segunda-feira, 28 de junho de 2010

Cerveja liberada?

Ela é uma das bebidas mais consumidas no planeta e, entre nós, se tornou uma verdadeira paixão nacional. Escura ou clara: não importa a coloração. O fato é que seus goles podem ser pra lá de benéficos, como revela um estudo fresquíssimo. Muita gente deve ter espumado de alegria, sobretudo os apreciadores de uma loira gelada — e são muitos! Cientistas da Universidade de Granada e do Conselho Superior de Investigações Científicas da Espanha liberaram o consumo de cerveja para atletas. E isso está longe de ser aquele tipo de conversa jogada fora na mesa de um botequim. Os pesquisadores espanhóis recrutaram 16 homens saudáveis, com idade entre 20 e 30 anos. Todos praticavam atividade física regularmente e a silhueta de nenhum deles denunciava a protuberância de uma barriga de chope. 

Essa moçada teve de suar a camisa durante 60 minutos correndo em uma esteira sob uma temperatura ambiente de 35 °C. A suadeira rolou solta em duas ocasiões, com um intervalo de três semanas entre cada uma delas. Concluída uma das provas, os participantes mataram a sede com água na quantidade desejada. Numa outra, se reidrataram basicamente com 660 mililitros de cerveja, quase o equivalente a uma garrafa grande no Brasil. Antes, logo após e cerca de duas horas depois do exercício, o time hispânico analisou uma série de parâmetros, como o nível de hidratação, que poderiam ser influenciados pelo álcool da bebida — ora, sabe-se que essa substância faz o corpo eliminar líquidos. 

E não é que a breja, apelido carinhoso que os paulistanos deram à opção mais pedida em dez entre dez bares brasileiros, desceu redondo? Os cientistas constataram que ela foi capaz de restabelecer as perdas hídricas de maneira tão eficiente quanto a água e sem nenhum prejuízo aparente. Em outras palavras, a cervejinha é uma boa maneira de hidratar o organismo após o exercício físico. “Uma lata de 356 mililitros contém 326 de água”, justifica Antonio Carlos L. Campos, professor de nutrição da Universidade Federal do Paraná. Mas é preciso ressaltar, e os estudiosos espanhóis fizeram questão disso, que o consumo deve ser moderado. “A recomendação diária seria de duas a três latas para os homens e de uma a duas para as mulheres”, contabiliza Juan Ramon Barbany Cairo, professor de fisiologia do exercício da Universidade de Barcelona, que participou do simpósio Cerveja, Esporte e Saúde, no qual foi apresentado o trabalho espanhol. 

Mas nem todo mundo engole essa história de cerveja liberada. É o caso de José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva. “Ela não traz nenhum benefício para atletas ou praticantes de atividade física”, sentencia. “Para exercícios com duração acima de uma hora, é importante a reposição de água, carboidratos e eletrólitos, substâncias encontradas em bebidas isotônicas.” E, para atividades de intensidade moderada a alta, com até 60 minutos de duração, o especialista não titubeia em recomendar aquela fórmula conhecida de todos: H2O. Querelas à parte, o que se sabe é que a cerveja não é só água, não. “Ela é altamente nutritiva”, diz Antonio Carlos L. Campos. “Além de ser fonte de energia e proteínas, é rica em vitamina B, sais minerais e antioxidantes.” 

Por falar nisso, a bebida está repleta de flavonoides, poderosos agentes antirradicais livres, moléculas danosas acusadas de semear doenças diversas. Essa substância está por trás da boa fama que o vinho ganhou nos últimos anos, especialmente no quesito prevenção de males cardiovasculares. “Numa dieta rica em carne branca, frutas e verduras, os benefícios da cerveja são semelhantes aos do vinho”, diz o espanhol Cairo. E vitaminada é um adjetivo que lhe cai bem. A bebida é um manancial de folato, a outra alcunha do ácido fólico, nutriente capaz de prevenir tumores no cólon, na bexiga e nos pulmões, além de afastar a anemia. Tamanho atributo nutricional se justifica: é que o lúpulo e o malte, ingredientes da fórmula dessa preferência nacional, contêm doses generosas de folato. Há um senão: o álcool poderia dificultar a absorção da vitamina. Quanto, ainda não se sabe. Mas, para não estragar a festa, o melhor é fazer um brinde à sua saúde!

Fonte: Revista Saúde é vital.

Conflitos na catequese e na comunidade

Você já deparou com algumas discussões na comunidade? Já refletiu porque elas acontecem? Os motivos são válidos ou fúteis? Há como evitá-las? Problemas, conflitos, discussões, desentendimentos, temos até nas primeiras comunidades, conforme descrito nos relatos bíblicos. Hoje estas e outras indagações, podem nascer por vários motivos, mas os principais são algumas relações humanas que precisam ser refletidas, pois embora muitas estejam presente entre os catequistas, a maioria das vezes, está enraizadas nas lideranças que coordenam a própria catequese comunitária e paroquial, até mesmo no padre, vigário ou pároco. Veja a seguir os principais motivos:

A falta de humildade
Quando a pessoa está agindo erradamente, deve mudar de atitude. Isso não é humilhação, mas amor a Deus e aos irmãos.

A falta de conhecimento
Às vezes a pessoa não conhece bem a outra ou aquele assunto e briga pensando que está fazendo o que é certo.

A falta de educação
Muitos são briguentos mesmo e não têm um pingo de educação no relacionamento diário: não formaram ainda um bom caráter.

