quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Tender com calda de laranjas, pêssegos em caldas e cerejas naturais


Ingredientes
1 tender de 800g aproximadamente
1/2 copo de suco de laranjas
1/2 xícara de áçúcar cristal orgânico
cravos da Índia

Modo de fazer
Tire o tender da embalagem, seque e com uma faca, faça cortes em diagonal formando losangos e em cada ponta do losango espete cravos da Índia.
Leve ao forno pré aquecido na temperatura de 200ºC embrulhado em papel alumínio.
Após 30 minutos, unte-o com o suco de laranja e o açúcar cristal.
Leve novamente ao forno para dourar.

Dica
Fatie 1/2 do tender, coloque em uma travessa e enfeite com pêssego em caldas e cerejas.

Salmão ao molho de alcaparras


Ingredientes
1,200 Kg de filé de salmão
1 limão
Sal e pimenta do reino a gosto

Modo de fazer
Tempere o filé com o suco de 1 limão, o sal, a pimenta e reserve por 1 hora
Asse o salmão em forno médio por 30 minutos.

Ingredientes Molho
2 laranjas pera
1 limão
1 colhar (chá) de amido de milho
50g de alcaparras

Modo de fazer
Junte o suco do limão ao amido e mexa até diluir.
Acrescente o suco da laranja e leve ao fogo baixo até começar a ferver.
A seguir adicione as alcaparras e deixe engrossar.

Dica
Leve o salmão a mesa junto com a molheira e acrescente o molho na hora de servir.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Vitamina S


Depois de décadas de reinado da busca pela limpeza total, especialistas descobrem o que nossos avós sempre souberam: um pouquinho de sujeira não faz mal a ninguém. Pelo contrário!

Ah, as maravilhas da vida moderna: produtos que matam todos os germes, esterilizadores de ar, antibióticos, pisos que ficam limpos muito mais tempo... Com tantas "armas" para combater todo e qualquer tipo de sujeira, crianças que vivem em locais desenvolvidos crescem cada vez mais com sistemas imunológicos "preguiçosos" e mais suscetíveis a alergias e a infecções respiratórias. Nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, o número de casos de alergia vem crescendo assustadoramente nos últimos 30 anos. E quanto maior a obsessão do país com limpeza, maior o número de alérgicos.

Nos últimos anos, muitos estudos foram feitos sobre o assunto e vários outros ainda estão em andamento. As descobertas levam a uma conclusão: crianças que entram em contato com certos tipos de bactéria ainda na primeira infância desenvolvem anticorpos que as ajudarão a combater vários tipos de alergia durante o resto da vida. Num estudo publicado no Journal of The American Medical Association, 474 bebês foram acompanhados do nascimento até os 7 anos de idade. Os que cresceram sem cães apresentaram o dobro da incidência de alergias do que os que haviam convivido com um cachorro. Num outro estudo, pesquisadores europeus coletaram amostras de pó da cama de 800 crianças que moram em fazendas; as que dormiam em camas com maiores quantidades de pó e micróbios apresentaram 50% menos chances de desenvolver asma - uma das alergias mais comuns, junto com a rinite e o eczema.

Como funciona o sistema imunológico
O sistema imunológico, ou seja, o conjunto de estruturas e funções que defende o corpo de agressões externas, começa a se formar já na gestação. "Os anticorpos da mãe são passados para o feto através da placenta, enquanto a glândula timo recebe as informações genéticas que vão ajudar na formação do sistema", explica o pediatra e alergologista Pedro Paulo Sposito, pai de Fernanda e Alexandre. Após o nascimento, a grande fonte de anticorpos passa a ser o leite materno. Por fim, vêm as vacinas. "Ao completar 1 ano de vida, o bebê já está imunologicamente competente", diz Sposito.

"Quando o Muro de Berlim foi abaixo, percebeu-se que as crianças da Alemanha Ocidental, mais rica e desenvolvida, tinham mais alergia que as da Alemanha Oriental", conta a dra. Ana Paula Castro, mãe de Mariana e Lucas, pediatra alergista e imunologista. Ela esteve no Congresso Europeu de Alergia e Imunologia, realizado em junho na França, que teve a "sujeira" como um dos principais temas. "Algumas bactérias produzem endotoxinas, estruturas que estimulam nosso sistema imunológico, gerando uma resposta imunológica que depois ajudará na proteção contra infecções e alergias", explica. "As bactérias do sarampo e da tuberculose produzem endotoxinas, mas causam doenças indesejáveis. Já as bactérias que encontramos na terra e na saliva dos animais também produzem a substância, mas sem colocar o paciente em risco", completa. Ou seja: brincar na terra ou ter um bichinho de estimação, ainda nos primeiros anos de vida, é uma verdadeira vacina.

