sábado, 27 de dezembro de 2008

Meninas com sexo na cabeça


Concordo que hoje as adolescentes estão muito mais sabidas que antigamente. Dizem, inclusive, que tem meninas de 12 ou 13 anos mais danadas que muita mulher por aí, o que considero um exagero. Contudo, realmente existem algumas garotinhas que procuram avidamente seduzir o sexo masculino de qualquer idade, pelo simples prazer do jogo sexual e acabam adquirindo muita experiência. Entretanto, me questiono de quem é a culpa? Será que já nasceram com a sensualidade a flor da pele ou foram os adultos que as cercam que as induziram a conquistar o mundo com o corpo? Claro que a curiosidade é maior entre quem está na pré-adolescência, fase de muita auto-afirmação. Mas será que este tipo de diálogo, revelando um comportamento por demais precoce, não foi incentivado pela omissão dos pais na educação?
Conheço um caso de uma profissional liberal que considerou estupro o fato do namorado da filha, ele com 18 anos e ela com 16, ter dado bebida alcoólica para a menina e assim mantido relações sexuais com ela, com total aquiescência da menina. Só que os dois já namoravam desde que ela tinha 13 e ele 15, época que a referida mãe, cujo marido tinha ido embora, deixava os dois adolescentes sozinhos em casa para ir trabalhar.
Então pergunto: será que esta senhora não foi por demais ingênua ao deixar estes dois livres para viverem um primeiro amor em toda sua intensidade? Depois ela veio reclamar que a paixão se tornou visceral e que estava com medo que ele matasse a garota. Com razão! Não raro encontramos rapazes matando as namoradinhas alegando ciúmes e depois ainda tentam o suicídio.
Em outro episódio, vi uma mãe desesperada com sua filha de 12 anos que foi encontrada seminua ao lado do meio-irmão de 16. A menina já tinha aprontado muitas e a mãe não tinha mais controle sobre ela. Ninguém dava jeito, nem mesmo o pai que mesmo separado, tentou apoiar a ex-esposa nesta situação. A adolescente queria chamar a atenção de todo jeito. Foi quando, então, procurou-se a ajuda de uma psicóloga, que recomendou deixar que a criança namorasse. A mãe, indignada, respondeu que se a deixasse se relacionar amorosamente com alguém, rapidamente ela engravidaria, ainda que desse anticoncepcional para ela, algo que poderia interferir no seu desenvolvimento orgânico.
Assim, a mãe considerou que se fizesse o que a profissional aconselhava, teria outro problema, ou seja, mais uma criança para cuidar. Resultado: resolveu cuidar melhor da garota, levando-a para o trabalho, preenchendo mais o tempo dela para que não pensasse mais em “besteira”.
Poderia citar muitos outros exemplos, mas a questão é: como criar uma filha, na fase típica de contestação, quando o incentivo à vivência sexual se tornou normal, podendo vitimar a adolescente com uma gravidez indesejada ou violência por parte dos parceiros? Talvez o que esteja faltando seja rédea curta. Está tudo muito liberal. Meninas de 13 anos voltam de manhã para casa depois de uma balada e os pais agem como se fosse tudo muito natural. Não é! A noite foi feita para dormir e não para a garotada fazer farra.
A liberdade conquistada pelo sexo feminino não foi para que menininhas se promiscuíssem. Quem tem filhos tem que perseverar na instrução deles. Não pode ter preguiça ou se esquivar dizendo que não pode mais com eles. Não precisa bater, mas tem que ser firme e dar limites.
Dizer muito não, algo que dói na alma de um pai ou de uma mãe, mas que ajuda a educar. E principalmente, tem que dar exemplo. Gente miúda copia muito mais o que vê do que aquilo que ouve. A sociedade continua machista e quando uma menina é taxada de “à toa”, dificilmente consegue formar uma família bem estruturada no futuro. Fica perdida e muitas vezes se entrega às drogas ou ao alcoolismo. Portanto, se não quiser ver sua filha sendo chamada de mulher antes do tempo, segure-a mais dentro de casa e invista no ensinamento dos antigos valores, como procurar ser virtuosa. Isto não é caretice, mas uma questão de sobrevivência social. Texto adaptado de Cláudia Molina

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