domingo, 10 de novembro de 2013

Fudge Original

Receita de Marcia Oliveira e Theresa Schiel 
Raio X
O fudge é um doce de origem norte-americana muito fácil e rápido de fazer.
Tempo: 10 min - 24 porções.

Ingredientes 
1 lata de leite condensado
1 pitada de sal
1 colher de sopa de manteiga sem sal, em temperatura ambiente
1 colher de chá de essência de baunilha
2 colheres de sopa de chocolate em pó
500 gramas de chocolate meio amargo picado ou ralado 

Modo de preparo 
Coloque em um recipiente de vidro o leite condensado, o sal, a manteiga, a essência de baunilha e o chocolate em pó. Leve o recipiente ao micro-ondas e aqueça por dois minutos na potência forte. Depois mexa bem até ficar homogêneo. 

Em outro recipiente de vidro, coloque o chocolate meio amargo no micro-ondas por um minuto e meio na potência forte. Retire e mexa até ficar homogêneo. 

Coloque o recipiente com a mistura do leite condensado por mais um minuto no micro-ondas em potência forte. Retire e mexa até ficar homogêneo. 

Em seguida, junte as duas massas e mexa até ficar uma mistura consistente. Forre uma forma de aproximadamente 30 x 20 cm com papel-manteiga. Despeje a massa e alise em toda a extensão da forma. Deixe descansar na geladeira por pelo menos por seis horas. 

Depois, retire da geladeira e corte como quiser. 

Fonte: Uol 
Receita da loja Satis Fudge
Av. Sete de Setembro, 5811, conjunto 14, Curitiba, PR Tel.: (41) 3532-4850 

sábado, 9 de novembro de 2013

Crianças francesas de novo, agora comendo de tudo



E lá vamos nós falar de novo das mães francesas e de seus filhos perfeitos. Depois de "Crianças francesas não fazem manha" de Pamela Druckerman, agora é a vez de “French Kids Eat Everything” (Crianças francesas comem de tudo, em tradução livre), de Karen Le Billon, que conta a história de uma família franco-canadense que se muda para a França e se depara com outras formas de viver e se relacionar com a comida. Para quem acha que existe algum milagre ou que os franceses são abençoados, pode esquecer, tudo se baseia na forma de se relacionar com a comida.

Para os franceses, comida não é obrigação, prêmio ou consolo. Como mãe e nutricionista vejo que o problema na maioria das vezes, seja aqui ou em algum outro lugar do mundo, está em fazer as crianças comerem vegetais. Logo no início de um dos capítulos, o brócolis aparece em grande destaque, ele encabeça a lista do vegetais que muitas mães tentam forçar goela dos seus filhos abaixo, e é aí que mora o erro. Brócolis deve ter o mesmo peso e importância que qualquer outro alimento, porque ele é apenas mais um que vamos consumir.

Aqui está o Santo Graal da alimentação das crianças francesas de acordo com o livro:

1. Os pais estão no comando - Se você não se sente capaz de fazer a mudança, de estabelecer os limites, ninguém mais será. Os pais são os responsáveis pelo que oferecem para os filhos e, portanto, pelo que eles comem.

2. Comida não é moeda de troca, não é premiação ou castigo - criança precisa de disciplina, mas não é cachorro que a cada truque bem executado ganha um biscoito. Se a criança está triste, pega lá um pedaço de chocolate. Se seu filho não fica parado na cadeirinha do carro, lá vai um biscoito. “O que queremos é que as crianças tenham profundo respeito pela comida, e não apenas aprendam a comer sempre que estiverem entediadas, chateadas ou cansadas.”, diz a autora.

3. As crianças comem o que os adultos comem - Simples assim. Quando as filhas da autora foram para a escola francesa, o cardápio foi surpreendente: rabanetes crus, carne ensopada com cogumelos, queijos de fungo azul, patê com picles e muito mais. Para o paladar de crianças acostumadas com sabores neutros, elas foram expostas a sabores fortes e novos alimentos. No livro tem uma passagem na qual a autora relata ter visto um bebê de 9 meses comer, feliz, um pedaço de queijo Roquefort! As crianças francesas fazem 3 grandes refeições por dia e um lanche da tarde (“le goûter”). Os pais escolhem o menu e não há substituições.

4. As refeições são feitas em família - um luxo! A gente sabe que nem sempre é possível, mas o ideal é tentar mesmo que seja apenas poucas vezes na semana. A família está envolvida com a alimentação desde o início, vão às compras, guardam as comidas na geladeira, ajudam no preparo e colocam a mesa, guardadas as idades e tarefas.

5- Comer os vegetais sem drama - a chave para isso é a variedade de vegetais e do modo como eles são preparados. Uma típica refeição francesa começa com pratos de vegetais, sendo assim a grande fome que assola os pequenos vai ser uma ótima aliada para que esse primeiro prato seja comido com muita satisfação. Sugestões do livro: Cenoura ralada, Salada de pepino e molho vinagrete, Beterraba com laranja, salada de endívia com queijo emmental e croutons. Vamos sair do nosso quadrado?

6. Você não precisa gostar, mas tem que provar – essa é a regra que eu mais gostei de ver aqui retratada, repito isso infinitas vezes. Já pensou se você nunca tivesse provado chocolate? O alimento “novo” faz parte da refeição e ponto, nada de discussão, as refeições nunca podem se transformar em uma batalha. A gente faz de conta que não está nem aí para isso e continua mantendo um clima agradável e cordial. Ah, não se esqueça, se o seu filho comer e gostar, não elogie.