A falta de conversão
Muitas pessoas vindas de uma vida mundana ou ausentes por muito tempo da vida de igreja, que não mudaram ainda de modo real o seu coração. Fé e vida precisam estar unidas.

Traumas trazidos da própria família
Pessoas que em casa são humilhadas, que não conseguiram atingir seus objetivos de vida e descontam isso na comunidade.

Complexo de inferioridade
São os que ficam sentidos por quaisquer palavras que lhes são ditas para admoestação ou correção.

Falta de diálogo
Os que nunca dialogam, mas sempre e em toda parte querem impor suas idéias.

Mania de querer aparecer
Pessoas que fazem as coisas para aparecer e estar em evidência a qualquer custo.

Espiritualidade mal orientada
Pessoas sem formação adequada, que encasquetam uma idéia na cabeça e querem que a comunidade os siga a qualquer custo.

Falta de caridade
Os que acham que as idéias são mais importantes que o tratamento amoroso entre os irmãos.

Para refletir
Faça uma lista do que precisa mudar na comunidade e discuta isso com o grupo de catequista e o padre.

Para rezar
Jo 17, 1b - 5. 18 - 23

domingo, 27 de junho de 2010

Festas Juninas - bebibas quentes

 Quentão
Ingredientes
1 litro de água
1/2 xícara (chá) de açúcar
2 paus de canela
6 cravos-da-índia
1 folha de louro
½ litro de pinga
2 fatias de gengibre de 0,5 cm de diâmetro cada
fatias das casca de 1 laranja ou de 1 limão
Preparo
Coloque, em uma panela, a água, o açúcar, a canela, o cravo, o louro e o gengibre e leve ao fogo. Mexa até que o açúcar esteja dissolvido. Quando levantar fervura, junte a pinga e deixe ferver por 20 minutos. Adicione as cascas de laranja ou limão e deixe ferver por mais 5 minutos. Sirva bem quente. Retire as cascas de laranja ou limão para não amargar.

 Vinho Quente
Ingredientes
1 xícara de açúcar
1 pacote de cravos da índia
1 pacote de canela em pau
1/2 nóz moscada ralada
1/2 litro de suco de laranja
1/2 litro de água
3 maças picadas
3 laranjas picadas
2 litros de vinho suave

Modo de Fazer
Levar ao fogo numa panela para dourar o açucar, o cravo, a canela e a nóz moscada.
Assim que dourar, acrescentar o suco de laranja e a água.
Ferver bem, coar e voltar a calda ao fogo com as maças e a laranjas picadas.
Em seguida despejar o vinho e deixar ferver para diminuir a acidez.

Dica
Sirva em canecas de barro ou cerâmica.

domingo, 20 de junho de 2010

Estrias - verdades e mitos

As Terríveis estrias sempre acabam atacando coxas, bumbum, barriga, e seios são os principais alvos das estrias, que em pouco tempo, parecem se multiplicar pelo resto do corpo. O pior é que os cremes e tratamentos que prometem acabar de vez com elas, na maioria das vezes, não tem efeitos satisfatórios.
Veja abaixo 10 verdades e mitos sobre as estrias:


1°As estrias aparecem quando engordamos ou crescemos?
Verdade : Se você esticar um elástico além de seu limite máximo, ele se rompe. É exatamente o que ocorre com as fibras elásticas da pele. O crescimento é maior do que a pele pode suportar, surgindo as listras.
2° Refrigerante causa estria?
Mentira: Refrigerante pode contribuir com o aumento de peso, o que pode gerar o aparecimento das estrias. Mas não existe nenhuma ligação direta entre os 2.
3° Estrias são cicatrizes da pele?
Verdade: A estria nada mais é do que a ruptura de fibras elásticas, o que leva a uma cicatriz atrófica.
4° Roupas apertadas causam estrias?
Mentira: A roupa apertada não é capaz de romper as fibras da pele, problema que causa as estrias.  As roupas não possuem nenhum poder no que diz respeito à formação dessas cicatrizes.
5° Há tratamentos que fazem as estrias desaparecerem?
Mentira: A única coisa que conseguimos fazer é deixar as marcas menos visíveis, usando cremes ou aplicações de laser. A melhor solução sempre é prevenir.
6° Estrias escuras são mais fáceis de tratar?
Verdade : Estrias escuras são cicatrizes que ainda não estão totalmente formadas as fibras romperam e o vermelho indica que há sangue circulando fora dos vasos. Mas, é importante procurar um tratamento assim que elas apareçam, caso contrário, a dificuldade será a mesma.
7° Pele desidratada é sinal de formação de estrias?
Mentira:  Quando a pele está desidratada ela fica com um aspecto feio e isso pode colaborar para que as estrias fiquem ainda mais aparentes. Mas de nenhuma forma isso interfere na ruptura das fibras.
8° Peeling ajuda a suavizar as estrias?
Verdade : Os peelings químicos possuem uma formulação que provoca uma leve esfoliação na pele. Essa ação estimula a microcirculação da região afetada e forma novas fibras de colágeno, que ajudam a suavizar as marcas já existentes.
9° Uma alimentação balanceada ajuda no combate as estrias? 
Verdade : Umaalimentação saudável é sinal de corpo em forma e o principal responsável pelo aparecimento das estrias é o ganho acelerado de peso.
10° Grávidas têm mais chance de formar estrias?
Verdade: Como a pele estica muito, principalmente na região dos seios e barriga, é possível que aconteça uma ruptura das fibras. O ideal é usar cremes de prevenção e não engordar além do limites da gravidez.
Fonte: Mulher Beleza