É por isso que as crianças que moram no campo apresentam uma defesa imunológica mais eficiente. "Desde cedo, o organismo delas entra em contato com as bactérias comuns do ambiente e aprende a se defender. Na hora de se defender das bactérias mais prejudiciais, o corpo está mais eficiente", explica a dra. Elza do Carmo Cabral, filha de Maria do Carmo, especialista em alergologia e imunologia da Clínica da Alergia. "Muitas mães, principalmente com o primeiro filho, têm verdadeira obsessão por limpeza. Já foi provado que crianças primogênitas desenvolvem mais alergias e infecções respiratórias. O segundo filho costuma ser mais resistente, porque a mãe tem menos tempo e está um pouco menos preocupada", compara. Outro dado interessante apontado pela dra. Elza, que também esteve no congresso deste ano: crianças criadas em ambientes muito limpos possuem mais bactérias patogênicas (que causam doenças) no intestino. "Os próprios produtos químicos usados para deixar tudo extremamente limpo provocam muita alergia e irritação no aparelho respiratório. Isso é poluição química dentro de casa."

"Do ponto de vista imunológico, é bom ter contato com sujeira. Mas se a criança já é alérgica, a sujeira pode precipitar uma crise", alerta o dr. Samuel Koperstych, pai de Vanessa, alergologista e imunologista. "A hereditariedade é muito determinante na alergia. Muitas crianças já nascem alérgicas, e expô-las à terra e a animais pode causar uma resposta negativa."
O importante, como sempre, é o bom senso. Deixe seu filho brincar, se sujar, curtir a dele. Depois, banho, cama, tudo limpinho. Ok. Mas hora de brincar é hora de brincar, e nossos avós sempre souberam disso. Afinal, de onde veio a expressão "vitamina S"? Então!

A DOSE CERTA DE SUJEIRA
Menos neurose e mais bom senso. Essa é a receita para que seu filho cresça sadio e protegido "O ato de lavar é a primeira vacina preventiva contra qualquer infecção", ensina dr. Sposito. Depois de brincar na terra e mexer com animais, as crianças devem lavar as mãos. Não basta ensinar - é preciso dar o exemplo. Filhos de pais alérgicos são potenciais vítimas das alergias e infecções.

Nesses casos, o uso de leites enriquecidos com probióticos - que nada mais são do que bactérias mortas - associados ao aleitamento materno pode proporcionar maior proteção à criança. Esse complemento deve ser feito sob a orientação de um especialista. Não há problema em deixar seu filho brincar no jardim de casa ou do prédio, mas informe-se sobre o uso de produtos químicos (inseticidas e fertilizantes) nesses locais. Quando houver aplicação desses produtos, fique longe do jardim por alguns dias.

permitido andar descalço e brincar no chão de casa, da escola, da praia ou do parquinho (desde que seja bem conservado). Cuidado com áreas de areia em parques e praças, que costumam servir de banheiro para os cachorros. Não é preciso esterilizar a chupeta cada vez que ela cai no chão de casa, que costuma ser mantido limpo. Lavar com água corrente já é suficiente. Deixe seu filho brincar com outras crianças. Bebês que ficam em berçário, principalmente no período da tarde (quando o ambiente já está "sujo" com as bactérias das crianças da manhã) têm menos infecções respiratórias.

AGRADECIMENTO: Maê Amaral, 6 anos, filha de Pipo, que adora tomar grandes doses de "vitamina S", como na foto.

LIBERDADE
"A liberdade não é a ausência de normas, mas a aceitação autônoma, livre, do que se deve fazer. Os pais de hoje têm de superar duas tentações que não ajudam a transmitir a idéia de liberdade. Em primeiro lugar, têm de evitar que a ânsia de proteger os filhos, limite indevidamente a capacidade destes de aprender a tomar decisões e de fazer as coisas por sua conta. A outra tentação de nosso tempo é confundir a liberdade com o vale-tudo".

Fonte: google.

