No Dia dos Pais, a escolha do presente para o seu querido nem sempre é uma tarefa das mais fáceis, não é? A lista de possibilidades costuma ser grande. Camisa, perfume, livros, cinto, meias, gravata, furadeira e outros itens que, no fundo, sempre nos deixam com aquela dúvida: será que ele vai gostar disso? Dar presentes, alguém já disse, é uma arte. Mas dar um bom presente não significa necessariamente ter que gastar muito dinheiro ou dar algo vistoso. O economista Beto Veiga é partidário de um conceito bastante original. O conceito do presente "anti-coisa", termo cunhado pela consultora americana April Dykman, mas já praticado por muitas pessoas. Para Veiga, o ideal é pensar na felicidade que aquele presente vai trazer à pessoa, e não no seu valor material. "A proposta de um presente "anti-coisa" é proporcionar momentos e experiências em vez de bens materiais", explica o consultor.
Segundo a psicóloga Denise Pará Diniz, especialista em terapia comportamental, o mais importante na hora da escolha é refletir sobre a mensagem que você gostaria de passar com o presente. A psicóloga argumenta que esta data é perfeita para ser utilizada como um momento de agradecimento, seja por alguma situação recente, por uma circunstância difícil em especial ou, sobretudo, pelo conjunto da obra - um "obrigado".
"Em um momento recente é possível agradecer por algo benéfico que ele fez ou algum problema que ajudou a resolver. Como, por exemplo: se o seu pai bancou sua faculdade ou um curso de pós-graduação pode presenteá-lo com um convite para a formatura ou até mesmo o diploma. Esta é a ocasião de mostrar que o gesto do pai deixou o filho fortalecido, e é a oportunidade de agradecer pelo investimento", explica Denise Diniz. "Quando vamos presentear alguém, é importante ter respeito e reconhecimento pelo outro".
A ocasião pode ser aproveitada para o simples exercício de estar junto. Promover um almoço, relembrar bons momentos ou simplesmente botar a conversa em dia. É importante usar esta data para homenagear seu pai, seja com um presente, com um telefonema ou uma carta. Um presente escolhido com carinho e pensado também pode ajudar a resgatar o vínculo e o sentido desta relação entre pais e filhos. Experiente em questões familiares, a terapeuta Denise Diniz cita como exemplo a história de um pai que ajudou o filho recém-divorciado a superar a situação e a esclarecer o novo cenário familiar ao neto. "A criança não aceitava o fato e o avô a ajudou muito nesta fase de aceitação. Passado certo tempo, o menino fez um desenho da família e mostrou ao pai, parecendo estar conformado com a situação. O pai, por sua vez, presenteou o avô com o desenho, em agradecimento pelo apoio e carinho", conta a especialista.
Outra vantagem interessante do presente anti-coisa é que a noção de valor assume outros contornos. "Quando partirmos para um presente anti-coisa ele deve ser significativo para quem irá ganhá-lo, o que não é sinônimo para a palavra "caro", diz o consultor Beto Veiga.
Obviamente que também é permitido comprar presentes, afinal com a dedicação e o carinho na escolha, é perfeitamente possível agregar um valor afetuoso ao item. Se o seu bolso permitir, você ainda pode satisfazer seu pai, proporcionando a ele um curso, uma viagem ou um dia de relaxamento no Spa. Além disso, ainda é possível incentivá-lo a começar uma atividade física, bancando a matrícula em um clube ou academia, ou ainda uma experiência incomum que você sempre soube que ele quis provar, como um passeio de balão ou a prática de um esporte radical.
"Se há condições - de tempo e de dinheiro - para dar um presente material, isso é ótimo e também tem seu valor. Porém, sem esquecer o valor mais importante: A união entre a homenagem, o respeito e a mensagem a ser transmitida", explica a terapeuta Denise Diniz
Fonte: Minha Vida - Uol - Adaptado Flávio.
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