroi - Revista Baby & Cia


O banho de sol é fundamental para o desenvolvimento sadio das crianças. Mas, se for feito da forma errada, pode abandonar o posto de herói e tornar-se vilão! Brincar, caminhar ou apenas sentar-se ao sol com o seu bebê, além de prazeroso, faz bem para a saúde e fortalece os laços da mãe com o filho. Com a chegada do verão, é bastante comum que as mamães queiram levar seus pequenos para curtir a praia ou o clube. Estes são ótimos programas em família e estão liberados! O principal é respeitar os horários indicados, manter a rotina da criança – como a hora de comer e tirar aquela soneca – e ter muita hidratação. Para os pequenos com mais de três anos, a exposição solar pode ser maior, mas sempre intercalando com a sombra.

Neste caso, uma grande árvore ou um guarda-sol é fundamental! Como tudo na vida, sol em excesso pode ser prejudicial. É um dever evitar o efeito pimentão e a desidratação. A pediatra Flávia Kibrit dá dicas de como aproveitar ao máximo os benefícios do banho de sol, e alerta sobre os cuidados necessários. Veja abaixo algumas das perguntas mais comuns:

1) Quando e como devem ser feitos os primeiros banhos de sol?
Os bebês são considerados recém-nascidos até os 28 dias. Após este tempo, a mamãe pode expor seu filho ao sol por quatro minutos, aumentando o tempo gradativamente, até chegar a uma hora. Lembre-se de que exposição não é para deixá-lo bronzeadinho!

2) Qual a principal importância do banho de sol?
No recém-nascido, ajuda a diminuir a icterícia, que é o acúmulo de bilirrubinas na pele (também conhecida como amarelão). Ele estimula
a produção de serotonina, responsável pelo bem-estar, muito importante para os bebês. Mas o principal benefício é ajudar o organismo da criança
a sintetizar a vitamina D – fundamental na fixação do cálcio no organismo –,
no fortalecimento do sistema imunológico e o no crescimento dos ossos. O nutriente está presente no leite materno, de vaca e nos cereais, mas ficaria inativo no organismo dos pequenos se não fosse o herói Sol!

3) Quais os sintomas da falta de vitamina D, já que ela está diretamente ligada à exposição solar?
A alimentação deve ser rica em vitamina D, e os banhos de sol, frequentes. Caso contrário, pode causar raquitismo na criança, irritabilidade, insônia e
sudorese abundante no pescoço durante a amamentação. Mas nada de entrar em crise: todo bebê sua no pescoço enquanto mama, principalmente no verão. E hoje já existem cápsulas e gotas de vitamina D para a reposição muito utilizadas nos EUA e na Europa.

4) Com que frequência devo expor meu filho ao sol?
Sempre! O ideal é que o banho de sol seja diário, ou, no mínimo, de três vezes por semana, antes das 10h – aquele sol da manhãzinha –, e depois das 16h, quando o calor é menos intenso.

5) Qual o local mais indicado para tomar um solzinho?
Não pense que o sol é só na praia ou piscina. O banho de sol pode ser feito em qualquer lugar, e ainda render um passeio delicioso com seu filho! Em
casa, na varanda, no quintal, em playgrounds, parques, praças ou,
até mesmo, numa janela que entre um solzinho. Só não pode fechar
o vidro, pois os raios solares que sintetizam a vitamina D acabam
sendo filtrados.

6) Protetor solar: usar ou não? Qual o fator indicado para cada tipo de pele?
“Os protetores solares podem ser físicos ou químicos. Os protetores solares químicos são indicados apenas a partir de seis meses de idade, com Fator de
Proteção Solar (FPS) de, no mínimo, 30, independente do tipo de pele. Peles mais claras podem precisar de maior cuidado. É importante notar que, quanto maior o FPS, maior a quantidade de substâncias químicas”, alerta a pediatra. Para os maiorezinhos, é mais do que recomendável, é obrigatório! A escolha da marca é pessoal, e requer ajuda de um profissional, mas o ideal é que sejam protetores solares infantis – sem fragrância forte, nem colorante –, dermatologicamente testados. A proteção UVA e UVB é outro ponto decisivo.

7) Qual a melhor roupinha para expor o bebê ao sol?
Para os primeiros banhos, fica a sugestão de vesti-lo com algo bem leve. Um bodyzinho, por exemplo. Vá tirando a roupinha aos poucos, para que o bebê possa se acostumar com a temperatura. O ideal é que a maior parte do corpo do seu filho esteja na luz direta, sem qualquer obstáculo, mesmo sendo uma roupa bem fininha. Não se esqueça do chapéu para proteger o rostinho do seu bebê. E, na praia ou piscina, é fundamental ter um guarda-sol por perto, já que os raios solares são potencializados pelo reflexo. Hoje em dia, existem tecidos com fatores de fotoproteção que protegem ainda mais, mas custam um pouco mais caro também!

8) O que deve ser evitado?
Além da exposição prolongada, não passe creme hidratante, óleo ou perfume antes de tomar sol. A recomendação vale para crianças e adultos!
A química pode causar alergias e manchas. “As frutas ou sorvetes cítricos, como limão, tangerina, figo e laranja, queimam a pele. Algumas pomadas anti-inflamatórias, antialérgicas e antibióticas possuem psoralenos, e também são fotossensibilizantes, devendo ser evitadas”, alerta a Dra. Kibrit.

9) Qual a hora de reaplicar o protetor?
Sempre que a exposição ao sol for prolongada, houver contato e brincadeiras com água, ou suor excessivo, devemos reaplicar o protetor solar. No mínimo, a cada 2 horas, o protetor deve ser reaplicado, mas não existem regras para isso. Não há um tempo certo, já que cada tipo de pele tem uma absorção diferente. Coerência e precaução são as palavras-chave para saber a hora!

10) Quais as consequências da exposição prolongada?
Sol demais tem como consequência aquela vermelhidão e ardor. Se queimar, geralmente os sintomas aparecem 24h depois. Irritação, pele avermelhada, incômodo, e até coceira podem assombrar os seus dias. Em casos mais graves, pode causar desidratação, febre, delírio, choque e baixa pressão sanguínea. “Se houver formação de bolhas ou sintomas de insolação, calafrios ou indisposição, será necessário procurar o pediatra”, aconselha a Dra. Flávia.

11) Queimou demais?
Uma dica boa é colocar o pequeno na banheira com água morna ou fria. Compressas de água fria também aliviam e tiram o vermelho da pele, pois ajudam a contrair os vasos sanguíneos. Não utilize sabonete – apenas nas partes íntimas. Loções e cremes de uso infantil auxiliam na hidratação da pele, mas evite aqueles com muita fragrância, pois podem causar alergias e irritações.

Dicas:
- Se você levar o bebê para tomar o sol da tardezinha, leve um agasalho. A temperatura sempre cai com o tempo. Chapéu com abas largas e protetor solar não podem faltar!

- Na hora da exposição ao sol, disponha sempre de um relógio para controlar o horário.

- O leite materno é a melhor fonte de vitamina D – e de outros nutrientes – para o bebê de até seis meses. Protetores solares não são indicados até o sexto mês de vida.

- Líquidos para hidratar devem ser oferecidos o tempo todo. A reposição de água e sais minerais é fundamental. Água de coco é uma boa pedida!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Alimento vivo: o chip da vida - Alessandra Nahra


Suco verde, grãos germinados, arte na horta: a professora Ana Branco ensina a brincar com a comida e depois comer a arte que revitaliza o corpo e a alma

Ana Branco é uma professora diferente. Para começar, ela desafia a antiga lei doméstica que sempre proibiu as crianças de brincar com a comida. Ao contrário, Ana Branco é uma mãe para esses “arteiros”: ela ensina e estimula seus alunos (já bem crescidinhos) a brincar de fazer arte com a comida. Uma brincadeira com muito amor e respeito pela Terra, a mãe de todos nós e de frutos que oferece tão generosamente para que tenhamos o alimento, a vida, a brincadeira.

Professora do Departamento de Artes da PUC-Rio desde 1981, Ana Branco orienta o BioChip, grupo que investiga as cores e a recuperação da informação através do desenho com modelos vivos. Estes modelos vivos são rabanetes, abacates, mangas, alfaces, cenouras – sementes, frutas e hortaliças, de preferência fresquinhos. Com os alunos, Ana vai até hortas orgânicas onde “conversar” com os vegetais. Trocando e recebendo informações direto da fonte original, a arte nasce da vida. “Através da interação dos modelos vivos com o observador, são feitas leituras quanto às suas formas, cores, sabores, texturas e odores. Os frutos da Terra recuperam no nosso corpo informações matrísticas, que podem ser decodificadas a partir do contato direto, não verbal, presente nos alimentos vivos”, explica o folheto do BioChip. Em outras palavras, os alunos fazem arte com a comida viva e depois apreciam com todos os sentidos, incluindo o paladar, o gosto que a arte tem.

Mas por que se chama BioChip? “Chips de computadores são moléculas de água que contém silício. Sementes também. Dentro delas, há informações sobre a vida na Terra. O contato com o chip vivo recupera o processo criativo do humano, nos reconectando com os outros, com os animais e com o planeta”, explicou Ana em recente palestra em Porto Alegre, durante o Fórum Social Mundial.

As idéias de Ana ultrapassam os limites da academia, gerando arte viva que flui para dentro das pessoas. É isso que se percebe ao vê-la em ação, explicando com o corpo e coração a missão da sua vida. Ana Branco come diferente da maioria dos humanos contemporâneos e economiza um dinheirão em gás. É que ela nunca cozinha – mas isso também não quer dizer que come fora todos os dia. Ana só come Alimentos Vivos, ou seja, crus e brotados. Segundo ela, cozinhar alimentos rompe a molécula de água que reveste o silício – e aí, já viu: adeus informação, adeus BioChip. O chip perde a água molecular e a informação não é mais acessada. O que equivale dizer que a conexão com a Terra se rompe e o homem se mantém em processo de dormência. “E isso é interessante para a manutenção da guerra em que vivemos, para a relação de ataque e defesa que estabelecemos dentro de nosso eco-sistema, de nosso corpo. Só que agora acabaram-se as guerras e vamos ter que re-aprender a viver em paz, como nascemos”.

As sementes, alcalinas, começam a se acidificar assim que se afastam da planta. Este processo acontece com quase tudo que alimenta o mundo. Transformamos, cozinhamos, congelamos, microondeamos a comida. “Pela acidificação nós nos desnaturamos, nos afastamos da natureza, a do planeta e a nossa. Esquecemos que somos mamíferos, alegres, cooperativos. Adoecemos porque nos afastamos da origem. Os alimentos cozidos desencadeiam no organismo humano estruturas viciantes. Isto é, cada vez mais o organismo deseja doses mais ácidas, e essa acidez gera euforia e depressão exatamente como acontece com as drogas.”

Então Ana pesquisou e agora ensina maneiras de trazer a vida de volta à nossa vida. Ela não recomenda que ninguém pare de comer do jeito que come e opte imediatamente pela alimentação crua, porque, segundo ela, nossa intoxicação é imensa e seria um choque para o organismo, tal qual uma desintoxicação de drogas pesadas. “Dentro da Alimentação Viva, tudo o que estamos acostumados a comer são drogas: açúcar branco, mascavo, pão integral com tofu, peixe grelhado, caldinho de feijão com arroz, biscoito de água e sal, sorvete de creme etc”. Isso porque os alimentos industrializados e as misturas de amido com proteína são altamente acidificantes, causando dependência. Mas Ana não “prega” a sua maneira de alimentação. Segundo ela, é “só para os que escolhem ser o que sempre foram”. No entanto, ela dá receitas para que qualquer pessoa possa incorporar a força dos alimentos vivos no dia-a-dia, mesmo que não tenha intenção nenhuma de abandonar as delícias cozidas.

