Naquele tempo, 1Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. 2Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? 3Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa dele. 4Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. 5E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.
Entendendo o texto
Muitas vezes, nós nos apegamos apenas à realidade aparente e colocamos a nossa confiança apenas em critérios humanos para a compreensão dessa realidade. Confiamos principalmente nas nossas experiências pessoais e no que as ciências modernas nos ensinam. Quando nos fechamos ao próprio Deus, simplesmente nos tornamos incapazes de ver sua presença no nosso dia a dia e dificultamos a sua ação, que visa principalmente o nosso bem. Jesus, no meio dos Seus, no meio de parentes, conhecidos, familiares, na própria cidade onde foi criado e cresceu, não foi bem aceito, bem recebido. Duvidaram, queriam saber de onde Ele vinha, de onde tinha a sabedoria ou a capacidade para realizar todos os prodígios. Sabe por quê? Porque os Seus olharam para Jesus apenas de uma forma humana, pois Ele era um deles, e não souberam transpor, não souberam ter um olhar de fé, sobre Aquele que era um deles. Era parente, primo, amigo e assim por diante. Sabe, nós, muitas vezes, não sabemos distinguir as coisas. Muitas vezes, temos o pai como camarada, o padre como amigo, o “fulano” como alguém já muito íntimo nosso e, às vezes, a liberdade é tão grande que não sabemos distinguir o natural do sobrenatural. A mãe é a mãe por graça, e toda mãe tem uma graça sobrenatural. O pai é o “paizão”, o amigo, pode até ter muitos defeitos, problemas, mas ele tem uma graça sobrenatural de ser pai. Nós podemos ser muito próximos da Igreja, das pessoas da Igreja, do Papa, do padre, do bispo, isso não é problema! O problema é quando vivemos apenas a relação da amizade humana e não sabemos buscar a essência divina naquilo que fazemos. Não deixe que o seu grupo se transforme apenas em um grupo de amizade. Não deixe que as suas relações de Igreja sejam apenas relações amistosas para convivência e coisas parecidas. Permita que os encontros sejam verdadeiros encontros com Deus e com Sua graça, senão, daqui a pouco, iremos olhar a fé apenas de uma forma humana e não sobrenatural. E quando não olhamos mais o sobrenatural, nós não captamos, não tocamos e não somos tocados pela graça que vem de Deus.
Jesus, ajuda-nos a reconhecer nossa fraqueza e perdoa nossas faltas e faz-nos reconhecer nossas próprias limitações e assim dar o devido valor de sermos um dos discípulos missionários do reino.
Abençoando
Traçando o sinal da cruz em você diga:
Abençoe-nos nosso Deus que é † Pai, Filho e Espírito Santo, para que vivamos sempre no seu amor e fazendo só o bem a todos. Amém!
Adaptado. #FlávioRonconiDeOliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário