domingo, 6 de março de 2016

Evangelho do Dia 06/03/2016

O Pai misericordioso e seus dois filhos - Lc 11, 14-23
Texto Bíblico
Naquele tempo, 1Os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. 'Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles.' 3Então Jesus contou-lhes esta parábola: 11'Um homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte da herança que me cabe'. E o pai dividiu os bens entre eles. 13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade.15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam. 17Então caiu em si e disse: 'Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: `Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados'. 20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o, e cobriu-o de beijos. 21O filho, então, lhe disse: 'Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho'. 22Mas o pai disse aos empregados: `Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado'. E começaram a festa. 25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27O criado respondeu: `É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde'.28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: `Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado'. 31Então o pai lhe disse: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado'.

Entendendo o texto
Quem tem um coração misericordioso como o coração do Pai do Céu acolhe aquele que peca, que erra, falha e faz refeição, faz comunhão e vida, faz-se presente não para julgar nem condenar, mas para acolher, amar, ajudar e dizer: “Eu estou contigo, meu filho, e dessa lama eu queria arrancá-lo. Por isso, de braços abertos, eu o acolho sujo, enlameado”. A parábola do evangelho de hoje, mostra-nos, acima de tudo, a figura de um pai totalmente pródigo, que esbanja misericórdia de uma forma única e sublime. Quão grande e misericordioso é o coração do nosso Deus, capaz de se compadecer das mais terríveis misérias que nós humanos podemos passar nesta vida. A primeira coisa do texto de hoje: o filho mais novo é aquele que se sente insatisfeito com o que tem, com a vida que tem e quer ir buscar caminhos mais longe, quer uma vida diferente. Quantos de nós somos de Deus, caminhamos com Deus, temos a graça de Deus, mas experimentamos as insatisfações, sentimos as tentações, para viver uma vida mais livre. Nós não podemos negar, o mundo é sedutor, é atrativo, e ele exerce sobre nós um fascínio, um domínio, e nós estamos, muitas vezes, correndo do estado da graça, do estado da santidade para experimentar os prazeres e os pecados que este mundo oferece. A medida que ficamos indecisos, no meio do caminho, a gente vai aos poucos se afastando e quando percebemos nós estamos longe, nós tomamos distância, perdemos o gosto pelas coisas de Deus. E mais ainda, vamos sucumbindo pelo gosto e pela atração das coisas do mundo. A verdade é que alguns filhos, ainda a tempo, conseguem reconhecer que se afastaram e voltam para os braços do Pai que qualquer hora do dia, da noite, estará de braços abertos para nos acolher. Somos tão valiosos, tão preciosos aos olhos do Senhor que Ele nos espera de braços abertos para nos devolver a dignidade que o pecado rouba da nossa alma e do nosso coração. Por isso, é preciso fazer festa quando aquele que erra volta, é preciso ter um coração aberto e não olhar com desconfiança, discriminação e preconceito quando o irmão quer voltar. É preciso, primeiro, dar a ele a roupa da dignidade, oferecer-lhe a misericórdia sublime de Deus. As outras coisas vão se ajeitando depois, vão se acertando ao longo do caminho. O que não podemos deixar de ser é expressão da misericórdia de Deus para quem falha, para quem erra.

Rezando
Senhor, assim como Tu esbanja misericórdia para conosco, ajuda-nos a também esbanjarmos muito amor e misericórdia para com aquele que falha. Que eu não perca mais tempo e volte hoje para o Teu coração que nos espera de braços abertos.

Abençoando
Traçando o sinal da cruz em você diga: 
Abençoai-me Senhor Deus que é † Pai, Filho e Espírito Santo, para que eu viva sempre no seu amor e fazendo só o bem a todos. Amém!

Adaptado: #FlávioRonconi #CNBB #CN

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