As duas principais ferramentas são os grãos germinados e o Suco de Luz do Sol. “Precisamos fazer o caminho contrário do que fizemos até aqui, pelo qual acidificamos ao máximo nossa comida. Quando a semente germina, torna o solo e tudo o mais alcalino, e alcalinização é igual à revitalização. Quando molhamos a semente, a dormência se rompe e libera a informação, ampliando o valor nutritivo em 20 mil vezes”. Sementes e grãos germinados são a base da alimentação de Ana. Puros, misturados, transformados em…

…Suco de Luz do Sol, que vem a ser clorofila pura, luz do astro rei que alimentou e foi transformada pelas plantas verdes. “Esse tipo de alimento é capaz de mudar o comportamento das pessoas, por causa da oxigenação intensa do cérebro”. O suco verde entra no sangue e em 15 minutos se transforma em hemoglobina, acelerando processos de cura e desintoxicação. “Tomando o suco de Luz do sol todos os dias, voce vai aos poucos recuperando quem voce sempre foi. Nào precisa ter pressa, basta ter ritmo”. E é um remédio poderoso, diz Ana, que pode curar tudo. Dor de cabeça, dor de barriga, pele seca, diarréia, cocô duro, gripe – das mais fáceis até as mais difíceis. Aids? Cura, garante Ana. Câncer? Cura também. A pessoa está em coma? É só levar o liquidificador para a UTI e dar suco de Luz do Sol de hora em hora até que a pessoa levante do transe. Ana garante. Ela já viu. E você pode ler nos depoimentos no site dela, clicando aqui.

E depois? Depois é passar adiante a informação para quem precisa do santo remédio. Porque, não se engane, é presente da mãe Terra, é presente de Deus, quase de graça (moço, quanto custa a folha de abóbora?), independente e auto-suficiente. Presente baratinho porém mais valioso que muito diamante quando a maior riqueza é saúde e vida vibrante e criativa, atributos naturais dos mamíferos – e por tudo isso, por esse tesouro reconectado, estamos desde agora sempre plenamente agradecidos…

Receitas: Suco de Luz do Sol e como germinar

Liquidifique um pepino pequeno e uma maçã grande sem sementes. Não coloque água nenhuma, bata com a ajuda de um socador ou colher de pau (cuidadosamente), para extrair o líquido das hortaliças. Então coe num coador de pano e coloque o líquido de volta no liquidificador. Acrescente o legume e a raiz, que podem ser cenoura, abóbora, maxixe, batata doce, inhame, quiabo, couve-flor, abobrinha, nabo beterraba etc. (Procure variar as hortaliças e privilegie as de produção orgânica.) Bata e coe novamente. Acrescente as folhas verdes, que podem ser couve, folha de abóbora, folha de beterraba, folha de cenoura, espinafre, bertalha, chicória etc; quanto mais verde, melhor. Ponha agora os grãos germinados (trigo, girassol, painço, soja, linhaça, gergelim, arroz, amendoim, ervilha etc). Bata tudo, coe no coador de pano e beba imediatamente. Em pouco tempo esse suco se transforma em hemoglobina dentro do corpo.

Para germinar grãos:

1. Colocar de uma a três colheres de sopa de grãos num vidro e cobrir com água limpa.

2. Deixar de molho por 8 a 12 horas.

3. Cobrir a boca do vidro com filó e prender com elástico. Despejar a água em que os grãos ficaram de molho e enxaguar bem os grãos sob a torneira.

4. Colocar o vidro inclinado num escorredor num lugar sombreado e fresco.

5. Enxaguar pela manhã e á noite. Em dias quentes é preciso lavar mais vezes.

O tempo de germinação varia de acordo com o grão, temperatura etc. Em geral, estão com sua potência máxima logo que sinalizam, assim que põem o “rabinho” para fora. Então estão prontos para serem consumidos.

Fonte: “Você sabe se alimentar?”; Dr. Soleil, Ed. Paulus

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Pai ainda não é dispensável aos filhos, apontam estudos


Você pode tentar achar que homens são um extra opcional no jogo conjugal, mas evidências bioquímicas em camundongos e pessoas sugerem que os pais podem desempenhar um papel fundamental na educação da sua prole.
Estudos prévios indicam a importância da paternidade na educação dos descendentes. Alguns dos trabalhos demonstraram que garotas próximas à puberdade tornam-se sexualmente ativas mais cedo e são mais propensas a engravidar na adolescência, caso seus pais sejam ausentes quando elas são mais jovens. Outros sugeriram que os filhos cujo pai é ausente exibem baixo poder de intimidade e de autoestima.
Estudos prévios feitos com cobaias e humanos indicam a importância da paternidade na educação dos descendentes
Para investigar a base biológica dessas diferenças, Gabriella Gobbi, do Centro Universitário de Saúde McGill, de Montreal (Canadá), e colegas estudaram ratos californianos que, como pessoas, são monogâmicos e tendem a criar sua prole juntos.
Os pesquisadores retiraram os pais --mas não as mães-- de alguns filhotes de ratos, de três dias depois do nascimento até 30 ou 40 dias. Então, eles observaram a atividade das células cerebrais no córtex pré-frontal --área que envolve a interação social e expressão da personalidade, como resposta ao hormônio oxitocina e outros neurotransmissores, incluindo serotonina, dopamina e NDMA (nitrosodimetilamina).
As células nos filhotes privados dos pais enfraqueceram na produção de oxitocina --a "química do carinho", que é normalmente lançada durante interações sociais e casais. Eles também tiveram um aumento da produção de NDMA, que está relacionada à memória.
Os ratos sem pais também se demonstraram menos interessados no compromisso com outros ratos. "Usualmente, se você põe dois animais na mesma gaiola, eles investigam um ao outro, mas quando colocamos dois animais privados do contato com os respectivos pais, eles se ignoraram mutuamente", diz Gobbi. Sua colega Francis Bambico apresentou o trabalho no Congresso Mundial de Psiquiatria Biológica em Paris, França, no começo de julho.
Se há também diferenças bioquímicas entre os cérebros de crianças com a presença e ausência do pai é algo desconhecido. Michael Meaney, que estuda os efeitos dos cuidados maternos na McGill, recomenda cautela na aplicação dos resultados de camundongos nas pessoas. No rato californiano, é o pai quem lambe os filhotes na maioria das vezes, diz ele.
Há, no entanto, evidências de que quando homens se tornam pais, estão propensos a mudanças bioquímicas que afetam seu comportamento. Ruth Feldman, da Universidade Bar-Ilan, em Israel, visitou 80 casais logo após o nascimento de seus filhos, e novamente depois de seis meses, e observou que a transição da paternidade estava associada com o aumento da oxitocina não apenas nas mães, mas também no dos pais, quando comparados com solteiros e pessoas sem crianças.
Os níveis de oxitocina nos pais também se demonstram diferentes em cada sexo. Mães com altos níveis do hormônio se comprometem mais com as crianças, com toques afetivos e com voz suave. Pais com altos níveis de oxitocina brincam mais com suas crianças, que demonstram mais ligação com eles do que crianças cujos pais têm baixa oxitocina.

New Scientist
Fonte: Folha Online

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Aquecimento Global - Copenhague


Aquecimento vai forçar migração de 1 bilhão de pessoas. Até 2050, um bilhão de seres humanos serão “expulsos” de seus lares pelos fenômenos naturais provocados pelo aquecimento global. O alerta é da Organização Internacional para a Migração (OIM) e também foi apresentado em Copenhague. O prognóstico aponta os responsáveis pela movimentação dos “refugiados climáticos” a desertificação, a poluição da água e outros problemas que transformaram áreas cada vez maiores em regiões inóspitas. No momento em que a OIM explanava essa previsão, seus porta-vozes diziam que, só na semana passada, 20 milhões de pessoas ficaram desabrigadas por conta de desastres naturais. A incidência dessas tragédias, revela a organização, já dobrou nas últimas duas décadas. América Central, África Ocidental e Sudeste Asiático são as regiões que produzirão os “refugiados climáticos”.

2009: o quinto mais quente dos últimos 160 anos
A década 2000-2009 já é a mais quente desde o ano de 1850. E o ano corrente pode terminar como o quinto com mais altas temperaturas nos últimos 160 anos. A variação dos anos 2000 para o período entre 1961 e 1990 foi de 0,4º sobre a temperatura média. A informação foi dada no segundo dia da Conferência do Clima, em Copenhague, pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM). A região Sul do Brasil está inserida em áreas atingidas pelo calor extremo, que chamou maior atenção no outono da região austral, que engloba, além do sul do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai. Entre março e maio, foram registradas temperaturas diárias que alcançaram 30ºC e 40ºC, que bateram recorde diversas vezes. As regiões norte e central da Argentina experimentaram em outubro uma estiagem com temperaturas acima de 40ºC. Enquanto isso, no sul houve precipitações de neve fora de época. O derretimento da camada de gelo do Ártico também é preocupamente, chegando ao seu terceiro menor nível desde que a medição começou, em 1979. Há trinta anos, eram 5,1 milhões de quilômetros quadrados. Em 2007 ficou em 4,3 milhões de quilômetros quadrados; em 2008, 4,67 milhões de quilômetros quadrados.

Café e câncer de próstata


Contra a agressividade
Beber café pode ajudar a diminuir os riscos de que a pessoa desenvolva formas agressivas de câncer da próstata, segundo um estudo que acaba de ser divulgado. O trabalho concluiu que os homens que consumiam quantidades grandes de café tinham 60% menos riscos de apresentar tumores agressivos do que os que não bebiam café.

Como o café age sobre o corpo
O café tem efeito sobre a forma como o corpo quebra as moléculas de açúcar e também sobre os índices dos hormônios sexuais - ambos fenômenos que já foram associados ao câncer da próstata em outros estudos. Os pesquisadores não sabem ao certo que componentes do café poderiam ter esse efeito positivo. Entretanto, sabe-se que ele contém minerais e antioxidantes, que limitam danos aos tecidos causados pela liberação de energia nas células. A pesquisa, feita por especialistas da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, foi apresentada durante uma conferência da American Association for Cancer Research.

Efeito estimulante do café
"Poucos fatores ligados ao estilo de vida foram associados de forma consistente aos riscos de câncer na próstata, especialmente aos riscos de formas mais agressivas da doença, então será muito estimulante se esse vínculo for confirmado em outros estudos", disse Kathryn Wilson, uma das pesquisadoras. Os pesquisadores monitoraram o consumo de café em quase 50 mil homens a cada quatro anos entre 1986 e 2006. Eles ressaltam que mais pesquisas são necessárias antes que se tire qualquer conclusão sobre os efeitos benéficos do café. Mas uma coisa é certa, disse Wilson: "Nossos resultados indicam que não há razão para deixar de beber café em função de preocupações sobre o câncer da próstata".

Riscos do alto consumo de café
Comentando o novo estudo, uma representante da entidade beneficente The Prostate Cancer Charity, Helen Rippon, disse que pesquisas anteriores a respeito do efeito das bebidas cafeinadas sobre o câncer da próstata tiveram resultados ambíguos. "Não recomendaríamos que homens adotem o hábito de beber muito café baseados nesse estudo, até porque o alto consumo de cafeína pode causar outros problemas à saúde". "Por outro lado, os que já tomam regularmente uma xícara de café vão ficar aliviados em sabe que não precisam desistir do hábito por conta da próstata".

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Bom Sono


A agitação da vida moderna às vezes fazem as pessoas e deixar o bom sono de lado. Mas deixar de dormir, e bem, tem um alto preço. É como golpear o próprio corpo. No último congresso mundial de estudiosos desse assunto, o Sleep, realizado recentemente nos Estados Unidos, não restaram dúvidas: além de repor a energia, trata-se de um antídoto contra problemas bem mais graves que as visíveis olheiras.