Catequese é trabalho em equipe

Você está pronto para discutir o projeto catequético e participar de todas as reuniões de planejamento? Já percebeu como todas essas tarefas envolvem outras pessoas? Esse é o terceiro ponto fundamental da história. Ninguém vai a lugar nenhum sem um bom entrosamento entre padres, diáconos, seminaristas, coordenadores, agentes, catequistas, catequizandos e familiares. Não há mais espaço, na igreja do século XXI, para o cristão egoísta, que não troca informações permanentemente com os demais na comunidade. O trabalho em conjunto chega como uma importante ferramenta de melhoria do trabalho em comunidade. Na catequese chega de pensar nas salas isoladamente. A perspectiva certa é a do todo. "Trabalhar assim é ampliar a participação da coletividade". O modelo dominante ainda é o que está assentado numa prática individualista e fragmentada, "baseado em conteúdos preestabelecidos, com métodos de avaliação excludentes, e numa gestão que dispensa o trabalho em grupo". Mas nem tudo está perdido.
"Procure fugir do conceito de que planejar é dar receitas", "Ou seja, não estabeleça tudo antes. Deixe um espaço para resolver questões imprevistas. A organização da catequese tem a ver com o cuidado de não engessar o processo". O que dá uma importância ainda maior à equipe, que precisa estar coesa. Periodicamente, os catequistas devem fazer entrevistas, reuniões com pais e moradores, que servem de inspiração para o planejamento — um jeito muito bom de tomar decisões em conjunto. Além das reuniões freqüentes de catequista deixe um espaço fixo de discussão com os catequizandos. Com isso, as famílias se sentem co-responsáveis — e os catequistas retribuem com atividades ligadas à vida das crianças. Nas turmas iniciais, por exemplo, um dos trabalhos preferidos pelos pequenos é construir letras de argila para escrever os nomes de pessoas da comunidade.
A aprendizagem é reforçada pela interação. Marina, de 6 anos, Thiago, de 9, e Cíntia, de 14, modelam flores coloridas de papel crepom para enfeitar o ambiente catequético. Vão fazer, juntos, um carro alegórico. Bem perto, outro grupo com gente de todos os tamanhos recorta retalhos coloridos, cola e costura bonequinhos de pano, batizados de Frida e Fritz. A experiência tem por objetivo integrar diferentes idades (a catequese aboliu a classificação por séries ou fases). Os grupos são montados aleatoriamente, para que menores e maiores se ajudem, aprendam uns com os outros. A reorganização das turmas é uma das situações de aprendizagem com inspiração sociointeracionista usadas como parte da proposta de trabalho. No exemplo, eles são apenas três, nos quais as crianças são agrupadas por faixa de idade. Os conteúdos viram um meio para desenvolver competências, o que começa pelos próprios catequistas. Exemplo, um catequistas teve de pensar numa atividade simultânea para catequizandos dos 6 aos 14 anos. "Às vezes, tenho a impressão de que vou perder o fio da meada", diverte-se. A garotada adora. "Os pequenos reclamam um pouco, mas nós, maiores, sempre podemos ajudar", diz Karina, de 13.
No início, há um temor de que os catequistas com catequizandos de 12 e 14 anos não soubessem lidar com os de 6 a 8 ou de que os maiores se desentendessem com os menores mas as experiências vêm mostrando que o resultado é maravilhoso. O motor desses encontros é a possibilidade de proporcionar situações novas além de incentivar o trabalho em equipe. Na prática, eles servem para balançar os alicerces da formação rígida e segmentada e fazer com que as crianças se conheçam melhor. O planejamento individual virou peça de museu. De olho no futuro, o catequista precisa ver a importância de levar o catequizando a querer aprender. Perceber como é glorioso pegar um ser humano cru e elevá-lo. Essa é a função do educador: passar o gosto pelo saber. Em resumo, o desafio que está colocado é buscar a melhor maneira de ajudar a construir um mundo melhor. Texto adaptado - Flávio