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Uso obrigatório de cadeirinhas começa em setembro

Pais de todo o Brasil, atenção: crianças com menos de sete anos e meio deverão obrigatoriamente usar assentos de segurança nos bancos traseiros dos carros, as chamadas cadeirinhas infantis. A norma é uma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), publicada em maio de 2008. A medida prevê infrações gravíssimas (com perda de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação), multa no valor de R$ 191,54 e apreensão do veículo. As ações de fiscalização, previstas para começar nesta quarta-feira (09/06), serão iniciadas em 1º de setembro, quando a norma passará a entrar em vigor, segundo decisão do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

>>Confira alguns modelos de assentos de segurança

A resolução determina que bebês de até um ano devem ser transportados no modelo “bebê-conforto”. Crianças entre um e quatro anos precisam ser transportadas em cadeiras de segurança (há vários tipos, como as cadeiras multi-grupos e os assentos conversíveis). De quatro a sete anos e meio de idade, a melhor opção é o booster (assentos auxiliares, que elevam os pequenos, para que os cintos de segurança passem corretamente pelo ombro e abdômen). Já as crianças acima de sete anos e meio até dez anos devem viajar apenas no banco traseiro dos veículos, com o cinto de segurança.

Para ser ideal, o assento de segurança deve ser testado de acordo com o peso e a idade de cada criança e também precisa atender às normas de segurança. É essencial observar se o equipamento possui o Selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) ou, no caso de produtos adquiridos fora do Brasil, se possuem certificação europeia ou americana. A instalação correta ainda requer cuidados. Esse serviço geralmente é oferecido nas lojas onde os produtos são adquiridos. Os pais também podem buscar orientações no manual do produto. 

Segundo a ONG Criança Segura (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público dedicada à promoção da prevenção de acidentes com crianças entre zero e 14 anos), estudos americanos mostram que cadeiras de segurança para crianças, quando instaladas e usadas corretamente, diminuem os riscos de morte em acidentes em até 71%.

A nova lei não contempla veículos como ônibus, táxis, caminhões, vans e veículos de transporte coletivo em geral.

CORRERIA
Se para os pais menos prevenidos a regra ocasionou uma correria de última hora na busca dos assentos de segurança, para os lojistas a medida representou um aumento nas vendas nos últimos dias. Pais e Filhos fez uma seleção de lojas que ainda têm os produtos disponíveis em São Paulo (SP) e em algumas capitais brasileiras.

A corrida para se adaptar à nova regra repercutiu positivamente nas vendas de muitos estabelecimentos comerciais. Houve um aumento de 25% nas vendas das cadeirinhas na loja Alô Bebê, segundo Milton Bueno, gerente de marketing da empresa.

Por outro lado, quem deixou para o último instante pode encontrar dificuldades em achar as cadeirinhas. Na loja Santa Maria de Lamas, nos Jardins, em São Paulo (SP), há apenas o modelo o Peg Perego, para crianças de até 13kg (R$800,00). Na PB Kids resta um modelo para bebês com até 18kg (R$ 449). O modelo “booster” é o mais procurado.

Já a BB Trends e a Alô Bebê ainda têm todos os modelos de assentos de segurança disponíveis nos estoques de suas lojas, de acordo com as suas assessorias de imprensa. Os estoques estão sendo reforçados até a semana que vem. “A lei sobre os dispositivos de retenção para as crianças resultou em uma procura muito grande nas lojas Alô Bebê. O nosso estoque foi reforçado em 30% para atender a demanda”, diz Bueno.

A partir de setembro, todos os equipamentos devem possuir selo do Inmetro.

Fonte: Revista Pais & Filhos.

EU TENHO UMA DÚVIDA? E quando usar um taxi ou ônibus?  Flávio...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Livro ensina a identificar invejosos doentios a nossa volta

"Gente Tóxica", do terapeuta familiar Bernando Stamateas, dedica um capítulo inteiro para falar da inveja, um dos sete pecados capitais. Há um teste (abaixo, em negrito) para identificar um invejoso doentio ou sadio.

Uma serpente estava perseguindo um vaga-lume. Quando estava a ponto de comê-lo, o vaga-lume disse: "Posso fazer uma pergunta?" A serpente respondeu: "Na verdade nunca respondo a perguntas das minhas vítimas, mas, por ser você, vou permitir." Então, o vaga-lume perguntou: "Fiz alguma coisa a você?" "Não", respondeu a serpente. "Pertenço à sua cadeia alimentar?", perguntou o vaga-lume. "Não", respondeu a serpente de novo. "Então, por que você quer me comer?", perguntou o inseto. "Porque não suporto vê-lo brilhar", respondeu a serpente.