O descanso requer regularidade — sim, o ideal é adotar um horário para despertar e outro para se deitar. “O sono também não deve ser fragmentado, ou seja, interrompido muitas vezes ao longo da noite”, avisa o neurologista Rubens Reimão, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Esses cuidados são cruciais para que o organismo relaxe e cumpra tarefas exclusivas da madrugada. É nesse período que produzimos o hormônio do crescimento, caro à recuperação dos músculos e dos ossos. E ainda fabricamos a melatonina, que zela pelas células.

Veja abaixo alguns benefícios que o bom sono traz:

O elixir da longa vida
Um dos seus efeitos protetores dos sono foi revelado por um estudo apresentado no Sleep. O trabalho acompanhou 5 mil americanos durante oito anos. Os indivíduos que prezaram um bom descanso noturno tornaram- se menos vulneráveis a todo tipo de doença. “As pessoas que dormem menos de seis ou mais de nove horas correm mais risco”, conta a líder da pesquisa, Alison Laffan, da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins. Quando falamos em sono, nem sempre quantidade espelha qualidade. Ficar tempo demais debaixo das cobertas pode ser o resultado de uma noite conturbada e não reparadora. “E essa condição aumenta a pressão arterial, favorecendo males cardiovasculares”, diz a cientista.

Contra a diabete
Um estudo da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, concluiu que pacientes insones — que têm dificuldades para adormecer ou manter o sono — estão mais sujeitos ao diabete tipo 2. Embora nem todos os mecanismos para justificar esse elo tenham sido decifrados, os especialistas creem que a privação de sono — intencional ou patológica — atrapalhe a ação da insulina, o hormônio que leva o açúcar para dentro das células. Esse seria o primeiro passo para o desenvolvimento do mal do sangue doce.

Notas 10
Segundo um trabalho da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, um sono de qualidade aprimora o desempenho acadêmico. Após avaliar 56 adolescentes, os pesquisadores observaram que quem dormia pouco ou acordava muito ao longo da noite teve as notas mais baixas em disciplinas como matemática e línguas. “O repouso fragmentado é prejudicial porque impede de chegar aos estágios mais profundos do sono”, diz a biomédica Deborah Suchecki, da Unifesp.

Boa memória
Todos já devem ter ouvido falar que dormir bem é fundamental para a consolidação das lembranças. Isso é fato. Mas uma pesquisa apresentada no Sleep pela Universidade Harvard, atesta que ela faz toda a diferença na hora de selecionar o que é mais relevante guardar para o futuro. “À noite o cérebro reprocessa as informações e passa a armazenar a memória”, afirma a neurologista Suzana Schonwald, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. “Ele realiza uma espécie de transferência de arquivos”, compara. Esse serviço permite escolher e fixar as recordações que conservaremos para o resto da vida

Coração forte
Na verdade, todos os vasos são gratos quando a gente se desliga do plugue à noite. A retribuição a esse investimento é uma probabilidade bem menor de ser vitimado por infartos e derrames. “O déficit de sono coloca o corpo em estado de alerta, o que dispara a produção de hormônios ligados ao estresse e eleva a pressão arterial, condições favoráveis à doença cardiovascular”, explica a bioquímica Michelle Miller, da Universidade Warwick, na Inglaterra. Madrugadas turbulentas resultam numa indesejada descarga de adrenalina na circulação, algo que corrompe a elasticidade das artérias.

Os dez mandamentos para um bom sono
1. Conserve o quarto escuro
2. Não durma em um ambiente barulhento
3. Estabeleça um horário para se deitar e outro para acordar diariamente
4. Não troque a noite pelo dia
5. Apague para sempre o cigarro
6. Não beba café à noite
7. Não abuse de bebida alcoólica
8. Mantenha a forma
9. Pratique atividade física de manhã ou à tarde
10. Se estiver com dificuldades para dormir ou sentir sonolência durante o dia, procure um médico

Fonte: Revista Saúde

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Linhaça

A linhaça vem se destacando, graças aos benefícios que ela proporciona à nossa saúde.
A linhaça é composta de 41% de gordura, 28% de fibras, 21% de proteína, 4% de resíduos e 6% de outros carboidratos (entre eles: açúcares, ácidos fenólicos, lignana e hemicelulose). No entanto, essa gordura tem uma quantidade enorme de ácidos graxos do tipo ômega 3 (usados no combate a obstruções em artérias, responsáveis por doenças do coração).
A linhaça auxilia o sistema digestivo e o funcionamento do intestino, e conseqüentemente deixa a pele mais bonita. A linhaça é considerada um alimento, pois tem propriedades nutricionais básicas e preventivas — graças aos componentes antioxidantes e anticancerígenos. Além disso, é um poderoso desintoxicante.
Na casca da linhaça encontra-se uma mistura de minerais, proteínas e vitaminas. A vitamina E ajuda no funcionamento celular, por isso afasta o envelhecimento precoce e as doenças degenerativas.
Um dos destaques da linhaça é uma substância chamada lignana, que exerce o mesmo papel do estrógeno. Esse composto atua na apoptose celular — um mecanismo de defesa que provoca a destruição das células defeituosas. No caso de um câncer, esse mecanismo de autodestruição costuma não funcionar. Mas a lignana substitui tal sistema e ativa a contagem regressiva para a célula doente se destruir como esperado.
Vale ressaltar que a linhaça só pode ser usada no tratamento do câncer sob estrita avaliação médica.
A semente de linhaça atua de forma parecida com a soja, que possui a isoflavona e fitoesteróide que imita o hormônio feminino.
Benefícios da Linhaça
• diminui os sintomas da menopausa, como: suores, dores de cabeça e insônia;
• reduz o colesterol
• auxilia na redução do peso
• combate as espinhas
• proporciona equilíbrio nos hormônios
• modulação do sistema imunológico
• ajuda controlar o diabetes
• regula o intestino
Modo de Uso da Linhaça
A semente de linhaça moída tem os mesmos benefícios nutricionais que a semente inteira, além de ser mais fácil para ingerir. Para preparar a linhaça moída, bata-a em um liquidificador por alguns minutos. Não há necessidade que ela vire pó.
A linhaça moída pode ser guardada na geladeira em um vidro limpo e seco bem fechado e deve ser consumida em mais ou menos uma semana.
É aconselhável tomar uma colher de sopa por dia, podendo ser a qualquer hora do dia. Se a intenção é ter um bom funcionamento do intestino, tome em jejum; pode ser com água ou com qualquer líquido de sua preferência.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pro Teste reprova 8 entre 10 protetores solares


Apenas dois entre dez protetores solares FPS 30 em loção avaliados pela Pro Teste Associação de Consumidores comprovaram eficiência na proteção solar. E apenas três não apresentaram na composição o benzophenone-3, um ingrediente que já é proibido em outros países, por ser potencialmente cancerígeno.

Quatro dos protetores têm baixa proteção UVA (cujos raios atingem as camadas mais profundas da pele, causando envelhecimento precoce), mas a legislação brasileira não exige um mínimo. E cinco deles não são resistentes à luz e ao calor, perdendo a eficiência.

É o que mostra a análise publicada na revista Pro Teste de dezembro e disponibilizada no site da entidade: www.proteste.org.br. O teste envolveu análise de rotulagem, composição, irritabilidade, hidratação, proteção, resistência a exposição solar, e teste em uso.

A associação reivindica que seja proibido o uso da substância benzophenone-3 na composição dos produtos, ingrediente proibido em outros países, por apresentar esterogenicidade, entrar na circulação sanguínea e ser potencialmente cancerígeno.

Também está pedindo à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passe a exigir o fator UVA de no mínimo um terço do FPS do produto, assim como ocorre na Europa, e que esta informação conste no rótulo. Assim como sejam obrigatórios testes de fotoestabilidade para verificar se eles são estáveis nas condições reais de uso, durante a exposição solar.

O FPS é responsável por bloquear os raios UVB, que são mais fortes entre 10 horas e 16 horas, período não recomendado para exposição prolongada ao sol. São os principais responsáveis por câncer de pele, queimaduras e vermelhidão.

Resultados
Os protetores L'Oréal Solar Expertise e o Cenoura & Bronze foram os que se saíram melhor na avaliação de eficiência do filtro solar.

No teste de fotoinstabilidade, o FPS dos produtos foi medido antes e depois da exposição a uma temperatura de 40ºC. As marcas Avon, La Roche-Posay, Nivea, Banana Boat e Sundown foram reprovadas.

Alguns produtos, como o da Nívea, perderam 50% do seu FPS. Todos os protetores analisados são de fator 30. Após uma hora de uso, eles caíam para FPS 15. O segundo pior foi o La Roche Posay, que manteve só 62% de sua proteção indicada no rótulo. Isso não quer dizer que os produtos não oferecem proteção aos raios UVB, e sim que têm pouca resistência à luz e ao calor, segundo a associação. Além de instável à exposição solar, o Coppertone declarou um fator de proteção (30), maior do que o medido (25).

Todos as embalagens mencionavam resistência à água, mas após imersão de meia hora, a proteção do produto da Natura caiu para 30% do FPS inicial, por exemplo. O Sundown caiu para 55%.

A presença de substâncias bloqueadoras dos raios UVA - que têm incidência constante durante o dia todo - é indicada nos rótulos dos 10 produtos. Mas só três embalagens mostram o grau de proteção: Cenoura & Bronze, L"Oréal Solar Expertise e Natura Fotoequilibrio. Não há regulamentação no Brasil que obrigue a presença de substâncias bloqueadoras dos raios UVA, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os produtos que não apresentaram na composição o benzophenone-3, ingrediente que segundo a associação já é proibido em outros países, foram o L'Oréal Solar Expertise, o Cenoura & Bronze e o Hélioblock da La Roche-Posay.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Igreja é isenta de impostos - FSPaulo


Bastam R$ 418 para criar igreja e se livrar de imposto. Após fundar igreja, reportagem da Folha abre conta bancária e faz aplicação isenta de IR. Além de vantagens fiscais, ministros religiosos têm direito a prisão especial e estão dispensados de prestar serviço militar. Bastaram dois dias úteis e R$ 218,42 em despesas de cartório para a reportagem da Folha criar uma igreja. Com mais três dias e R$ 200, a Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio já tinha CNPJ, o que permitiu aos seus três fundadores abrir uma conta bancária e realizar aplicações financeiras livres de IR (Imposto de Renda) e de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Seria um crime perfeito, se a prática não estivesse totalmente dentro da lei. Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para a constituição de uma igreja. Tampouco se exige um número mínimo de fiéis. Basta o registro de sua assembleia de fundação e estatuto social num cartório.
Leia a reportagem completa na Folha de S.Paulo http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2911200909.htm

domingo, 29 de novembro de 2009

Energia perdida no apagão abasteceria SP


A informação é do ONS, Operador Nacional do Sistema: o apagão ocorrido em 18 estados brasileiros entre a noite de terça-feira e madrugada de quarta-feira causou um desperdício de 17 mil megawatts de potência. Esse volume equivale ao consumo de todo o Estado de São Paulo.

Afora a energia jogada fora quando 18 unidades geradoras de Itaipu passaram a “rodar no vazio” – ou seja, sem conseguir enviar a produção para as linhas transmissoras – os prejuízos se avolumam com milhares de equipamentos queimados, e danos decorrentes de atrasos e contratempos.

Enquanto os técnicos se revezavam nas explicações, o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores tinha uma resposta pronta para o caos: as “aves de rapina”. Não que elas tivessem causado acidentes nas torres, mas, segundo Ricardo Berzoini, ficaram felizes com o apagão por terem como comparar o governo Lula com FHC, que implantou o racionamento devidamente comunicado à população.

Berzoini só não explicou se entre as aves de rapina está a sua colega Dilma Rousseff que disse, na terça-feira, que o governo Lula dá de 400 a zero no governo FHC. No quesito “apagão” não há o que contestar ministra.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Lanche para sua(eu) filha(o) na escola...


A lancheira ou lanche do sua(eu) filha(o) deve ter pelo menos um alimento fonte de cada grupo alimentar, levando em consideração as opções mais saudáveis:

1- um alimento energético como pão integral (ou preto, sueco, sírio, francês, bisnaguinha), biscoitos integrais salgados ou doces (sem recheios e coberturas), barra de cereais, bolos simples feitos em casa e cereais matinais à base de milho (aveia ou arroz) e geléia de frutas. São os alimentos fonte de carboidrato, que fornecem glicose, a principal fonte de energia para o bom desempenho físico e o trabalho cerebral.

2- um alimento construtor como iogurte desnatado, achocolatado, queijo branco ou pasteurizado, peito de peru, chester, leite semi desnatado, leite fermentado, iogurte com frutas, achocolatado, requeijão, petit-suisse, ovo cozido e atum conservado em água. Os alimentos construtores são ricos em proteínas, cálcio e ferro, nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento adequados.


3- um alimento regulador como frutas frescas ou secas, sucos naturais, de polpa ou de soja, água de coco, vegetais (pepino, cenoura, tomate), purê ou papa de frutas. Eles que fornecem fibras, vitaminas e minerais queregulam todo o funcionamento do organismo e previnem doenças.

O lanche completo e saudável, portanto deve ter: um produto lácteo, um produto de panificação e uma opção de fruta (ou suco).

Lembre-se que tornar os alimentos atrativos, dosar as guloseimas e variar o cardápio pode ajudar a despertar a expectativa de novos sabores na lancheira dos pequenos e o lanche dos já crescidos

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Educação na infância: erros mais comuns


Qual papai ou mamãe nunca parou diante de seu filho e já se perguntou: "Onde foi que eu errei?". Malcriações, birras e manipulações de crianças são atitudes que normalmente levam os pais a fazerem tal pergunta.
Não se desespere, afinal educar não é fácil. Mas também não é um bicho papão. Aprendemos com os erros e quanto mais cedo a falha for identificada, mais fácil de se evitar conflitos entre pais e filhos.
Existem alguns erros na hora de educar os filhos que parecem bobos, mas que se reforçados e repetidos são capazes de prejudicar o desenvolvimento da criança, mesmo que a intenção dos pais seja a melhor.
Começando pela alimentação que é uma das principais queixas dos pais. "Meu filho não come", "Tenho que ficar correndo atrás do meu filho para que ele coma" são frases bastante ouvidas pelos pais. Para evitar esse aborrecimento atitudes simples podem ser realizadas desde cedo.
Nada de aviãozinho, televisão ou barganha para que a criança coma. A criança deve entender que sem a comida poderá ficar fraca, com fome e até doente. Qualquer atitude que faça com que a criança coma sem prestar atenção na comida é ruim.
A alimentação deve ser colorida, diversificada e balanceada para a criança não enjoar e aprender a comer de tudo e assim evitar qualquer distúrbio alimentar, como obesidade, bulimia ou anorexia.
Mimar demais a criança não é bom - Outro velho excesso praticado pelos pais: fazer tudo pela criança, mesmo tarefas que já pode realizar sozinha, superprotegendo o filho, é prejudicial ao desenvolvimento social.
Normalmente essas crianças crescem se achando o centro do mundo, mandando e desmandando em tudo e exigindo até o que deve ser feito no jantar. Não conseguem se adaptar na escola, sentem-se inseguros e tornam-se inseguros e irresponsáveis justamente porque nesse lugar ele será apenas mais um, e não o dono do pedaço.
Saiba dizer "não" e dê bronca quando realmente for preciso.
Outro erro comum é negar a dor da criança. Quando a criança rala o joelho numa brincadeira a mamãe com toda boa intenção do mundo tenta amenizar a dor dizendo: "Não foi nada, já passou".
Fazendo assim, a criança acha que os pais não se sensibilizam a sua dor e tendem a procurar uma outra pessoa, deixando uma mágoa. Ou então, se for excessiva essa atitude dos pais a criança fica insegura aos seus sentimentos não entendendo se sente dor, raiva ou medo já que seus pais dizem que não é nada.
Quando os pais chamam a quina da estante de boba quando a criança bate com a cabeça é tirar da criança a responsabilidade de cuidados consigo mesma e colocar a culpa no objeto. Isso pode colocar a vida da criança em risco em situações mais graves. Quando ocorrer novamente o incidente, converse sobre a importância de se evitar acidentes e dos cuidados que a própria criança deve ter.
Deixar o filho ganhar constantemente um jogo só para não vê-lo frustrado com a perda já que não tem a mesma capacidade que a sua faz com que a criança aprenda que a vida é só ganhar. O jogo faz com que a criança espere a sua vez, aceite regras e limites impostas, aprenda a negociar e aceite que a vida é feita de ganhos e perdas.
E a máxima da educação é o exemplo. A criança aprende com exemplos de quem ela confia que são os pais. Se os pais não têm boas maneiras, não pedem, por favor, não dizem obrigado ou bom dia, comem assistindo televisão ou brigam muito passam esses valores para a criança e é isso que irá fazer. Os filhos são o espelho dos pais.
Dicas
Não critique ou elogie demais o seu filho. Tanto um como o outro é prejudicial. O bom senso é a melhor medida.
Não se culpe pelo erro, filho não vem com manual de instruções. Só não insista no erro já detectado.
Na dúvida, procure sempre um especialista para te orientar.
Bruno Rodrigues - Adaptado Flávio.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Filha afetiva...


Palavras não podem descrever o quão importante é você, que foi acontecendo como um milagre nestes últimos 2 anos e só agora (9/ago) que encontrei a palavra exata para descrever-te. Mas sei que é apenas o começo da descrição do que tu és. Com você o respirar muda, o ar fica mais puro, a singeleza dos seus gestos me encanta. Meu pulmão trabalha melhor, meu coração de tanta felicidade se descompassa quanto te vejo e meus olhos só enxergam sua beleza e o lado bom dos acontecimentos. Meus ouvidos são capazes de transformar seus choros, birras, suas palavras, seus sorrisos, em canções que fazem o mundo se transformar no infinito. Os dias passados contigo se misturam no perfume das flores junto com teu cheiro doce. O andar de bicicleta no parquinho, o canto dos pássaros e a brisa do mar se misturam no azul do céu a brilhar com tua voz. Teu soninho se funde com a lua e no calor do sol teu abraço me acaricia. Te arrumar prá sair, te carregar no colo. Teu sorriso é luz como o brilho das estrelas e tua vida a pulsar é razão para viver. Você não imagina como te amo FILHA AFETIVA. Beijos mil e que teus sonhos de princesa se realizem no futuro brilhante que te aguarda...

sábado, 1 de agosto de 2009

Água fria, resfriado e crianças...


Sabia que você não precisa ter receio de levar criança para tomar banho de mar e piscina devido a resfriados. A explicação é que banhos de piscinas ou mar fazem bem a saúde, principalmente pela manhã, ajudando a prevenir resfriado, até em crianças que têm alergias. Se sua(eu) filha(o) estiver com o peito cheio de catarro, esses banhos são terapêuticos, servindo como fisioterapia respiratória, eliminando as secreções. Faça isso com moderação e ao retirar a criança da água envolva-a em uma toalha seca para aquecê-la. Agora cuidado se a criança tem problemas no ouvido por que dai pode ser ruim.

Fonte: Net...

terça-feira, 21 de abril de 2009

O pai e a filha

Certa vez, a menina estava com seu pai e conversando com ele, começou a se queixar da vida, dizendo que tudo estava muito ruim, difícil.

A menina estava tão abatida que sua vontade de lutar e combater não existia mais. Sem saber o que fazer, queria, na verdade, desistir de tudo.
A impressão que ela tinha era a de que, assim que um problema estava resolvido, um outro surgia.

- Pai, atualmente minha vida está de cabeça para baixo, pois tudo está complicado, tudo tão difícil, nada se resolve.

Seu pai, um senhor sábio, muito tranqüilo, honestíssimo com a vida, era um cozinheiro de mão-cheia.
Nesse dia, levou sua filha até a cozinha da sua casa.

Não falou nada, nem uma palavra de conforto, apenas olhando-a no fundo dos seus olhos, como quem quer dizer:
- Filha, preste atenção no que estou fazendo.
Ele encheu três panelas idênticas com água e colocou-as no fogão, todas em fogo alto.

Na primeira panela, colocou algumas cenouras.
Na segunda, colocou ovos.
Na terceira, uma concha com pó de café.

Ainda sem dizer uma palavra, logo que as três panelas começaram a borbulhar, ele apagou as bocas do fogão.
A menina estava impaciente, tentando imaginar o que ele estaria fazendo.

Pegou as cenouras e colocou-as em uma tigela.
Retirou os ovos e colocou-os em outra tigela.
Com uma concha, pegou o café e colocou em uma xícara.

O pai virou-se para a filha e perguntou:
- Minha filha, o que você está vendo?

A menina atenta a tudo, respondeu:
- Cenouras, ovos e café.

Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe:
- Minha filha experimente as cenouras.

Ela obedeceu e comentou:
- Pai, as cenouras estão macias.

Ele, então, pediu-lhe que pegasse um dos ovos e quebrasse.
Mais uma vez, ela obedeceu e depois de retirar a casca, o tocar no ovo, verificou que o ovo tinha endurecido com a fervura. Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café.

Ela sorriu ao sentir o aroma e provar aquele delicioso café.
Então perguntou:
- Pai o que tudo isso quer dizer?

Ele explicou:
- Filha, a cenoura, o ovo e o café, todos eles enfrentaram a mesma adversidade, a água fervente, mas cada um reagiu de maneira diferente.

A cenoura entrara forte, firme e inflexível, mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil.
Os ovos eram frágeis, sua casca fina havia protegido o líquido interior, mas depois de terem sido fervidos na água, seu interior se tornara endurecido. O pó de café, contudo, era incomparável; depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água.

Ele perguntou:
- Quando algumas adversidades batem à sua porta, como você reage? Qual deles você é, com qual deles você se identificou, filha?

Minha querida, nós somos os únicos responsáveis pelas nossas atitudes, por nossas decisões e também por nossas mudanças.
Cabe a nós, somente a nós, decidir se a suposta crise irá ou não afetar nosso rendimento profissional, nossos relacionamentos pessoais ou a nossa vida como um todo.

Filha, quando você ouvir outras pessoas reclamando da vida, assim como você estava fazendo, ofereça uma palavra positiva.
Mas, lembre-se minha filha, de que você precisa acreditar nisso.
Confiar que você tem capacidade suficiente para superar e transformar qualquer que seja o desafio que chega até você, assim como o café fez, quando misturado com a água fervente.


Alguns Comentários:

E você com qual deles se identificou?
Com a cenoura que parecia tão forte, mas com o calor murchou, se tornou frágil?

Será que você é como o ovo, que começa com um coração maleável, mas depois de algumas perdas ou após algumas decepções se torna mais duro, apesar de a casca parecer a mesma?

Ou será que você é como o pó de café, capaz de transformar a adversidade em algo ainda melhor do que ele próprio?

Aproveite todos os momentos de sua vida não importando se são bons ou ruins.
Se por acaso você encontrar alguém reclamando da vida, que você consiga impactar com uma resposta positiva. "Uma vida não tem importância se não for capaz de impactar positivamente outras vidas".