Meninas com sexo na cabeça


Concordo que hoje as adolescentes estão muito mais sabidas que antigamente. Dizem, inclusive, que tem meninas de 12 ou 13 anos mais danadas que muita mulher por aí, o que considero um exagero. Contudo, realmente existem algumas garotinhas que procuram avidamente seduzir o sexo masculino de qualquer idade, pelo simples prazer do jogo sexual e acabam adquirindo muita experiência. Entretanto, me questiono de quem é a culpa? Será que já nasceram com a sensualidade a flor da pele ou foram os adultos que as cercam que as induziram a conquistar o mundo com o corpo? Claro que a curiosidade é maior entre quem está na pré-adolescência, fase de muita auto-afirmação. Mas será que este tipo de diálogo, revelando um comportamento por demais precoce, não foi incentivado pela omissão dos pais na educação?
Conheço um caso de uma profissional liberal que considerou estupro o fato do namorado da filha, ele com 18 anos e ela com 16, ter dado bebida alcoólica para a menina e assim mantido relações sexuais com ela, com total aquiescência da menina. Só que os dois já namoravam desde que ela tinha 13 e ele 15, época que a referida mãe, cujo marido tinha ido embora, deixava os dois adolescentes sozinhos em casa para ir trabalhar.
Então pergunto: será que esta senhora não foi por demais ingênua ao deixar estes dois livres para viverem um primeiro amor em toda sua intensidade? Depois ela veio reclamar que a paixão se tornou visceral e que estava com medo que ele matasse a garota. Com razão! Não raro encontramos rapazes matando as namoradinhas alegando ciúmes e depois ainda tentam o suicídio.
Em outro episódio, vi uma mãe desesperada com sua filha de 12 anos que foi encontrada seminua ao lado do meio-irmão de 16. A menina já tinha aprontado muitas e a mãe não tinha mais controle sobre ela. Ninguém dava jeito, nem mesmo o pai que mesmo separado, tentou apoiar a ex-esposa nesta situação. A adolescente queria chamar a atenção de todo jeito. Foi quando, então, procurou-se a ajuda de uma psicóloga, que recomendou deixar que a criança namorasse. A mãe, indignada, respondeu que se a deixasse se relacionar amorosamente com alguém, rapidamente ela engravidaria, ainda que desse anticoncepcional para ela, algo que poderia interferir no seu desenvolvimento orgânico.
Assim, a mãe considerou que se fizesse o que a profissional aconselhava, teria outro problema, ou seja, mais uma criança para cuidar. Resultado: resolveu cuidar melhor da garota, levando-a para o trabalho, preenchendo mais o tempo dela para que não pensasse mais em “besteira”.
Poderia citar muitos outros exemplos, mas a questão é: como criar uma filha, na fase típica de contestação, quando o incentivo à vivência sexual se tornou normal, podendo vitimar a adolescente com uma gravidez indesejada ou violência por parte dos parceiros? Talvez o que esteja faltando seja rédea curta. Está tudo muito liberal. Meninas de 13 anos voltam de manhã para casa depois de uma balada e os pais agem como se fosse tudo muito natural. Não é! A noite foi feita para dormir e não para a garotada fazer farra.
A liberdade conquistada pelo sexo feminino não foi para que menininhas se promiscuíssem. Quem tem filhos tem que perseverar na instrução deles. Não pode ter preguiça ou se esquivar dizendo que não pode mais com eles. Não precisa bater, mas tem que ser firme e dar limites.
Dizer muito não, algo que dói na alma de um pai ou de uma mãe, mas que ajuda a educar. E principalmente, tem que dar exemplo. Gente miúda copia muito mais o que vê do que aquilo que ouve. A sociedade continua machista e quando uma menina é taxada de “à toa”, dificilmente consegue formar uma família bem estruturada no futuro. Fica perdida e muitas vezes se entrega às drogas ou ao alcoolismo. Portanto, se não quiser ver sua filha sendo chamada de mulher antes do tempo, segure-a mais dentro de casa e invista no ensinamento dos antigos valores, como procurar ser virtuosa. Isto não é caretice, mas uma questão de sobrevivência social. Texto adaptado de Cláudia Molina