1. O seu... é melhor do que o meu? Quem disse?
Invejar é uma emoção que não só implica almejar o que a outra pessoa tem, a vontade de estar passando pela mesma circunstância do outro. O ato de invejar implica muito mais: coloca você em um plano de contínua insatisfação e de queixa permanente. A inveja nasce da sensação ou da crença de que nunca vai ter o que o outro possui. No entanto, isso pode ser mudado: se o que lhe desperta inveja são os quilos que a sua colega do escritório perdeu, se tiver certa e convencida de que também poderia perdê-los se quisesse, sentiria inveja dela? Se o seu amigo conseguiu uma promoção no trabalho e se você soubesse que fazendo tal ou qual treinamento também chegaria nesse mesmo nível, sentiria inveja dele? Como pode ver, trata-se de emoções evitáveis que terminam nos machucando e nos afastando do nosso foco e dos nossos próprios objetivos. São emoções que lentamente nos destroem, sem percebermos que a procissão vai por dentro, como diz um velho ditado. Raiva, dor, ira e tristeza são sentimentos com os quais nos encontramos ao pensarmos que não alcançamos o que os outros têm.

Podemos invejar um bom carro, um corpo espetacular, uma casa maravilhosa, uma saúde de ferro, um cargo hierárquico, um bom marido, uma mulher inteligente, o carisma de um amigo etc. A inveja pode se originar naquilo que pensamos que não temos e precisamos obter para sermos felizes e em uma autoestima pobre e machucada que sente que, se tivesse o que o outro conseguiu, aí sim seria feliz.

Invejar é desejar o que o outro tem.
A excelência e o trunfo sempre trazem inveja. Ninguém inveja um miserável ou um mendigo. Invejam-se as conquistas, o reconhecimento, a casa, o dinheiro, a família, o casal, os amigos.
Havia um rei que queria saber o que era pior, se ser avarento ou invejoso; então chamou duas pessoas e disse: "Para um de vocês darei tudo que pedir, mas ao outro darei o dobro". Então o invejoso disse: "Deixe-me ver se entendi bem, Sua Majestade, tudo que eu pedir, o senhor me dará, mas ao outro dará o dobro?" "Sim", disse o rei. Então o invejoso disse para o avarento: "Peça você primeiro"; "Por favor", disse o avarento, "primeiro os cavaleiros". Que sim, que não; então o invejoso disse: "Ok, eu peço primeiro. Que me tirem um olho." A inveja é um sentimento destrutivo de alguém que pretende tirar o que você conseguiu. Se for um homem de sucesso, sempre será perseguido.

Preste atenção neste conto:
"Havia um homem vendendo caranguejos na praia. Tinha dois baldes cheios de animais vivos: um estava coberto com uma rede e o outro, completamente tampado. Uma mulher lhe perguntou: "Por que cobriu um balde e o outro não?" Então o vendedor respondeu: "Porque vendo dois tipos de caranguejos: japoneses e argentinos. O caranguejo japonês sempre tenta sair do balde; quando não consegue, os outros fazem uma corrente, apoiam-se uns nos outros e, assim, todos conseguem sair, por isso tive de colocar uma tampa. Os caranguejos argentinos também tentam fugir, porém, quando um tenta pular, os de baixo o seguram e, assim, nenhum escapa."

A inveja é uma profunda raiva produzida pela conquista dos outros. A inveja é um desejo de vingança; seu brilho torna o invejoso opaco.
A inveja encurtará sua visibilidade e exercerá a mesma função que a neblina: não permitirá que você veja além do que está ao alcance dos olhos. A pessoa que inveja passa o tempo opinando e julgando tudo que o outro tem, em vez de se orientar para alcançar seus próprios sonhos, convertendo-se em algoz em vez de ser protagonista de sua própria vida.
A inveja é um desejo de destruição, de ódio. As mortes, as violações, os calotes, os enganos, os maus-tratos, nascem de inveja, por ambicionar o que o outro tem.
A inveja tentará destruí-lo por meio da perseguição aberta ou da desqualificação, da calúnia. Seu objetivo será sempre o mesmo: persegui-lo. Quando disserem: "O que eu falo não é para criticá-lo", "Falo isso, mas não para destruí-lo", é porque querem eliminá-lo. A afirmação de alguém em uma conversa denota o que essa pessoa tem em mente (caso contrário, não precisaria esclarecer).
O invejoso dirá: "Veja, não digo isso para o seu mal", mas sabemos que, no fundo, sua intenção é que você não consiga seus objetivos.
A inveja nos tira do foco e conduz a nossa energia para o lado errado, para "o outro", em vez de buscar dentro de nós mesmos, as melhores oportunidades. É um sentimento tão completo e cegante, que não permite ver o que está à sua frente nem aquilo que só pertence a você.
Só quando a sua autoestima e o seu eu estiverem seguros de suas capacidades e habilidades, quando tiver determinado que nada lhe moverá do objetivo a seguir, nunca mais você sentirá "inveja" de alguém.

2. Eu me pergunto: a inveja tem sexo?
Alguns poderão dizer que a inveja é um sentimento próprio das mulheres, produto de longas horas ao telefone opinando sobre a roupa que a outra usou; com que homem saiu, o que teria feito para consegui-los; a cirurgia que fez e não quer contar etc. As companhias telefônicas ficariam agradecidas, porém essa crença de que a inveja é exclusivamente feminina é falsa. Talvez as mulheres sejam mais expressivas, talvez se atrevam a verbalizar o que pensam das outras mulheres, mas a inveja, devo dizer, não tem sexo.
Muitos homens também sofrem desse mal, muitos em voz baixa ou sussurrando. Muitos chegam a suas casas e, com bronca, comentam com a mulher a posição que o colega no trabalho conseguiu ou a camionete 4x4 que o vizinho comprou.
Inveja e nada mais do que inveja. Então, analisemos a temperatura das nossas emoções.