Texto adaptado Flávio... copiado na net, autor desconhecido.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Lombo Assado


Ingredientes
1kg de lombo de porco
1kg de batata bolinha cozida(s), com casca(s)
2 dentes de alho amassado
1 xícara (chá) de vinho tinto
suco de 1 limão
suco de 2 laranjas
1 cebola ralada
sal orégano e pimenta-do-reino a gosto
Modo de Fazer
Lave bem o lombo, e tempere com sal, alho, cebola, vinho, suco de limão, suco de laranja e sal. Deixe descansar nesse tempero por 3 horas. Vire a carne de vez em quando. Coloque-a juntamente com o molho num refratário e asse em forno quente pré-aquecido por 40 minutos. Não deixe secar, de vez em quando jogue água quente. Vire o lombo e asse por mais 40 minutos até ficar dourado. Retire o lombo e reserve.
No molho que sobrou jogue as batatinhas descascadas, coloquem no forno até dourar.
Depois de pronto arrume o lombo com as batatinhas assadas em volta.
Se quiser, fatie o lombo sem separar os pedaços e decore com fatias de presunto e muçarela levando ao forno até derreter a muçarela.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Violência Doméstica Infantil


No Brasil, a violência dentro de casa é a que mais vitima crianças e adolescentes. De acordo com a Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e Negligência na Infância, 12% das 55,6 milhões de crianças brasileiras menores de 14 anos são vítimas anualmente de alguma forma de violência doméstica. Em média, 18 mil crianças são agredidas por dia, 750 violentadas por hora e 12 vítimas de agressão por minuto.
As mais afetadas são meninas entre sete e 14 anos, que sofrem principalmente de abuso sexual. Já a violência física atinge tanto os meninos quanto as meninas. Além da agressão corporal, o abandono, a negligência e a violência psicológica também fazem centenas de vítimas todos os dias nas famílias brasileiras.
Segundo a psicóloga do Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância (Crami) Jaqueline Soares Magalhães Maio, a questão cultural é a que mais se relaciona com a violência infantil. Para ela, a cultura da família brasileira possibilita que os pais se excedam sobre o filho com total isenção e com a prerrogativa de educar.
“A gente ainda tem aquela cultura de que o pai e a mãe são proprietários do filho e podem fazer com ele o que bem entenderem, porque os próprios pais foram educados assim. Se o filho faz alguma coisa errada, apanha. E o que começa apenas com um tapinha vai evoluindo para uma cintada, até chegar num espancamento”, disse.
Entre os principais fatores geradores de violência física doméstica, de acordo com a Sociedade Internacional, está a crença dos pais na punição corporal dos filhos como método educativo; a visão das crianças e adolescentes como objetos de sua propriedade e não como um sujeito de direitos; a baixa resistência ao estresse por parte do agressor, que desconta o cansaço e os problemas pessoais nos filhos; o uso de drogas e o abuso de álcool e problema psicológicos e psiquiátricos.
Segundo o Unicef, os agressores mais comuns são, em sua maioria, os pais biológicos, que respondem por 70% das agressões deflagradas contra as crianças. O cônjuge que mais agride os filhos é a mãe, até mesmo por passar boa parte do tempo com eles. Entretanto, as lesões mais graves são causadas pelo pai, por conta da força física.
Fonte: Google

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Colorir desenhos até no carro pode!


Sabia que foram os irmãos McLoughlin que criaram, por volta de 1880, o primeiro livro de colorir para crianças? Chamava-se, e muito apropriadamente, “O Livro de Pintar para a Pequenada” e escusado será que dizer que, até nessa época, foi um sucesso estrondoso! A partir de então a actividade foi desenvolvendo e adaptando-se aos sinais do tempo e viveu a sua “era dourada” na década de 60 do século passado. Hoje, não há criança que não tenha um ou dezenas de livros de colorir!

Ora para entreter os miúdos numa tarde chuvosa de domingo, ora como uma das atividades a incluir na próxima festa de aniversário do seu filho, as crianças simplesmente não conseguem resistir aos desenhos de colorir.

É uma empreitada pessoal que os pequenotes abraçam com grande alegria e responsabilidade, entretendo-se horas a fio porque ninguém lhes está a dizer que devem fazer “assim ou assado”. O que quer dizer que podem colorir fora das linhas, pintar o sol de roxo ou as árvores de azul se lhes apetecer! Afinal de contas o desenho é deles e, uma vez pronta, todos vão adorar a sua “obra prima”, que vai ficar logo em exposição na porta da geladeira, no escritório ou no quadro de recados.

Além de ser uma atividade divertida e lúdica, é extremamente pedagógica! O simples ato de colorir vai permitir o desenvolvimento da coordenação olho-mão, a expressão pessoal, trabalha os níveis de concentração, pode ser altamente terapêutico e é excelente para a aprendizagem de cores, formas e objetos.

Agora, reúna os marcadores, as tintas, os lápis de cor e de cera, imprima os desenhos que os seus pequenos artistas mais gostam e mãos à obra!

Quem sabe não tenha em casa o próximo Picasso ou Monet?

Fonte site: colorirdesenhos.com

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Interpretar desenhos das crianças


Através do desenho de uma criança é possível analisar seu carater, sua personalidade, temperamento e carências. É possível também através do que a criança desenha, descobrir e reconhecer as fases pelas quais a criança está passando, suas dificuldades, bem como seus pontos positivos. Há um livro interessante “Como interpretar os desenhos das crianças” da pedagoga Nicole Bedard – Editora Isis, que poderá lhe ajudar a compreender melhor os desenhos de seu(ua) filho(a); e assim poder conhecê-lo(a) melhor. Cada criança possui um ritmo próprio e é possível que as idades variem ligeiramente.

Entre 2 e 3 anos de idade, predomina a experimentação sobre a expressão. A criança ainda não faz desenhos com significado representativo. Gradativamente a criança vai expressando traços mais significativos, o que se nota são traços leves, ou fortes, pequenos rabiscos, etc.

Entre 3 e 4 anos de idade, a criança começa a se expressar através dos seu desenhos, já tenta desenhar de acordo com a sua realidade, e conforme a própria percepção. Algumas vezes, antes de realizar s primeiro traços no papel, ela nos diz o que pretende desenhar.

A partir de 5 já escolhe a cor em função da realidade (um árvore marrom com folhas verdes por exeplo) e talvez, ao começar a escrever, perca o interesse pelo desenho, porém sua capacidade imaginativa é muito forte.

Alguns significados de alguns desenhos:

Árvore: Refere-se ao físico, emocional e intelectual da criança, Quando o tronco da arvore é alto e largo, revela que seu filho tem muita força na superação dos problemas. Quando o tronco for pequeno e estreito, revela vulnerabilidade às complicações.Se houver excesso de folhas, a criança tem grande ocupações talvez em excesso. Se houver poucas folhas, e galhos a criança está triste.

Casa: Desenho de uma casa grande, demonstra grande emotividade, se for uma casa pequenina seu filho demonstra que é uma criança retraída.

Barco: Desenhar barco significa que a criança adapta-se facilmente a imprevistos. Barcos grandes, revela que seu filho não gosta de mudanças e aprecia ter controlo da situação, se for barco pequeno seu filho é sensível, e tem grande intuição.

Flores: desenhar flores significa que seu filho é uma criança alegre e feliz.

Recomendo a leitura do livro.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

10 dicas para dominar as modernas práticas pedagógicas


Muitos catequistas têm dificuldade de passar o discurso pedagógico do papel para a prática. Não é para menos. Por isso, adaptei esta reportagem da revista Nova Escola, repleta de dicas preciosas para catequistas, educadores da fé. Além das novas práticas - contextualização, avaliação, etc., você vai encontrar sugestões para obter maior rendimento dos Catequizandos. Boa leitura! E bom planejamento para o próximo ano.

1. Plano de trabalho: conhecer a turma para saber o que e como fazer
Uma turma é sempre diferente da outra. Você sabe disso. E sabe também que, ao iniciar o trabalho com um novo grupo, é fundamental conhecê-lo bem. Só assim podem-se definir com clareza as melhores estratégias e os métodos e materiais a serem usados. É disso que trata o plano de trabalho. Baseado na proposta pedagógica, ele deve também ser norteado pelo planejamento específico de cada etapa ou ciclo que varia de uma catequese para outra. "O plano de trabalho trata das especificidades e demandas de cada turma". É importante, portanto, conversar com os catequistas de cada turma; descobrir se há catequizandos na turma com necessidades especiais; se existem, por exemplo, crianças de diversas culturas, etnias ou religiões dos pais; e pesquisar o histórico catequético de cada um. Entrevistas com os pais ou responsáveis também são úteis para saber com quem a criança mora, o que faz nas horas de lazer, se tem algum problema de saúde, de que brinquedos gosta e em que escolas estuda ou estudou e como foram essas experiências. "É bom descobrir o que os pais pensam, o que esperam da catequese e o que desejam para seus filhos". No grupo, é hora de observar quem desenha bem, tem facilidade ou não para leitura, gosta de falar ou é mais tímido. Com tantas informações em mãos, você poderá elaborar estratégias adequadas para todo o grupo considerando as características de cada um. "O plano de trabalho não pode estar pronto nos primeiros dias de catequese porque exige contato prévio com catequizandos e pais". Além disso, é preciso levar em conta o seguinte: mesmo que você planeje seus encontros de acordo com os conteúdos a ser abordados, sempre haverá, ao longo do ano, a necessidade de mudar os rumos. Um dos motivos é atender às necessidades momentâneas dos alunos. De que adianta, por exemplo, seguir o roteiro sem abordar temas que todos vêem na TV, como as catástrofes naturais ocorridas ultimamente? "Os encontros consistem em uma seleção pertinente para o momento, pois os conteúdos não se esgotam".

2. Avaliação: acompanhar o catequizandos para traçar o melhor caminho
A avaliação sempre deve estar a serviço do catequizando. Isso significa que ela não tem como objetivo determinar notas, mas acompanhar o caminho que o catequizando faz, descobrir suas dificuldades e necessidades e alterar os rumos, se preciso. Ela é constante e pode ser feita durante trabalhos em grupo, jogos e brincadeiras. Só que o olhar do catequista, nesses momentos coletivos, deve ser sempre para cada catequizando. "Assim se observam os interesses e os avanços de todos na turma". Ao pensar em avaliação, você pode lançar mão de atividades interativas em que existam o diálogo, a troca entre os catequizandos, a participação e a cooperação. Também é importante ter conversas individuais, olhar o (portfólio) caderno, anotações e as produções, perguntar o que aprenderam e do que gostaram. O questionamento constante dá aos catequizandos a oportunidade de aprofundar as suas respostas. Para que você aproveite tudo isso, o registro diário é fundamental. "A observação só se torna um instrumento válido quando é registrada. As anotações mostram em que as crianças e adolescentes se desenvolveram e em que elas ainda precisam avançar". Você pode ainda avaliar a produção de texto individual, as manifestações dos catequizandos sobre diversos assuntos ou sobre um mesmo tema, em vários momentos e as atividades menores, individuais e freqüentes, corrigidas imediatamente. É preciso garantir que os catequizandos possam expressar sua fé de muitas maneiras (em músicas, textos, orações, gestos, pinturas, fotos). Tudo isso contribui para a aprendizagem e educação da fé. O processo é semelhante a um percurso e seu papel não é esperar os catequizandos no final. Você acompanha a turma, ajudando a ultrapassar os obstáculos do caminho.

3. Contextualização: ela vai muito além da relação com o cotidiano
Existe certa confusão sobre o significado do termo contextualizar. A primeira definição é a de que se trata de trazer o assunto para o cotidiano dos catequizandos. É também, mas não só isso. Muitos conceitos e conteúdos são contextualizados no próprio tema abordado. "Isso significa colocar o objeto de estudo dentro de um universo em que ele faça sentido". Entendido isso, evitam-se situações forçadas, em que o catequista se sinta na obrigação de relacionar todo e qualquer conteúdo à vida dos catequizandos. Algumas vezes, aquilo que ele não consegue contextualizar acaba até sendo excluído do conteúdo, o que prejudica e muito, a aprendizagem da turma.

