A cidade de São Paulo registrou na tarde de hoje mais um recorde de baixa umidade relativa do ar.
Em nove dos 28 municípios onde o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) tem estações operantes que controlam a umidade relativa do ar no Estado de São Paulo, o índice era igual ou inferior aos 12%, o que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), coloca estas cidades em estado de emergência. Como dado de comparação, o deserto do Saara, na África, registra índices entre 10% e 15%.
Com a umidade relativa em torno dos 10%, os municípios de Valparaíso e Votuporanga, no noroeste do Estado, eram os que apresentavam na tarde desta quarta-feira (26) o ar em piores condições. Em seguida, com a umidade em 11%, estava a cidade de Lins. Já com 12%, estavam os municípios de Avaré, Jales, José Bonifácio, Ourinhos, Pradópolis e Rancharia.
O Estado também conta com 14 municípios em estado de alerta, ou seja, com índice de umidade relativa do ar igual ou abaixo dos 20%. São eles: Ariranha (13%), Barra Bonita (13%), Barretos (13%), Bauru (13%), Casa Branca (14%), Franca (15%), Itapeva (20%), Itapira (14%), Ituverava (15%), Piracicaba (14%), São Carlos (14%), São Paulo (13%), Sorocaba (13%) e Taubaté (15%).
Recorde na capital
Levando em conta os dados das estações automáticas do Inmet, a tarde de hoje foi a mais seca do ano na capital paulista. A cidade registrou, no início da tarde, umidade perto de 13%.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, caso a umidade alcance níveis inferiores aos 12%, serão tomadas algumas medidas preventivas como “a interrupção de atividades ao ar livre e a suspensão de atividades em locais com aglomeração de pessoas, como escolas, creches, shows, etc".
Qualidade do ar
Em nenhum dos 20 pontos da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) localizados na região metropolitana de São Paulo a qualidade do ar é considerada “boa”; em nove o status é “inadequada”; em seis é apenas “regular” e em duas --Santo André e Taboão da Serra-- a qualidade é “má”.
Em dois dos 19 pontos localizados no interior e litoral a qualidade do ar era “inadequada” e nos outros 17, apenas “regular”.
Recomendações
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera estado de atenção quando a taxa de umidade relativa do ar fica abaixo dos 30%. Abaixo dos 20% é considerado estado de alerta e abaixo dos 12%, estado de emergência. Com o tempo seco, a poluição aumenta favorecendo o surgimento de doenças respiratórias e cardiovasculares.
Nestas condições, é comum a ocorrência de complicações respiratórias devido ao ressecamento das mucosas, provocando sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos.
Por isso, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para dias como estes é evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h; umidificar o ambiente por meio de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água; regar os jardins, e sempre que possível, permanecer em locais protegidos do sol ou em áreas arborizadas.
Além dessas medidas, é recomendável usar colírio de soro fisiológico ou água boricada para os olhos e narinas e beber muita água.
Fonte: Uol notícias
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