Pegue um lápis e responda sinceramente "sim" ou "não" a cada pergunta do seguinte teste. Se a soma de todos os "sim" der como resultado mais de quatro, devo dizer que...
Primeiro, anime-se a fazê-lo e depois continuamos falando.

Se um amigo próximo consegue ter sucesso profissional, você se sente mal?
Quando alguém próximo em seu trabalho ou em sua vida privada age de forma certa e até louvável, é difícil parabenizá-lo?
Sente-se mal quando alguém importante fala maravilhas de outra pessoa que você conhece?
Sente-se mal quando, no trabalho, alguém dedica mais tempo a um de seus companheiros do que a você?
Sente que não recebe o mesmo afeto do que muitos de seus amigos?
Nas reuniões sociais, gosta de se destacar e ser o centro das atenções?
Você critica pessoas famosas ou que não conhece?
Fica animado se alguém que triunfou esteja passando agora por um mau momento?
Sente-se mal se for tratado da mesma maneira que as outras pessoas?
Alguma vez pensou que seus amigos não sabem o quanto você vale?

Se marcou mais de 4 "sim", sente inveja. Inveja sadia ou doentia, você poderá tentar justificá-la, porém, seja qual for o caso, é necessário olhar a sua própria vida e observar: "O que o outro fez para chegar a determinado lugar que eu não fiz?" Essa reflexão não tem como objetivo carregá-lo de culpa e reprovações, mas colocá-lo perante uma nova visão sobre a forma e as estratégias que deve acionar para chegar a seus objetivos. O que o restante das pessoas adquiriu não é acaso nem sorte, mas ação, decisão e execução do disposto.
A inveja não vive sozinha, não convive com a crítica, a fofoca, a dependência, o desânimo, todas as atitudes que consomem nossas forças, nos convertendo em excelentes "opinologistas", apesar de pobres construtores de nossa própria vida.
Desperdiçamos tanto tempo com os outros, que, quando devemos nos ocupar de nós mesmos, já estamos desanimados e, então, falamos: "O tempo passou, faço isso amanhã." Porém amanhã você terá o mesmo resultado se não romper o círculo da crítica e do julgamento.

3. Inveja: sadia ou doentia?
A inveja nos transforma em seres intolerantes em relação ao sucesso dos outros. Sofremos por termos menos dinheiro, menos felicidade do que o vizinho. O objetivo é sempre ter "mais quantidade" daquilo que o outro tem, ainda que seja à custa da dor e da felicidade. Quem vive a partir desses conceitos só poderá ocupar o lugar de vítima, gastando mal o tempo, em vez de viver bem e permitir que o outro viva como lhe pareça melhor.
Quando alguém pergunta às outras pessoas se são invejosas, elas costumam responder que sim, que de alguma inveja padecem, mas que, na verdade, o que sentem é uma inveja sadia, e não doentia.
Muitos descrevem a inveja sadia como aquela emoção que reconhece que o outro tem algo que eles mesmos desejam e que ainda não obtiveram, porém que farão todo o possível para conseguir. Nesse ato, reconhece-se que alguém agiu, que trabalhou a milha extra que o outro ainda precisa percorrer para chegar ao mesmo lugar. Essa inveja não acarreta dor ou frustração.
No entanto, muitas outras pessoas enfrentam diariamente uma inveja doentia, que só gera contínuo desassossego, infelicidade, frustração e dor por não poder ter o que o outro tem ou conseguiu, de forma tal que as impossibilita de se ocupar do que realmente merece importância: nós mesmos e nossas ações.
Invejas sadias ou doentias, invejas ocultas ou expostas, invejas controladas ou descontroladas, são invejas no fim, invejas que afetam a nossa autoestima e nossas emoções e, em consequência, os nossos resultados.
Inveja sim, talvez. Concorrência? Paixões descontroladas? A inveja não tem sexo nem religião, classe social tampouco raça, é uma emoção que afeta qualquer indivíduo que não esteja focado na sua própria vida nem nas suas metas. Não é maior ou menor, nem sadia ou doentia, ou boa ou má.
Como afirma o filósofo espanhol Miguel de Unamuno: "A inveja é mil vezes mais terrível do que a fome, porque é fome espiritual", ao que Napoleão Bonaparte acrescentou: "A inveja é uma declaração de inferioridade."
O mundo está infestado de vidas obcecadas em vidas alheias, em conquistas de terceiros; são vidas que não conseguem ver o que está na frente delas mesmas. São vidas que se negam a dar valor às conquistas e aos êxitos que alcançaram. Trata-se de pessoas que estão cegas perante o valor de suas próprias vidas; vidas que possuem sem serem possuídas, sem serem desfrutadas nem exploradas ao máximo nível de prazer e de resultados.
Trata-se de vidas que desejam encarnar outras vidas; no entanto, serão capazes de tolerar e atravessar tudo aquilo que essas outras pessoas suportaram para chegar ao sucesso? Poderão emular os esforços, as paixões, os trabalhos, as milhas extras, a energia focalizada, o tempo, a dedicação, o estudo, a preparação, as metas e as estratégias desenhadas com esmero por quem é invejado?
Um velho ditado popular diz: "se você olhar para meu sucesso, olhe também para meu sacrifício." Sem sermos dramáticos, porém realistas, é necessário reconhecer que muitas das pessoas que hoje estão em um lugar de privilégio foram constantes, decidiram pagar o preço de trabalhar, de se esforçar e melhorar sempre um pouco mais. Dedicaram tempo a ouvir seus mentores, a superar-se, a sanar cada emoção que machucava sua autoestima e que os freava no caminho para o seu sonho. Trata-se de pessoas que não se detiveram até conseguir colher a recompensa que lhes correspondia pela sua semeadura.
São pessoas que souberam semear e depois colher, que souberam falar e pedir o que precisavam, bater e derrubar cada porta fechada sem se deter, pessoas que conheciam o princípio que diz: "Se você bater, abrirão; se pedir, lhe será dado; e se buscar, encontrará."
A sua busca pessoal é que dará sentido à sua vida; suas metas e seus objetivos serão os que o ligarão a seu destino; seus sonhos e seus propósitos focarão sua energia e suas ações.
Sonhar, projetar-se e ser cada dia um pouco melhor são os ingredientes de uma autoestima sadia que sabe que as limitações só estão na mente, que ninguém roubou nada de ninguém, que a felicidade depende do que ela mesma é capaz de possuir, que seu valor não está em função da aprovação nem do olhar alheio; que sua recompensa está esperando para ser recolhidas e que o sucesso está marcado com o seu nome.
Uma estoestima sadia não busca reconhecimento nem fama, nem se move por conveniências, só está focada para uma aprovação e satisfação pessoal; se o restante chegar, será bem-vindo, mas é livre da bajulação e daqueles que a exercem.
"Aceitando que agradamos a quem agradamos quando somos como somos, não queiramos agradar a mais gente mudando o nosso caráter porque, então, não seremos nem agradaremos."
Ninguém tem o direito de se comparar a você. Não olhe para ninguém, não se distraia, cresça o quanto puder. Não concorra com outras pessoas, você não precisa demonstrar nada a ninguém. Não precisa chegar onde o outro chegou, só precisa superar suas conquistas, seus próprios limites.
Você tampouco tem a obrigação de receber o salário que o outro recebe, mas, sim, melhorar seus ingressos atuais. Não está obrigado a ter o corpo dos modelos de plantão para ser aceito, só trabalhe para poder gozar de uma boa saúde física e mental.
Seja a melhor versão de si mesmo e tenho certeza de que o "ibope" estará do seu lado!