4. Objetivo: só depois que ele é definido, vêm o conteúdo e a metodologia
Os objetivos que o catequista deseja alcançar devem sempre preceder sua ação. Receber os sacramentos não é objetivo embora seja o idealizado por muitos catequizandos e pais. Os sacramentos fazem parte do processo e estão inseridos na caminhada catequética. O ideal é estabelecer primeiro um objetivo e, depois, um caminho para alcançá-lo o que inclui definir o conteúdo e a metodologia. "É preciso ficar atento para ver se a catequese não está fazendo o contrário: definindo o caminho, que é passar um conteúdo preestabelecido, para depois pensar nos objetivos". Muitas vezes os catequistas ficam presos à obrigação de trabalhar o conteúdo preestabelecido e, ao mesmo tempo, à necessidade de fixar objetivos, mesmo que eles não façam sentido. "Aparecem situações estranhas: enquanto o objetivo é desenvolver a consciência crítica, o conteúdo a ser passado é a crase". Obviamente o que domina a cena é a crase, que o catequista pensa que tem de ensinar. O objetivo aparece apenas porque alguém disse que ele deveria estar lá. É preciso pensar no que vai ser feito e para quê. Exemplo de objetivo que norteia um trabalho: Trabalhar um tema sobre a escravidão para aumentar a solidariedade e compreender mais profundamente o significado da liberdade. Esse objetivo, é bom lembrar, deve sempre estar alinhado com a proposta pedagógica da catequese. Os conteúdos e a metodologia são o caminho a ser trilhado com base no que se estabeleceu como meta.

5. Conhecimento prévio e interesse dos catequizandos: quem descobre é você
Os conteúdos abordados com o grupo devem, basicamente, contribuir para a formação de cristãos conscientes, informados e capazes de melhorar a sociedade. Por isso, é muito comum os catequistas tentarem montar seus encontros tendo como centro do trabalho o interesse dos alunos. Dessa maneira, eles teriam mais elementos para refletir sobre o meio em que vivem e sobre o que os cerca. Essa prática, porém, nem sempre garante bons resultados. "Ocorre até o contrário. Ao dar importância somente ao que os catequizandos já conhecem, muitas vezes os catequistas acabam caindo na superficialidade, presos a interesses imediatos". Como conseqüência, surge um conteúdo ditado pelas circunstâncias, que destaca acontecimentos pontuais e não um roteiro de trabalho construído com base na relação entre a proposta pedagógica e a realidade. "Essa questão só se resolve quando a equipe de cada catequese define os grandes horizontes políticos e pedagógicos de seu trabalho e, confrontando esses grandes ideais com a realidade e com a prática, descobre as necessidades de seus catequizandos".

6. Temas transversais: o pano de fundo do trabalho da catequese
Temas transversais não são conteúdos em si, apenas permeiam todos eles. Se a catequese decide abordar ética de maneira transversal, não pode estipular um encontro sobre o assunto uma vez e esquecer dele no restante do ano. "Esses temas precisam estar presentes em todos os conteúdos, o tempo todo, como pano de fundo do trabalho da catequese". Ao abordar os temas transversais, o catequista leva os catequizandos a refletir para que eles tenham condições de construir conceitos, em vez de apenas coletar informações a respeito. "Caso contrário, é possível que os catequizandos organizem uma coleta seletiva no bairro ou arrecadem alimentos para um asilo sem pensar no porquê de fazer aquilo". Se a catequese propõe à garotada, por exemplo, mobilizar a população e a prefeitura da cidade para fazer um poço artesiano em benefício de uma comunidade que vive na seca, é preciso, antes da ação, uma reflexão profunda. O que é a seca? Que problemas ela traz? Um poço é a melhor solução para o momento? Há outras formas de contribuir? E, principalmente, por que devemos contribuir? Não é apenas o conteúdo catequético que dá gancho a esse tipo de trabalho. "Uma notícia de jornal e até um conflito durante o encontro podem ser mote para reflexão. É um trabalho contínuo, que nem sempre depende do planejamento dos encontros".

7.Tempo didático: para não errar na dose, é preciso ter objetivos claros
Muitas vezes é difícil definir quanto tempo será gasto para desenvolver um tema, uma atividade ou um projeto. Para não errar na medida, é fundamental ter em mente três pontos: o que você quer ensinar, como cada um de seus catequizandos aprende e como você irá acompanhar e avaliar a garotada. "Se o tempo previsto der errado, é porque pelo menos um desses três itens não foi observado". Na prática, isso significa que você deve estabelecer, primeiramente, os objetivos e os conteúdos (seja para um encontro ou para um projeto mais longo). Depois, pensar nas atividades a ser desenvolvidas, baseando-se na maneira como seus catequizandos aprendem. Então, considerar que é preciso tempo para avaliar, constantemente, a produção da garotada e, dessa forma, saber se será necessário estender a abordagem de um ou outro conteúdo, sobre o qual eles apresentaram dificuldades. "É possível prever o tempo de um projeto, apesar dessas variações no meio do caminho". Por isso, é importante planejar o encerramento com certa antecedência em relação ao fim da etapa. Na catequese, evite encerrar etapas no último trimestre do ano, evitando que pais e catequizandos confundam com escola que tem seu tempo relacionado com o ano civil e principalmente o fim do ano letivo.

8.Inclusão: a catequese leva o catequizando com deficiência a avançar
Receber uma criança ou adolescente com deficiência não deve ser motivo de angústia. Cada vez mais a inclusão tem sido discutida no meio educacional, e os catequistas hoje conseguem encontrar, em parceria com os pais, a coordenação e os especialistas nas deficiências, caminhos seguros para trabalhar. "A catequese serve para ampliar os conhecimentos. Por isso, o primeiro passo é procurar saber o que o catequizando com deficiência já sabe e quais são as possibilidades que ele tem de aumentar esses conhecimentos". Procure descobrir como tem sido a experiência do catequizando, pesquisando seu histórico e trocando informações com os pais e os catequistas da comunidade. Se ele estiver recebendo atendimento educacional especializado no contraturno em alguma instituição, é importante conversar com os especialistas ao longo do período catequético para acompanhar seu desenvolvimento. Isso pode ajudar muito a planejar os encontros, definir estratégias e escolher os melhores materiais o que é bom não só para o catequizando com deficiência, mas para a turma toda. Se sua catequese já oferece esse atendimento, a parceria com um especialista se dará de maneira ainda mais efetiva. No caso de haver um catequizando cego, esse profissional pode, por exemplo, ajudar você a elaborar materiais concretos para ensinar um conteúdo próprio (com figuras feitas em relevo, com tinta plástica ou objetos coladas no papel). "O catequista deve receber esse catequizando como ele recebe todas as outras. Ele é, acima de tudo, um aprendiz, um discípulo".

9. Educação Infantil: o segredo é a autoconfiança do catequista
Ouve-se muito que o catequista de crianças da pré-catequese não pode ser autoritário e que deve se basear no interesse da turma. Mas o verdadeiro responsável pela definição dos temas e das atividades a ser desenvolvidas é ele mesmo. Deixar a cargo dos catequizandos essa escolha não é sinônimo de liberdade nem demonstra uma postura pedagógica avançada. "O catequista precisa conhecer o modo como as crianças aprendem e como se desenvolvem e levar isso em conta na hora de planejar cada encontro". Deve-se compartilhar com as crianças algumas etapas do trabalho — pois isso também ensina a estudar e a planejar —, mas sem deixar que elas tomem todas as decisões. Na construção de uma maquete, por exemplo, vale uma conversa com os catequizandos sobre o material a ser utilizado e sobre o que será representado, além de fazer com eles um cronograma, que será utilizado ao longo do trabalho. Esta é a melhor maneira de envolver as crianças e garantir o interesse pela catequese: escolher temas adequados à faixa etária, que sejam relevantes do ponto de vista cultural, esteja relacionado ao local em que a catequese está inserida e sejam propostos de forma instigante.

10. Atividades recreativas, gincanas, passeios: o programa vai além do conteúdo esportivo
Essas atividades devem trazer discussões sobre assuntos como ética, cidadania, respeito às diferenças amizade, amor e cooperação. O cuidado constante com essas questões é essencial e se aplica até mesmo durante um campeonato de futebol. Sempre os escolhidos para formar os times são os mais hábeis e competitivos. Ficam para trás aqueles que, por algum motivo, têm dificuldade para jogar. "Cabe ao catequista discutir o problema claramente e perguntar por que foi escolhido este e não aquele catequizando". "Essas respostas vão permitir a ele trabalhar a questão das diferenças, que não se restringem às habilidades físicas, mas que são também socioeconômicas e culturais." Discussões desse tipo podem fazer parte da vivência diária dos catequizandos. "Não adianta apenas falar sobre as diferenças e continuar propondo somente atividades clássicas, como os jogos esportivos", afirma Monteiro. Para ele, uma boa alternativa é trabalhar com os chamados jogos cooperativos, em que são valorizados elementos como aceitação, envolvimento, colaboração e diversão. "Joga-se com o outro e não contra o outro. Para alcançar os objetivos é preciso esforço e dedicação".



Quer saber mais?


Bibliografia
A prática do planejamento participativo, Danilo Gandin, 184 págs., Ed. Vozes, tel. (24) 2233-9000, 26,60 reais

Avaliação nas práticas de ensino e estágios, Zelir Salete Busato, 88 págs., Ed. Mediação, tel. (51) 3330-8105, 25 reais

Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário, Delia Lerner, 128 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 32 reais

O jogo do contrário em avaliação, Jussara Hoffmann, 192 págs., Ed. Mediação, 32 reais
Planejamento em destaque: análises menos convencionais, Maria Luisa M. Xavier, 176 págs., Ed. Mediação, 28 reais

Ser professor é cuidar que o aluno aprenda, Pedro Demo, 88 págs., Ed. Mediação, 25 reais

Internet www.escolaquevale.org.br você confere exemplos de seqüências didáticas

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Mochilas e o risco a saúde


Mochilas com rodinhas, cheias de compartimentos e bolsos, estão entre as preferidas das crianças, mas são as menos indicadas por quem entende da saúde. Segundo fisioterapeutas e ergonomistas, essas malas podem pôr em risco coluna e musculatura dos estudantes. Ao forçarem apenas um lado do corpo, as malas de rodinhas são prejudiciais à postura, aponta Antônio Renato Pereira Moro, ergonomista da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Outro problema das mochilas de rodinhas é a estrutura delas, geralmente em metal, o que as torna mais pesadas. Na hora de subir e descer escadas, a criança faz um esforço muscular maior que o adequado.
Cuidado com o que você carrega
Susi Fernandes, professora de fisioterapia , pesquisou o que as crianças levam nas mochilas. Ela encontrou muitos brinquedos, estojos, canetinhas, cadernos pesados. Muita coisa além do material escolar."Os pais precisam ficar de olho no que os pequenos andam colocando nas costas. E ajudá-los a encontrar soluções", diz a fisioterapeuta. Ela sugere negociar com a escola a quantidade de livros que devem ser levados todo dia ou pedir armários na escola. Para os alunos menores, Fernandes sugere que os pais vistoriem a mala todos os dias. "As rodinhas mal resistem às nossas calçadas. Além disso, muitos alunos só andam de carro. Esse tipo de mochila não faz sentido para tais condições", diz Moro. Mas, e se ainda assim você preferir as rodinhas? Para a professora Susi Fernandes, a solução é carregar o material corretamente: com as duas mãos para trás do corpo, para distribuir o peso. Para subir degraus, a mochila deve voltar para as costas, como se fosse uma mala convencional.
Peso ideal
Os bolsos também podem ser vilões da coluna das crianças. Apesar da impressão de que o material escolar ficará mais organizado, eles podem levar a criança a encher a mochila com objetos desnecessários - o que significa peso a mais, alerta a professora de fisioterapia. Uma lei municipal paulistana de 2002 determina que o peso das mochilas não pode passar de 10% do peso da criança. Se um aluno pesa 30 kg, deve carregar apenas 3 kg nas costas. Faltam estudos que relacionem o peso das mochilas a problemas ortopédicos, mas os especialistas apontam os riscos. "A criança está se desenvolvendo e não deve fazer muita tensão em partes isoladas no corpo, para que não haja alteração no crescimento", diz a fisioterapeuta Yeda Bellia. A matéria-prima da mochila também é outro fator a ser levado em conta: o melhor é optar por lonas finas ou emborrachados. "Não adianta escolher materiais que pareçam ter maior durabilidade ou malas muito estruturadas. O prejuízo para as crianças pode ser muito grande", diz Susi Fernandes. Além de agravar ou causar dores, o excesso de peso pode ter outras consequências na vida da criança, segundo a pesquisadora. Ela cita as "alterações posturais, como lombalgia crônica (dor na coluna), escoliose (desvio lateral da coluna) e hipercifose (corcunda)". O consenso entre especialistas para a melhor forma de transportar carga é junto ao corpo e de forma simétrica. "Para as crianças, o ideal é levar a mochila com as duas alças nos ombros e presas com cinto abdominal, que permite maior estabilidade", sugere Fernandes.
Fonte: UOL Educação - Especial Volta as Aulas.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Dormir Pouco Afeta o Crescimento Infantil


