quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Casa da Moeda do Brasil - Conapub

Tem raposa cuidando do galinheiro. O que pensar de um servidor público que movimenta - em conta corrente - quantia 20 vezes superior aos seus rendimentos? O que deduzir de um funcionário pela emissão do dinheiro de um país que, em seis anos, eleva o seu patrimônio em 15 vezes? Talvez, se estivéssemos falando de alguma nação européia do primeiro mundo, houvesse uma chance – ainda que mínima – de haver explicação, nem tanto pela discrepância dos números, mais pela cultura e pelo rigor da lei em relação à concussão, peculato e improbidade administrativa. Mas, infelizmente, o suspeito em questão é só o presidente da Casa da Moeda do Brasil, Luiz Felipe Denucci, que ganhou destaque na revista Istoé. Denucci enviou 1,79 milhão de reais de uma conta de Miami para sua conta no Brasil. Entre 1998 e 2004, seu patrimônio, que era de 200 mil reais, subiu para 3 milhões. Se essa evolução patrimonial for de origem idônea, o governo Lula precisa elevar o presidente do Banco Central a ministro da Fazenda, por sua habilidade em fazer verdadeiros milagres com a economia. Senão, merece um busto na galeria do Mensalão. A questão é: quem vai sobrar com o mínimo de moral para poder indagar e, eventualmente, determinar a punição dos corruptos da República? Será que o Denucci terá a grandeza da alma do Arruda para “perdoar” o povo que há anos vive mais de circo do que de pão?

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