Criança equilibrada e feliz


A infância é o tempo de explorar o mundo ao vivo e em cores, não só por meio da TV ou do computador. Os especialistas batem cada vez mais nessa tecla e explicam por que brincar faz toda a diferença para a saúde física, mental e emocional dos pequenos
Batatinha frita,1,2,3!
"Mamãe, posso ir? Quantos passos?" "Tá comigo! Comigo não tá!" Se você acha que as brincadeiras do passado não fazem sentido em pleno século 21, é hora de repensar o assunto. Em diversos países, inclusive no Brasil, estudiosos se debruçam sobre as mudanças radicais que a rotina dos pequenos sofreu nas últimas décadas - e já admitem que hábitos colocados em segundo plano, como correr, jogar bola e fazer bolinhos de areia, são muito mais importantes para a saúde física, mental e emocional do que se podia supor. "Brincar é uma necessidade básica, como dormir e comer, e deve ser a atividade primordial até os 6 anos", afirma a assistente social Marilena Martins, sócia-fundadora da Associação Brasileira pelo Direito de Brincar, braço da International Association for the Child's Right to Play (IPA). A entidade não é a única a empunhar a bandeira. "Para se tornar um adulto equilibrado e feliz, a criança precisa viver intensamente a infância. Os pais não podem se preocupar apenas com a inteligência, com o rendimento escolar, com o futuro profissional", alerta a pedagoga Nylse Cunha, autora de vários livros sobre o tema e presidente da Associação Brasileira de Brinquedotecas, filiada à Internacional Toy Library Association, que, com 46 representações no mundo inteiro, divulga a importância do brincar. São posições que, à primeira vista, parecem óbvias. Afinal, quem vai impedir, em sã consciência, que o filho brinque? A questão, ressaltam os especialistas, é o que se entende hoje por brincadeira - em geral, apenas jogos eletrônicos e televisão.
"Essa diversão, que está na ponta dos dedos, é puramente mental. Acontece que o ser humano não muda tão radicalmente de uma geração para outra. A criançada ainda precisa correr, se pendurar, passar por baixo e por cima, se mexer", diz o psiquiatra Içami Tiba, autor do best-seller QUEM AMA EDUCA! (ed. Gente). O pesquisador britânico John Richer, responsável pelo departamento de psicologia pediátrica do hospital John Radcliffe, em Oxford, na Inglaterra, vai além. Ao participar do II Fórum de Desenvolvimento da Criança, realizado em maio, em São Paulo, ele chamou a atenção para a ausência de contato da meninada com a realidade. "O medo da violência afastou as crianças das praças, fenômeno que se repete em muitos países. As que saem de casa brincam em playgrounds que, de tão seguros, são chatos. Não oferecem estímulos e ainda impedem que elas administrem riscos. Aprender sobre o mundo real implica tocá-lo, explorá-lo", ele explica.
A infância confinada causa prejuízos em diversas áreas do desenvolvimento. Na escola Anjo da Guarda, em Curitiba, a diretora pedagógica Luci Serricchio se preocupa com o que constata diariamente. "Os alunos são bem-informados, sabem usar qualquer aparelho e compreendem um manual como ninguém. Em compensação, mal começam a fazer uma atividade e querem pular para a seguinte. O poder de concentração foi seriamente afetado."Em poucos anos, o aprendizado sofre as conseqüências, alerta a psicóloga Lorene Busquin, do colégio Miraflores, no Rio de Janeiro. A criança que não experimentou o próprio corpo nos primeiros anos de vida, que não correu, não pulou, fica com déficits no desenvolvimento motor. Lá na frente, eles interferem na coordenação motora final, fundamental para a alfabetização." O mesmo se repete no campo emocional, diz Marilena: "Quem não brinca deixa de desenvolver áreas do cérebro responsáveis pela afetividade e sociabilidade. Terá dificuldade para se relacionar e não saberá lidar com as emoções, deficiências que só se recuperam com muita terapia". Reflexos de outro tipo são verificados nos consultórios médicos. Segundo John Richer, os países desenvolvidos são vítimas de uma verdadeira epidemia de doenças alérgicas, causada em parte pela falta de exposição a elementos - quando não se entra em contato com a boa e velha "vitamina S", de sujeira, o sistema imunológico não amadurece plenamente. "Os ambientes estão limpos demais. A sujeira do solo contém incontáveis microrganismos essenciais à vida." O fenômeno também chegou ao Brasil, garante a imunologista Ana Paula Moschione Castro, de São Paulo. "Cerca de 20% das crianças já apresentam doenças alérgicas, um número assustador. Entre as causas, está o aumento das atividades em locais fechados. Passamos mais de 90% do tempo em ambientes repletos de ácaros."
Atribuir esse confinamento às limitações da vida moderna, colocando toda a culpa na violência urbana e nos apartamentos pequenos, na opinião de Luci, é uma atitude simplista. "Estamos contaminados pelo modo de vida eletrônico. Os games substituíram as brincadeiras - e a falta de espaço, a meu ver, é o de menos. Curitiba é famosa pelos parques e áreas verdes, mas vejo poucas crianças brincando neles. Tenho alunos que vivem em casas e não conhecem o próprio quintal." Para agravar a situação, os pais se encantam ao constatar que os filhos dominam o controle remoto, o computador e as mais complexas engenhocas e acabam achando que já não se interessariam por distrações mais simples. Um equívoco, na opinião de Paula Ruggiero, coordenadora pedagógica da escola infantil Grão de Chão, em São Paulo: "O corre-corre e a amarelinha ainda fazem sucesso". Ela fala com conhecimento de causa. Diariamente, vê a criançada de 1 ano e meio a 6 anos se divertir no pequeno quintal de terra batida, sombreado por árvores cujos troncos estão gastos de tanto sobe-e-desce - em 21 anos, garante, nunca houve acidentes, salvo um ou outro joelho ralado. "Esse aprendizado é cultural, precisamos incentivá-lo."