4. Não inveje, admire
O que você sente quando lhe dizem: "triplicaram o meu salário", "estou namorando um modelo que tem casa, dinheiro e me trata bem"?
Você fica incomodado quando falam bem de outra pessoa? O que sente quando sabe que alguém comprou um carro e você ainda não conseguiu o crédito de que precisava para comprar o seu?
Inveja, talvez?
Salomão, um dos homens mais sábios da humanidade, disse: "A inveja corrói os ossos."
Há gente que sofreu artrose, reumatismos e outras doenças só por inveja. Ainda que pareça mentira, a base de todas as doenças muitas vezes se origina na inveja. A inveja sempre deixa as pessoas doentes. E não só o corpo físico, mas o espírito também amarga.
Aquele que o desqualifica com palavras sempre tentará buscar amigos: falará com outros para envenená-los, porque o invejoso não quer seu triunfo, e vai fingir que é seu aliado para prejudicá-lo. Aprenda a ouvir o que as pessoas dizem.
Tanto aquele que lhe envenena quanto o que o desqualifica tentarão por todos os meios evitar que você alcance seus sonhos. Eles se encarregarão de boicotar cada um de seus projetos. O lema deles é: "Se eu não consigo, ele tampouco."
A inveja é um sentimento destrutivo. Quando somos o objeto dela, quem sente inveja é vítima de um desejo doentio de fazer com que perca o que conseguiu. Se você for uma pessoa de sucesso, sempre será perseguida.
Seja inteligente, permaneça alerta: quando alguém prospera, melhora, avança, sempre haverá alguém que estará olhando e invejando sua posição.
Se for você que sente inveja, se critica, faz fofocas ou sente ciúmes, isso será evidência de que ainda não conseguiu aquilo que buscava porque não está habilitado nem capacitado para fazê-lo.
Precisamos aprender a celebrar e a festejar os sucessos alheios. Se conseguir fazer isso, significa que está em condições de antecipar que o melhor, além de bênçãos ainda maiores, está por chegar à sua vida.
Cada conquista do outro deve ser um desafio para você. O sucesso do outro não deve ser motivo de inveja, mas fonte de inspiração. Aprendamos a encontrar um giro de 180 graus a esse sentimento que só nos destrói e nos adoece.
O sucesso do outro deve inspirá-lo, levá-lo a analisar como fez isso, como o alcançou. A pessoa invejosa só olha o carro que o outro tem, quer o salário que o outro recebe, porém não pensa o que o outro fez para alcançar tudo isso; só vê o final, mas não tem capacidade de olhar o processo.
Para poder alcançar o que o outro possui hoje, você também precisa aprender a atravessar o processo, a ter vontade e coragem, força, energia e inteireza para percorrer o caminho.
Talvez, enquanto alguns estavam comendo um churrasco, outros estavam cursando a pós-graduação.
Se hoje você vê que seu colega do escritório recebeu uma grande promoção, antes de mais nada, reflita: das horas que ambos estão no escritório, quantas ele trabalha de forma eficiente enquanto você toma chá ou café?
Talvez, enquanto alguns passavam longas horas em pubs e bares, esquecendo-se de que uma família os estava esperando em casa, eles, os que hoje são invejados, estavam indo ao cinema com seus filhos e sua família.
Por isso, se hoje, na sua frente, há alguém com uma família melhor do que a sua ou com uma grande conquista profissional, seu sucesso não deve humilhá-lo, mas deve ser a ponte para que você se inspire e analise com o ele chegou a essa situação.
Você pode admirar em vez de invejar. A palavra "inveja" vem do latim e quer dizer: "eu vejo". A palavra "admiração" também vem do latim e significa: "eu olho para". Invejar quer dizer "olhar mal"; admirar implica "olhar para". Ambas têm a ver com olhar; a diferença é que a inveja traz raiva, enquanto a admiração motiva.
Qual é a diferença? Invejar é dizer "olho para destruí-lo"; admirar, "olho para aprender como você conseguiu".
Ao ouvir uma crítica, devemos observar se o crítico conseguiu mais do que sua vítima (seguramente não, por isso critica).
Aquele que desqualifica e calunia, provavelmente não consegue ter o mesmo brilho que você, por isso fala mal.
É importante entender que a pessoa de sucesso está perto de você para motivá-lo, para que consiga alcançar o que ele conseguiu. Se ele conseguiu, você também conseguirá.
O sucesso do outro deve servir para mobilizar as suas estruturas, sacudir seu conformismo e fazer você se sentir estimulando para conseguir mais.
Muitas vezes invejamos a rapidez com que o outro avançou enquanto nós permanecemos no mesmo lugar. Às vezes, parece que adiantamos dois passos e retrocedemos três, então nos perguntamos, nos questionamos e terminamos ficando doentes. O que acontece é que, em muitas ocasiões, se recebêssemos tudo junto não saberíamos o que fazer com isso. Por isso é que, enquanto vai crescendo e aprendendo, você vai recebendo. As grandes bênçãos, os grandes sucessos, costumam chegar aos poucos, para que seus inimigos não os destruam com a inveja.
Talvez haja projetos que estejam demorando, porém, quando você recebê-los, será porque não haverá inimigo, inveja nem ciúmes por perto que possam destruí-lo ou deixá-lo doente.
Todas as decisões que tomamos se baseiam naquilo que sentimos e tudo que sentimos se baseia no que pensamos.
Se eu mudar a minha maneira de pensar, mudarei minha maneira de sentir; e se mudo a minha maneira de sentir, então mudo também a minha maneira de decidir e, portanto, de receber.
§  Uma pessoa de sucesso não se mede pela quantidade de gritos que dá, nem pela linguagem que utiliza, mas pela sua maneira de pensar.
§  Uma pessoa de sucesso se distingue por seus pensamentos.
§  Uma pessoa de sucesso nunca inveja, porque a sua menta está colocada no seu propósito e nos seus sonhos.
§  Se os seus pensamentos e a sua mente são limitados e estreitos, quando conseguir chegar à sua meta certamente "você não vai acreditar nela". Porém, se sua mente e seus objetivos são ilimitados, você nunca vai se sentir onipotente, porque sempre haverá mais por conquistar, sempre haverá mais para sonhar.