7. Beliscar é proibido – nada de um lanchinho aqui e outro ali, esse hábito é o que desencadeia uma enorme quantidade de distúrbios alimentares. Os franceses costumam dizer que ter fome é o melhor dos temperos, e quem é não concorda? A criança precisa aprender a sentir fome e diferencia-lá da vontade de comer. Além disso, o livro explica que é bom para as crianças aprenderem a lidar com a sensação de fome, caso contrário, podem se tornar adultos que sentem a necessidade de estar sempre comendo alguma coisa.

8. Coma devagar – Por decreto do governo, as crianças francesas gastam no mínimo 30 minutos na mesa do almoço na escola, mesmo os pequeninos! Como conseguem? As refeições não são apenas para comer, mas também para socializar com os amigos, hábito que eles cultivamos muito. Ensinar as crianças a sentar-se pacientemente e desfrutar de conversas com os pais e amigos é uma habilidade importante. Ainda não descobri como fazer isso com o meu filho Em alguma escolas o horário do lanche é diferente do horário do recreio, evitando que a criança não perca o tempo da brincadeira porque está lanchando e nem deixe de comer para brincar.

9. Comer comida de verdade - Colocar a mão na massa e preparar comida com ingredientes que não venham embalados e congelados em caixas ou latas.

10. Aproveite o momento – Esteja com sua família, comente como foi o dia, dividam alegrias e compartilhem sonhos, façam planos. Depois de alguns maus hábitos já instalados é bem difícil mudar, mas não é impossível. Você pode reverter a situação mudando o estilo de vida da sua família.

Siga algumas ou todas as regras, mas, acima de tudo, use o bom senso e cultive os bons hábitos. French Kids Eat everything Autor: Karen Le Billon

Fonte: site Mundo Ovo

Crianças francesas não fazem manha

Uma coisa que sempre me chamou a atenção nos parquinhos e jardins de Paris é como os pais franceses incentivam a autonomia de seus filhos. Enquanto nós, brasileiros, logo nos descabelamos e  berramos VOCÊ VAI CAIR!  quando nossas crianças querem se aventurar  sozinhas no andar mais alto do brinquedo, os pais franceses calmamente se aproximam de seus filhos e dizem: Muito bem, você vai conseguir, pode ir sozinho, estarei aqui embaixo para ajudar você caso tenha alguma dificuldade.

Brinquedo no Jardin de Luxembourg, em Paris
Brinquedo no Jardin de Luxembourg, em Paris
Comprei o best seller Crianças Francesas Não Fazem Manha porque algumas pessoas à minha volta elogiaram o livro, mas confesso que estava esperando um manual bobo de como educar os filhos. Pois bem, eu estava completamente enganada. O livro, da jornalista americana Pamela Druckerman, é um incrível raio X das culturas francesa e americana.  Além de muita leitura e entrevistas com especialistas, a pesquisa da autora inclui anos de observação do comportamento dos pais franceses em parquinhos e praças parisienses, ponto de encontro dos pais e crianças que vivem em Paris.
Pais e filhos, em parquinho no Marais
Pais e filhos, em parquinho no Marais
A partir da comparação do comportamento dos pais americanos e franceses, o livro vai aos poucos revelando aspectos da cultura de cada país:
  • Enquanto os bebês e as crianças americanas comem biscoitos e outras bobagens o dia todo, os francesinhos comem apenas nos horários determinados.
  • Enquanto os pais americanos proíbem doces e outros açucares durante pelo menos o primeiro ano de vida de seus bebês, o franceses tratam todos os tipos de alimentos de forma natural e não tentam fingir que balas e chocolates não existem.
  • Enquanto os pequenos franceses são incentivados pelos pais e pela escola e apurar o paladar, comendo foie gras e camembert desde bebês, os americanos ficam restritos a papinhas e purês durantes anos a fio.
  • Enquanto as americanas acham que engordar 20 quilos durante a gravidez é razoável, as francesas têm como limite 14 quilos.
  • Enquanto as francesas tentam estar em forma após três meses do parto, as americanas não se importam muito com isso.
  • Enquanto NÃO é palavra-chave na educação das crianças francesas, os americanos têm medo que o excesso de NÃOS possa podar a criatividade de seus pequenos.
  • Enquanto os pais franceses acham que a criança não pode ser o centro da atenção do casal, se permitindo saídas e viagens a dois e momentos cotidianos sem a presença da criança, os americanos passam anos vivendo a vida de casal em família.
Crianças, mães e babás no Jardin des Plantes
Crianças, mães e babás no Jardin des Plantes
À medida que eu avançava na leitura, ficava claro para mim que nós, brasileiras, estamos no meio do caminho entre as culturas francesa e americana. Lidamos mal com a culpa assim como as americanas, somos mães intuitivas assim como as francesas, temos dificuldade em estabelecer limites para as crianças assim como as americanas (mas em menor grau), cuidamos dos nossos corpos durante e depois da gravidez assim como as francesas … Pelo menos essa foi a minha percepção.
Recomendo a leitura do livro tanto para mães e pais quanto para qualquer pessoa que queira entender um pouco mais sobre as entranhas das culturas francesa e americana. E refletir um pouco sobre quem nós somos.
criançasFrancesasCrianças francesas não fazem manha
De Pamela Druckerman
Editora Fontana
Fonte: Lina - blog Conexão Paris.