O intervalo entre as aulas, na Anjo da Guarda, também é hora de aprender a brincar. Em cada um dos nove pátios, um professor propõe uma atividade fora de moda - tem até bambolê e perna-de-pau. "As crianças escolhem, mas precisam desse empurrão porque não dispõem de repertório. As sugestões costumam agradar", afirma Luci. Dia desses, ela presenciou uma cena que deixaria muito adulto de queixo caído. "Flagrei garotas da 7a série, de 13 anos, se divertindo na casinha de bonecas. Elas ficaram sem graça quando me viram. As meninas dessa faixa etária, hoje em dia, têm vergonha de brincar. Para deixá-las à vontade, entrei na brincadeira e rimos pra valer", conta. Para Nylse, isso acontece porque nem as crianças conseguem distinguir o que realmente gostam do que é imposto. "Elas estão espelhando a pressão da mídia e da família. Como não têm oportunidade para descobrir seus sonhos genuínos e expressá-los, refletem o que foi projetado."
Uma pesquisa do Datafolha feita em 2003 com 329 alunos de escolas públicas e privadas de São Paulo, entre 7 e 12 anos, confirma a tese: apenas metade deles declarou que brincar era a atividade favorita. "Fiquei alarmada com o resultado, somente crianças doentes ou oprimidas não gostam de brincar. Acredito que, elas respondem o que os pais gostariam de ouvir - tanto que 24% disseram que preferem estudar e 27% que já estão pensando na profissão." A interferência do adulto, avalia, também é evidente em loja de brinquedos. "Conferimos valor aos produtos, consciente ou inconscientemente. E, não raro, nos surpreendemos ao ver que a criança se diverte mais com a caixa de papelão. Quanto mais pronto o brinquedo, mais aborrecido." Com esse argumento, a atriz e diretora de teatro carioca Karen Acioly, 40 anos, conseguiu convencer o filho Ciro, 16, de que videogame não é gênero de primeira necessidade. Quando ele tinha 8 anos e pediu um de presente, respondi que, ao manipular brinquedos eletrônicos, a gente só pensa que está brincando. E que brincar de verdade é muito melhor. Sei que ele joga eventualmente na casa dos amigos, mas não é viciado e não se sente excluído", conta. Hoje, ela faz a mesma campanha com a caçula, Dora, 5 anos. "Toda sexta de manhã, antes da escola, tem a festa da boneca aqui em casa, com um lanche rápido na pracinha do prédio." Mesmo quando não pode estar presente, Karen sai para o trabalho com a sensação de dever cumprido. "Nossos desafios são muito maiores do que os de antigamente. Se preciso trabalhar em casa, espero que todos durmam primeiro. Descanso menos, namoro menos, mas somos mais felizes assim." A jornalista carioca Christina Martins, 40 anos, criou até um site, o http://www.amigasdapracinha.com.br/, para agitar a vida social de Carolina, 6. Mesmo que só consiga levar a menina à praça uma vez por semana, ela inventa moda para garantir que ninguém sofra de tédio. "Temos até um evento regular, o Sebinho nas Canelas, para que as crianças troquem livros já lidos. É uma curtição." Como vive em um edifício sem área de lazer ou vizinhos da idade da filha, ela também providencia animadas festas do pijama. "Convidamos duas ou três meninas para dormir em casa. Fazemos pipoca e é sempre aquela farra."
Não dá para fechar os olhos diante da realidade. Brincar é fundamental, mas a televisão e o computador já são parte da infância - e em caráter definitivo. Os números comprovam: segundo pesquisas da MacCann-Erickson, 63% das crianças das classes A/B, com menos de 12 anos, têm TV no próprio quarto e passam quatro horas diárias diante do aparelho. A boa notícia é que a telinha só assume o papel de vilã da história se você permitir. A televisão e o videogame são inevitáveis, o progresso está aí. Cabe aos pais iteragir, selecionar a programação, sentar no sofá ao lado do filho e conversar a respeito do que se vê. “Deve ser mais um ritual em família”, defende Marilena Martins. A psicanalista Ana Olmos, membro do conselho de acompanhamento da programação de rádio e TV da Câmara Federal concorda: "É um veículo maravilhoso, apaixonante se for usado corretamente. O conteúdo deve respeitar a faixa etária e a rotina da criança, além de não tratá-la como mera consumidora". Quem abre mão dessa tarefa, ela afirma, deixa o filho na mira da artilharia pesada: "A maior parte da programação infantil é idealizada sob o prisma do consumo. O pequeno telespectador se torna consumidor não só de brinquedos e biscoitos, mas de um projeto de vida pobre. Ele cresce acreditando que a imagem é o que importa".