Crianças que seguem os horários dos adultos e dormem pouco correm o risco de ter sérios problemas de desenvolvimento, dizem especialistas. Isso ocorre porque o hormônio do crescimento é liberado nas fases mais profundas do sono. "Quem tem sono ruim, na quantidade ou na qualidade, tende a ter déficit de crescimento", diz o pneumologista Maurício da Cunha Bagnato, responsável pelo departamento de medicina do sono do hospital Sírio-Libanês. "Depois que se opera uma criança que dorme mal por causa das amígdalas, ela cresce muito rápido. é impressionante." As horas de sono necessárias variam conforme a idade. Um recém-nascido, que está com o sistema nervoso em amadurecimento, precisa dormir até 20 horas diárias. Uma criança de três anos deve dormir 10 ou 11 horas durante a noite e tirar uma soneca no dia. E não basta dormir o número de horas indicado. Também é preciso ir para a cama na hora certa. O ideal, segundo o neurologista Israel Roitman, do hospital Albert Einstein, é que as crianças pequenas se deitem entre as 19h30 e as 20h30. Roitman explica que certos hormônios só são liberados adequadamente no organismo quando se está acordado durante o dia e se dorme durante a noite. "Há crianças que ficam acordadas até a meia-noite. Isso é um absurdo", diz ele. Evidências científicas ligam a falta de sono, ao menos em adultos, a um maior risco de obesidade, diabete, doenças cardiovasculares e infecções. A maneira mais fácil de perceber se a criança está dormindo pouco é observar como ela acorda. Cansada, ela reluta a sair da cama. "Na primeira oportunidade que tem, ela encosta e dorme. Isso ocorre muito no trajeto da casa à escola, dentro do carro", explica o médico Ricardo Halpern, da Sociedade Brasileira de Pediatria. Essas crianças podem ficar hiperativas e ter dificuldade de concentração. Também costumam ficar irritadiças e até agressivas. E, ao contrário do que ocorre com os adultos, tomar uma xícara de café não resolve o problema do sono. "Dormir tarde cria outro problema para os pais, o da indisciplina. As crianças não gostam de dormir, porque é o fim da brincadeira. à noite, o problema de indisciplina é maior", diz Paulo Afonso Ronca, doutor em psicologia educacional. Além dos benefícios para a saúde, colocar o filho para dormir sempre na mesma hora é importante para o desenvolvimento psicológico da criança. "é importante que a criança saiba que num momento ela vai tomar banho, por exemplo, depois pôr o pijama, depois jantar, depois brincar, depois escovar os dentes e depois dormir. Quando sabe o que vai acontecer depois, ela ganha segurança", explica a coordenadora pedagógica do colégio Santo Américo, Liamara Montagner. "é por isso que muitas crianças assistem ao mesmo desenho 20 vezes." O desejo de ficar mais tempo com os filhos é legítimo e necessário. "A primeira relação das crianças é com os pais. é dessa relação que vêm as identificações, o carinho, os limites", diz Júnia de Vilhena, psicanalista e professora da PUC-Rio. "Os pais já delegam demais [para babás, avós, professores], não podem delegar tudo." No shopping Na quinta passada, a Folha percorreu um shopping de São Paulo entre as 21h e as 22h30. As crianças menores de 10 anos estavam por todos os lados. Na praça de alimentação, um casal compra sorvete para o filho de sete anos e a filha de cinco. "Não faço questão que durmam cedo. é bom o contato com eles", diz a administradora Flávia Marques, 37. "Eu, quando era criança, dormia às 20h30. Mas era no interior de Minas, outra época", diz o arquiteto Adriano Marques, 48. Ele diz que o toque de recolher da casa é às 23h. Atentos, Rafael e Júlia corrigem em coro: "A gente dorme à meia-noite, pai!".
Texto – Folha de S.Paulo.

O descobrimento do outro sexo


Na última etapa da infância é raro o intercâmbio social entre os sexos. Geralmente os meninos consideram às meninas como umas “cafonas”, enquanto que as meninas consideram os meninos como uns “brutos”. Contudo com a puberdade chega o despertar da sexualidade e um intenso interesse por membros do sexo oposto. Assim entre os 12 e os 13 anos nas meninas e os 13 ou 14 nos meninos aparece de repente o interesse pelo sexo oposto, ainda que cada adolescente seja um mundo à parte. As primeiras aproximações menino-menina (10-13 anos) costuma ser de tipo idealizado e romântico. Posteriormente, entre os 13-15 anos o contato começa a ser mais habitual, sendo a forma mais comum de aproximação ao outro sexo através da turma, onde o adolescente se sente mais seguro. Esta é uma idade caracterizada pela vaidade (nas meninas) e o desejo de impressionar as meninas (nos meninos)... Os pais devem ser conscientes de que hoje em dia, os jovens de ambos os sexos estabelecem contatos a idades mais precoces que antes. Os pais não devem opor-se a estas relações, nem esgotar-lhes com proibições. Devem, entretanto ocupar-se de dar-lhes uma formação adequada e de ajudar-lhes a desenvolver critérios para que tais relações não lhes prejudiquem. Inclusive pode ser adequado que fomentemos ocasiões para que aprendam a estar juntos e tratar-se, principalmente ao final da adolescência, animando-lhes a que dêem alguma festa em casa. Nosso lar deve ser um lugar aberto onde os filhos não tenham reparos em trazer a seus amigos e amigas. Em algum momento, durante a adolescência, surge o primeiro amor. De repente observa que sua filha permanece sempre introvertida, muda com freqüência de humor, às vezes está radiante e outra parece absorvida na maior tristeza, cochicha continuamente com suas amigas e passa as tardes ouvindo a mesma canção de Alejandro Sanz. “O que está acontecendo?”, pergunta-se. Simplesmente se apaixonou. Estas primeiras paixões costumam ter um considerável componente platônico, especialmente nas meninas, mas uma crescente atração física. Isto não deve preocupar-nos, é algo normal a esta idade, mas sim deveremos ajudar-lhe a encaminhar seus efeitos de forma adequada. Deveremos procurar tratar-lhe com compreensão e carinho. O último que devemos fazer é ridicularizar-lhe, tirar-lhe a ilusão ou proibir-lhe esta relação. Contudo deveremos buscar ocasiões para provocar conversas, retomar conversações sobre o significado da sexualidade e o amor, e confidências que lhe ajudem a abrir-se conosco. Igualmente deveremos animar-lhe a que continue saindo com seu grupo de amigas e não se isole. Não devemos ser ingênuos e ignorar que na sociedade atual confluem uma série de fatores que facilitam que entre as crianças e os adolescentes se produzam cada vez um maior número de casos de precocidade sexual, ou de atividades sexuais que correspondem a um desenvolvimento amadurecedor superior ao qual por sua idade possuem. Igualmente nossos filhos se vêem bombardeados através dos meios de comunicação, o cinema, as revistas, de toda uma série de mensagens de alto conteúdo sexual, e no pior dos casos inclusive pornográfico. Algumas revistas, específicas para adolescentes, foram denunciadas nos últimos anos devido às sessões sexuais e aos conteúdos incluídos em suas páginas. Além disso, muitos pais hoje não encontram tempo ou estão muito cansados para controlar e estar pendentes do que vêem ou fazem seus filhos. Isto facilita o que estes tenham grandes conhecimentos e uma intensa curiosidade no plano sexual. Igualmente os pais devem ter especial cuidado de conhecer os lugares aos quais nossos filhos podem estar freqüentando: conhecer qual é o ambiente destes lugares, que tipo de bebidas se vende, que tipo de pessoas freqüentam a eles, etc. Também devemos prevenir-lhes dos inconvenientes e preconceitos que podem supor o comprometer-se em uma relação mais íntima, ou um namoro prematuro, para o qual ainda não estão preparados. Finalmente, na adolescência tardia, entre os 17 e os 20 anos, é quando o adolescente é capaz de estabelecer uma relação interpessoal mais estável. Ao diminuir seu egocentrismo estará já em condições de manter uma verdadeira relação de pessoa a pessoa. A esta idade o jovem já possui uma maior capacidade para comprometer-se e fazer planos orientados para o futuro. Trata-se de uma pessoa o suficientemente madura, capaz de dominar-se a si própria e estabelecer uma relação interpessoal estável.
Texto: Teresa Artola González.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A tirania adolescente