Hoje, ocupe-se de você:
§  Saiba que você pode contar consigo mesmo.
§  Não espere nada de ninguém.
§  Supere seus limites.
§  Lute só por coisas que valham a pena.
§  Tire um tempo para descansar. * Busque conselhos de gente sábia.
§  Demonstre amor e ternura aos seres que ama.

Não importa quanta dor você tenha sofrido, nem quanta gente tenha se afastado, nem de quantas traições tenha padecido: cedo ou tarde entrará na terra de sua bênção e verá realizado cada um dos seus sonhos. E lembre-se: se quando conseguir o seu propósito, conseguir ser uma bênção para os outros, um novo nível de prosperidade, de sucessos, de riquezas, de saúde e de fortuna estará esperando por você. Quem sabe receberá ainda mais. Seja um motivador nato e não perca de vista o seu propósito.
Prepare-se: não há inveja nem ciúmes que possam deter, destruir nem limitar. Grandes coisas estão prestes a acontecer!

Fonte: Uol
"Gente Tóxica"
Autor: Bernardo Stamateas Editora: Thomas Nelson Brasil Páginas: 192 

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Lev Vygotsky - O teórico do ensino como processo social

A obra do psicólogo ressalta o papel da escola no desenvolvimento mental das crianças e é uma das mais estudadas pela pedagogia contemporânea. O psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) morreu há 74 anos, mas sua obra ainda está em pleno processo de descoberta e debate em vários pontos do mundo, incluindo o Brasil. "Ele foi um pensador complexo e tocou em muitos pontos nevrálgicos da pedagogia contemporânea", diz Teresa Rego, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Ela ressalta, como exemplo, os pontos de contato entre os estudos de Vygotsky sobre a linguagem escrita e o trabalho da argentina Emilia Ferreiro. A parte mais conhecida da extensa obra produzida por Vygotsky em seu curto tempo de vida converge para o tema da criação da cultura. Aos educadores interessa em particular os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de sócio construtivismo ou sócio interacionismo.

Surge da ênfase no social, uma oposição teórica em relação ao biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), que também se dedicou ao tema da evolução da capacidade de aquisição de conhecimento pelo ser humano e chegou a conclusões que atribuem bem mais importância aos processos internos do que aos interpessoais. Vygotsky, que, embora discordasse de Piaget, admirava seu trabalho, publicou críticas ao suíço em 1932. Piaget só tomaria contato com elas nos anos 1960 e lamentou não ter podido conhecer Vygotsky em vida. Muitos estudiosos acreditam que é possível conciliar as obras dos dois.