Exposta desde cedo a personagens e tramas cada vez mais sensuais, a criança também tende a abandonar os brinquedos precocemente. Com cerca de 9 anos, já se considera pré-adolescente e se volta para outros interesses - segundo pesquisa do Instituto Ipsos Marplan, a turma de 10 a 12 anos só quer saber de carros, viagens, computação e informática, gente famosa, esportes, ciência, tecnologia e moda. O fenômeno se reflete na indústria de brinquedos. "Nosso público sofre uma forte pressão social para se tornar adulto antes do tempo, fazendo com que o mercado encolha. É assim no mundo inteiro, mas aqui, no Brasil, a erotização nos meios de comunicação acelera ainda mais o processo", atesta Aires José Leal Fernandes, diretor de marketing da Estrela. Separar o joio do trigo é mais simples do que parece. Comece observando os valores que permeiam as séries e desenhos animados a que seu filho assiste, como faz o pedagogo paulistano Pedro Paulo Demartini. Ele trabalha há quase três décadas na assessoria educacional da TV Cultura com a incumbência de analisar o conteúdo da programação infantil da emissora - e intervir, se for o caso. Preconceitos de qualquer natureza não devem ser tolerados", explica. Programas que destacam atitudes solidárias e harmoniosas são sempre recomendados, mas convém evitar aqueles que pintam o mundo com cores tênues demais. "É importante também mostrar que os conflitos existem e podem ser resolvidos com tranqüilidade. Personagens bonzinhos o tempo inteiro são irreais."
Os dramas, abordados com cuidado, têm seu lugar - desde que você leve em conta que cada criança reage de um modo a eles. "Na série com bonecos Cocoricó, por exemplo, já falamos da morte como um fenômeno natural, para que o público compreenda que ela faz parte da vida, pense e elabore os sentimentos sem se assustar." A professora curitibana Erica Mello, 23 anos, não veta nenhum tipo de programa. Amanda, 5 anos, pode assistir às notícias mais dramáticas dos telejornais com a condição de que a mãe ou o pai estejam ao lado. "Meu marido prefere que ela não fique na sala, mas eu discordo. Quero que minha filha conheça o mundo real. No fim, mostramos o que consideramos certo ou errado." Já a advogada paulistana Lourdes Campos, 45 anos, mãe de Luísa, 6, e André, 4, controla o televisor com mão de ferro. "Não permito que vejam apresentadoras com roupas apelativas e programas que não tenham nenhum valor interessante para ensinar. Sou obrigada a repetir meus argumentos 365 dias por ano, mas educar é isso mesmo."
O vocabulário é outro item a considerar - como a criançada costuma sair pelas ruas repetindo os bordões que ouve na TV, marca ponto o programa que aproveita a deixa e apresenta palavras novas. Não pense, contudo, que conteúdo educativo deve ser chato. "Nada pode ser técnico, científico, formal, como uma aula tradicional - ou a criança se desinteressa. Mais do que informar, a TV tem de despertar a curiosidade, fazer com que ela queira saber mais", defende Pedro Paulo. O mesmo vale para a escolha do repertório musical. Acredite: as canções que seu filho escuta são muito mais do que pura diversão e interferem de verdade no desenvolvimento dele, especialmente nos cinco primeiros anos de vida. "Essa é a fase do destino. O que se registra nela fica gravado para sempre", afirma a arte-educadora Margareth Darezzo, de São Paulo, especializada em psicologia do desenvolvimento infantil. Ela dá aulas de iniciação musical e recomenda aos pais de seus alunos e aos orientadores de escolas que não se limitem a analisar os refrões - não basta que a mensagem seja edificante. "A letra educa quando se usa a mesma linguagem da criança, entra no universo dela naturalmente e recorre a temas voltados para a descoberta do mundo e para o autoconhecimento - não quando simplesmente é cantada em voz infantilizada e cultua ídolos." Com 16 anos de carreira e 20 CDs, a dupla Palavra Cantada, formada por Sandra Peres e Paulo Tatit, já se tornou referência em música infantil de qualidade. Seus discos foram adotados pela rede municipal de ensino de São Paulo, que patrocinou 500 apresentações gratuitas do grupo nas escolas. A receita deles? "Não menos prezamos a inteligência da criança com tentativas bobas de obter cumplicidade, o que só funciona por um tempo e depois cai no esquecimento", assegura Sandra. O músico Hélio Ziskind, responsável pela trilha sonora dos programas infantis da TV Cultura e autor do CD-livro BANHO É BOM (ed. Melhoramentos), lembra que o universo infantil é riquíssimo e não pode ser simplificado. "O que mais vemos são cantores que compõem para crianças que estão sempre em festa. Não lembram que elas precisam parar de vez em quando e se conectar a outros sentimentos."
Entre nessa também - Confira algumas sugestões para driblar as limitações de tempo e espaço.
"Crie um cantinho de brincadeiras em casa, nem que seja na sala ou na área de serviço. Não vai durar para sempre, em poucos anos a decoração volta a ser o que era - e esse investimento será bem recompensado no futuro." MARILENA MARTINS
"Leve seu filho ao parque pelo menos uma vez por semana. Mas não adianta soltá-lo enquanto você lê jornal - ele precisa da sua atenção. É fácil, basta que você se lembre da própria infância na hora de propor as brincadeiras." PAULA RUGGIERO
"O melhor brinquedo para a criança é o adulto disposto a brincar com ela. Mas não tente dirigir a atividade. Deixe que ela lidere o tempo todo." NYLSE CUNHA
Texto adaptado - Flávia Pinho