Até poucas décadas atrás, os pais educavam seus filhos com base numa regra simples: cabia a eles exercer sua ascendência sobre a prole de maneira inquestionável, pois – como diziam os avós dos adultos de hoje – criança não tinha direito nem querer. Muita coisa mudou desde então. Com a revolução comportamental dos anos 60, a difusão dos métodos pedagógicos modernos e a popularização da psicologia, a liberdade passou a dar o tom nas relações entre pais e filhos. A tal ponto que hoje se vive o oposto da rigidez que pontificava antes disso: em muitos lares, os pais é que se sentem desorientados e os filhos, na ausência de quem estabeleçam limites à sua conduta, assumiram o papel de tiranos. Trata-se de uma bomba-relógio que começa a ser gestada cedo, mas cujos efeitos se agudizam na adolescência. É nesse período que os pais se sentem mais confusos sobre seu papel. A questão se tornou tão séria que uma tendência que representa um certo refluxo na maneira de pensar a educação dos jovens vem ganhando cada vez mais força. "Chegamos a uma situação-limite. Está na hora de os pais recuperarem sua auto-estima e sua autoridade", diz a educadora carioca Tania Zagury, uma das mais conhecidas autoras da área. Em seu novo livro, Os Direitos dos Pais (Record; 206 páginas; 25 reais), ela defende que práticas que andavam esquecidas na educação dos filhos sejam resgatadas, em nome do futuro do próprio jovem – e da sociedade. Até meados dos anos 60, as regras dentro de casa eram impostas implacavelmente aos jovens. Hoje, é prática corrente estabelecê-las de comum acordo entre pais e filhos. Antes, os pais davam broncas, punham os filhos de castigo e cortavam regalias porque era assim que as coisas funcionavam, e ponto final. Hoje, cada sanção precisa ser acompanhada de boas justificativas – e haja suor e lábia para dar 200 explicações. Um dos motivos disso é que os jovens atuais são muito bem informados. Outro dado é que eles nasceram num ambiente já bastante marcado pela educação liberal – seus próprios pais gozaram de boa dose de liberdade quando adolescentes. Nessas condições, é natural que estabelecer limites de conduta se transforme numa tarefa difícil. O que Tania defende não é uma volta à educação rígida de antigamente, e sim a busca de um ponto de equilíbrio que se perdeu em algum momento entre o fim dos anos 70 e a atualidade. É certo que as metodologias pedagógicas modernas – novidades surgidas nas primeiras décadas do século XX e que ganharam popularidade no Brasil sobretudo a partir dos anos 70 – representaram um avanço em relação ao passado. As idéias de teóricos como a médica italiana Maria Montessori e o psicólogo suíço Jean Piaget fizeram com que, nas escolas e, por tabela, no ambiente doméstico, se passasse a respeitar a individualidade do jovem e se enfatizasse sua liberdade. Nos últimos anos, com a confirmação dessas teorias educacionais à luz das descobertas da neurologia, os ensinamentos de Piaget, em particular, vêm sendo ainda mais valorizados. Sua metodologia, o construtivismo, preconiza que o aprendizado não é algo que se impõe de fora: é a própria criança quem constrói seu conhecimento. O problema é que a vulgarização do construtivismo e de outras teorias do gênero deu margem a interpretações equivocadas. Formou-se um caldo de cultura, por assim dizer, em que flutuam fragmentos teóricos da psicologia moderna. Os pais utilizam esses fragmentos fora de seu contexto adequado e muitas vezes com exagero. "Houve uma leitura muito equivocada de certos avanços modernos", afirma o educador Celso Antunes, autor de quatro dezenas de livros sobre o assunto. À idéia de que a liberdade é a melhor resposta em todas as situações, somam-se culpas cultivadas pelos pais. Por trabalhar e passar pouco tempo com os filhos, é comum que um casal se torne permissivo com os desejos dos jovens para compensar essa ausência. Às vezes não é o uso indevido da psicologia moderna nem a culpa que causam o estrago: é o desejo de fugir da tarefa difícil que é educar um adolescente. Alguns pais usam a falta de tempo como subterfúgio. Outra rota de fuga é aquilo que os educadores convencionaram chamar de "medicalização" da adolescência: ao menor sinal de que alguma coisa está fora dos eixos, os pais correm para um consultório, em vez de tomar eles próprios as rédeas da situação. É claro que existem situações que pedem o apoio de um médico. Do ponto de vista biológico, nenhuma época da vida é marcada por tantas mudanças. A Organização Mundial da Saúde estabelece que a adolescência compreende a faixa etária entre 10 e 19 anos. É nessa fase que se adquirem 25% da estatura final e 50% do peso total. Nesse processo, meninos e meninas experimentam uma verdadeira explosão hormonal. Entre 11 e 12 anos, acontece a primeira menstruação – as garotas ficam mais irritadiças e o humor oscila muito. A cintura afina, os quadris alargam e, por volta dos 15 anos, os seios ganham formas definitivas. O primeiro sinal de que a puberdade chegou para os meninos é o aumento de tamanho dos testículos. Mãos e pés crescem desproporcionalmente ao tronco e surgem os primeiros pêlos pubianos. A voz começa a engrossar e, por volta dos 14 anos, o rosto ganha uma barba rala. Do ponto de vista emocional, o adolescente é um vulcão. Ele ainda não sabe o que quer ser, mas tem certeza dos modelos em que não gostaria de se espelhar: os adultos que o circundam, em especial os pais. Nas diversas subfases que se sucedem na adolescência, ele alterna momentos de agressividade, egocentrismo, insegurança e completa falta de senso de perigo. Até duas décadas atrás, acreditava-se que a causa do comportamento impulsivo do adolescente era simplesmente a ebulição hormonal própria do processo de crescimento. Com os novos conhecimentos sobre o funcionamento do cérebro, refinou-se essa explicação: a raiz de toda essa instabilidade estaria no fato de a adolescência ser um período de muitas mudanças cerebrais. Pesquisas recentes mostram que nessa fase se formam novas conexões neuronais, principalmente em áreas do cérebro ligadas às emoções. Por causa desses fatos todos, existem hoje médicos especializados no atendimento aos adolescentes, os hebiatras (o nome é uma referência a Hebe, a deusa da juventude na mitologia grega). A especialidade, que começou a ganhar corpo na década de 50, nos Estados Unidos e na Inglaterra, foi reconhecida pela Associação Médica Brasileira há seis anos. Crescimento, nutrição e sexualidade são alguns dos aspectos enfocados pelos hebiatras. Mal orientados, muitos garotos recorrem à musculação para ganhar um corpo perfeito, mas o exagero pode atrapalhar o crescimento. As meninas, influenciadas pelos modelos de beleza do momento, muitas vezes partem para dietas radicais e ficam sujeitas a distúrbios alimentares graves, como a anorexia e a bulimia. Um hebiatra pode ajudar os adolescentes em questões específicas. Há pais, no entanto, que encaminham os filhos para o consultório médico por motivos banais – como uma crise de insolência na escola. "No fundo, o que eles procuram é se livrar do problema. Querem uma justificativa externa para o mau comportamento dos filhos e têm a falsa idéia de que dois comprimidos por dia resolvem qualquer problema", afirma o psiquiatra Francisco Assumpção, da Universidade de São Paulo. Mesmo doenças como a bulimia ou a anorexia podem ter seu surgimento relacionado à omissão dos pais. Com medo de parecerem repressores, muitos fazem vista grossa à recusa de seus filhos em comer. Acreditar que a escola possa assumir sozinha o papel de educar os adolescentes é uma saída pela tangente bastante comum. A permissividade chegou a um ponto em que os próprios colégios estão tendo de chamar a atenção dos pais para seus deveres. Nos últimos tempos, um dos colégios mais liberais de São Paulo viu-se obrigado a retomar práticas tidas como ultrapassadas para colocar os alunos – e seus pais – na linha. Ao perceber que muitos estudantes saudáveis conseguiam dispensa das aulas de educação física graças a atestados obtidos com a conivência dos pais, a direção da instituição estabeleceu que quem decide sobre a concessão ou não da licença é só o médico da escola. Resultado: desde que a regra foi adotada, nenhum aluno conseguiu escapar da educação física. Outra medida foi reeditar a exigência do uniforme, já que o pessoal andava se vestindo como se estivesse num clube: as meninas apareciam de top e blusas decotadas e os garotos, de camiseta regata, chinelo e bermudão. As conseqüências da omissão dos pais na educação podem ser graves. Dados do Ministério da Saúde mostram que mais de 20% das garotas entre 13 e 19 anos já enfrentaram uma gravidez precoce. Por outro lado, uma pesquisa recente revelou que um em cada quatro estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública brasileira já experimentou algum tipo de droga, além do cigarro e das bebidas alcoólicas. Em apenas uma década, a idade do primeiro contato com esse tipo de substância caiu dos 14 para os 11 anos. Mesmo que não ocorram desastres, as conseqüências para o futuro podem ser sérias. Jovens educados de maneira negligente correm o risco de se tornar adultos infelizes e desajustados. A falta de limites faz com que muitas vezes essas pessoas se revelem inaptas para lidar com os reveses e frustrações naturais da vida. Elas têm dificuldades para se relacionar em ambientes marcados por hierarquias (como o trabalho) e, em muitos casos, não conseguem nem mesmo se emancipar – tanto do ponto de vista emocional quanto do financeiro. "Muitos pais acham que dar tudo de mão beijada para os filhos é uma maneira de fazê-los felizes, o que não é verdade. Quando saem do ninho, esses jovens se sentem atraiçoados pela vida, pois não desenvolveram defesas para enfrentar o mundo", diz Tania. É certo que, com força de vontade, um adulto pode superar esses problemas. Mas uma boa educação na infância e adolescência o pouparia dessas dificuldades. É claro que boa parte dos pais percebe que muita coisa vai mal na educação de seus filhos. Eles não querem fugir de suas responsabilidades nem delegá-las a outros. Prova disso é que a demanda por aconselhamento deu origem a um filão lucrativo no mercado editorial de auto-ajuda. Os principais representantes do ramo no país são a própria Tania Zagury e o psiquiatra paulista Içami Tiba. A eles somam-se autores estrangeiros como o inglês Steve Biddulph, cujo manual Criando Meninos se tornou um campeão de vendas nas livrarias. Desde 1985, Tania lançou dez livros, que totalizam mais de 300.000 exemplares vendidos. Faz cerca de oito palestras por mês, com cachê médio de 2.000 reais. Tiba, por sua vez, também tem dez obras publicadas na área e já dobrou a marca de 1 milhão de exemplares comercializados – seu mais recente lançamento, Quem Ama, Educa!, figura na lista de mais vendidos de VEJA há 58 semanas. Desde o fim dos anos 80, tanto Tania quanto Tiba vêm batendo na tecla de que é preciso resgatar a autoridade dos pais na educação dos adolescentes. Em Os Direitos dos Pais, Tania Zagury trabalha com dois conceitos. O primeiro se refere ao fato de que, por mais que se fale nos direitos sagrados das crianças e dos adolescentes, não se pode perder de vista que a cada direito corresponde um dever. "Perdeu-se a noção de reciprocidade", diz ela. Os pais são obrigados a bancar a melhor educação escolar para os filhos? Então estes últimos também terão sua contrapartida: devem esforçar-se para passar de ano. O filho ganhou um carro ao entrar na faculdade, mas logo em seguida desistiu do curso sem mais nem menos? Então não será uma injustiça ele perder sua regalia de andar motorizado. Os pais precisam aceitar a idéia de que ao tomar esse tipo de atitude não vão fragilizar seus filhos – muito pelo contrário. O outro conceito de que trata a autora é aquele explicitado no subtítulo de seu livro, Construindo Cidadãos em Períodos de Crise. Os pais precisam, com urgência, ter seu papel regulador revalorizado, para que possam desempenhar – sem culpa nem constrangimento – a função de moldar seus filhos para ser verdadeiros cidadãos. "O mundo que estamos construindo será constituído de indivíduos semelhantes àqueles que estamos criando em nossos lares. Portanto, é bom não pensarmos somente no prazer imediato de nossos filhos e adotarmos uma postura sociológica, pensando no global da sociedade", escreve Tania. No livro, ela ensina que uma ótima oportunidade para transmitir valores é o momento em que os pais vêem TV com os filhos. "Os pais não devem desperdiçar nenhuma deixa para estimular o espírito crítico dos adolescentes", diz Tania. Um adolescente típico carrega sempre na ponta da língua munição para atacar os pais quando estes tentam colocá-lo na linha: chama-os de "caretas", repressores e por aí afora. Ele vive encastelado em seu quarto – uma fortaleza indevassável, em que os pais comumente têm sua entrada vetada. Uma pesquisa da MTV revelou que o quarto de um adolescente brasileiro de classe média ou alta é equipadíssimo: a maioria possui aparelho de som, metade tem TV e um quarto deles, computador. O conselho da autora é que se enfrente essa resistência: se os pais chegarem à conclusão de que há algo estranho acontecendo – como, por exemplo, o envolvimento do jovem com drogas –, eles têm o direito, sim, de entrar em seu quarto sem autorização e até remexer em seus pertences. Tania também tranqüiliza aqueles pais que não sabem onde se enfiar quando o filho comunica que a namorada vai dormir com ele em casa ou vice-versa – um tipo de comportamento tolerado por 25% das famílias. "Se os pais se sentirem constrangidos com a situação, não precisam aceitar só porque os pais dos amigos do filho o permitem. Eles têm todo o direito de dizer um não bem redondo", diz Tania. Antes, os pais não falavam sobre sexo com os filhos. Hoje, a conversa sobre o tema costuma ser aberta. Tania sugere que eles sejam obrigados a ouvir o que os pais têm a dizer, ainda que façam birra. Todos esses enfrentamentos são difíceis, mas não há outro jeito. A título de se colocarem como "amigos" dos filhos, muitos pais acabam sendo cúmplices de erros que em nada contribuem para a formação deles. Nunca custa lembrar: a função do pai não é ser amigo e confidente – para isso, os adolescentes têm suas turmas. Papel de pai é ser pai.

Adaptado Flávio de sites da net...