domingo, 3 de agosto de 2008

Pipoca com queijo parmesão

Quem já não tentou fazer a pipoca com queijo parmesão frito em casa, e nunca dá certo? Pode tentar que no final, o queijo sempre derrete e fica aquele grude. Bom, vou procurar no Google para ver se alguém me ajuda. E lá estava uma dica no blog http://moquecacompimenta.blogspot.com/2007/11/pipoca-com-queijo.html sobre um gentil pipoqueiro que ensinou que o truque é deixar o queijo já cortado em cubos em um pote com sal, tipo uma ou duas colheres de sal, dependendo da quantidade de queijo, por pelo menos duas horas, e depois fritar em bastante óleo bem quente. Tente você também fazer o tão delicioso queijo para incrementar sua pipoca. Olha a dica é usar bastante óleo quente, e sem mexer com a escumadeira. Outro truque é não meter a colher na panela, para mexer o queijo, para fritá-lo por igual, o lance é ficar mexendo a panela, fazendo voltinhas, aí o queijo se mexe. Para finalizar a delícia faça sua pipoca com bacon picado, fritando antes e acrescentando o milho a seguir para estourar!!!

domingo, 23 de março de 2008

Páscoa - Criação do Blog


Acabei de criar o blog. Estava passando pelo blog do Pe.Fred e parece que neva em Oxford. Aqui em Taubaté está uma garoa tipica de outono. Postei a ele um recado sobre um pedido tão simples de Páscoa. Uma capelania em Londres para brasileiros. É Fred que pena que não te deram uma paróquia aqui para que pudesse ficar junto dos seus queridos natalícios. Que o Senhor ressucitado possa nos dar Vida Nova e continuar nos abençoando. Ainda a pouco, estava lendo o DNC (aprovado pelo Vaticano em 08/09/2006) que é o Doc 84 da CNBB - 5a. edição 2007. Embora muitos catequistas não acordaram para tê-lo como livro de cabeceira e formação continuada, eu não poderia deixar de transcrever alguns trechos. Segue abaixo o que o DNC cita como algumas características da Catequese Renovada que em 1983, ano da publicação do Doc 26 da CNBB, tive a graça de participar de um trabalho de base no Pensionato próximo a praça Sta. Terezinha, onde Pe. Lima nos explicava tão importante passo para a Catequese. Hoje podemos comemorar 50 anos do movimento catequético no Brasil e 25 anos da Catequese Renovada. Veja a seguir algumas características atualizadas no DNC:
a) catequese como processo de iniciação à vida de fé: é o deslocamento de uma catequese simplesmente doutrinal para um modelo mais experiencial, e da catequese das crianças para a catequese com adultos. Tanto a dimensão doutrinal como a da experiência estão integradas no processo de tornar-se discípulo de Jesus. Começa a delinear-se um modelo metodológico que leva à experiência de Deus que se expressa, sobretudo, na vida litúrgica e orante;
b) iniciação à vida de fé em comunidade: conforme a pedagogia de Deus, Ele se revela no dia-a-dia de pessoas que vivem em comunidade. A catequese é concebida como uma iniciação à fé em sua dimensão pessoal e comunitária;
c) processo permanente de educação da fé: se a catequese é o momento da iniciação à fé, a formação cristã se prolonga pela vida inteira. Além das crianças, os adultos começam a merecer maior atenção;
...entre outras...