Biografia
Lev Semenovitch Vygotsky nasceu em 1896 em Orsha, pequena cidade perto de Minsk, a capital da Bielo-Rússia, região então dominada pela Rússia (e que só se tornou independente em 1991, com a desintegração da União Soviética, adotando o nome de Belarus). Seus pais eram de uma família judaica culta e com boas condições econômicas, o que permitiu a Vygotsky uma formação sólida desde criança. Ele teve um tutor particular até entrar no curso secundário e se dedicou desde cedo a muitas leituras. Aos 18 anos, matriculou-se no curso de medicina em Moscou, mas acabou cursando a faculdade de direito. Formado, voltou a Gomel, na Bielo-Rússia, em 1917, ano da revolução bolchevique, que ele apoiou. Lecionou literatura, estética e história da arte e fundou um laboratório de psicologia – área em que rapidamente ganhou destaque, graças a sua cultura enciclopédica, seu pensamento inovador e sua intensa atividade, tendo produzido mais de 200 trabalhos científicos. Em 1925, já sofrendo da tuberculose que o mataria em 1934, publicou A Psicologia da Arte, um estudo sobre Hamlet, de William Shakespeare, cuja origem é sua tese de mestrado.

Relação homem-ambiente 
Os estudos de Vygotsky sobre aprendizado decorrem da compreensão do homem como um ser que se forma em contato com a sociedade. "Na ausência do outro, o homem não se constrói homem", escreveu o psicólogo. Ele rejeitava tanto as teorias inatistas, segundo as quais o ser humano já carrega ao nascer as características que desenvolverá ao longo da vida, quanto as empiristas e comportamentais, que vêem o ser humano como um produto dos estímulos externos. Para Vygotsky, a formação se dá numa relação dialética entre o sujeito e a sociedade a seu redor – ou seja, o homem modifica o ambiente e o ambiente modifica o homem. Essa relação não é passível de muita generalização; o que interessa para a teoria de Vygotsky é a interação que cada pessoa estabelece com determinado ambiente, a chamada experiência pessoalmente significativa.

Tempo de revolução
Em menos de 38 anos de vida, Vygotsky conheceu momentos políticos drasticamente diferentes, que tiveram forte influência em seu trabalho. Nascido sob o regime dos czares russos, Vygotsky acompanhou de perto, como estudante e intelectual, os acontecimentos que levaram à revolução comunista de 1917. O período que se seguiu foi marcado, entre outras coisas, por um clima de efervescência intelectual, com a abertura de espaço para as vanguardas artísticas e o pensamento inovador nas ciências, além de uma preocupação em promover políticas educacionais eficazes e abrangentes. Logo após a revolução, Vygotsky intensificou seus estudos sobre psicologia. Visitou comunidades rurais, onde pesquisou a relação entre nível de escolaridade e conhecimento e a influência das tradições no desenvolvimento cognitivo. Com a ascensão ao poder de Josef Stalin, em 1924, o ambiente cultural ficou cada vez mais limitado. Vygotsky usou a dialética marxista para sua teoria de aprendizado, mas sua análise da importância da esfera social no desenvolvimento intelectual era criticada por não se basear na luta de classes, como se tornara obrigatório na produção científica soviética. Em 1936, dois anos após sua morte, toda a obra de Vygotsky foi censurada pela ditadura de Stalin e assim permaneceu por 20 anos. Segundo Vygotsky, apenas as funções psicológicas elementares se caracterizam como reflexos. Os processos psicológicos mais complexos – ou funções psicológicas superiores, que diferenciam os humanos dos outros animais – só se formam e se desenvolvem pelo aprendizado. Entre as funções complexas se encontram a consciência e o discernimento. "Uma criança nasce com as condições biológicas de falar, mas só desenvolverá a fala se aprender com os mais velhos da comunidade", diz Teresa Rego. Outro conceito-chave de Vygotsky é a mediação. Segundo a teoria vygotskiana, toda relação do indivíduo com o mundo é feita por meio de instrumentos técnicos – como, por exemplo, as ferramentas agrícolas, que transformam a natureza – e da linguagem – que traz consigo conceitos consolidados da cultura à qual pertence o sujeito.

O papel do adulto 
Todo aprendizado é necessariamente mediado – e isso torna o papel do ensino e do educador mais ativo e determinante do que o previsto por Piaget e outros pensadores da educação, para quem cabe à escola facilitar um processo que só pode ser conduzido pelo próprio educando. Segundo Vygotsky, ao contrário, o primeiro contato da criança com novas atividades, habilidades ou informações deve ter a participação de um adulto. Ao internalizar um procedimento, a criança "se apropria" dele, tornando-o voluntário e independente.

Expansão dos horizontes mentais
Como Piaget, Vygotsky não formulou uma teoria pedagógica, embora o pensamento do psicólogo bielo-russo, com sua ênfase no aprendizado, ressalte a importância da instituição escolar na formação do conhecimento. Para ele, a intervenção pedagógica provoca avanços que não ocorreriam espontaneamente. Ao formular o conceito de zona proximal, Vygotsky mostrou que o bom ensino é aquele que estimula a criança a atingir um nível de compreensão e habilidade que ainda não domina completamente, "puxando" dela um novo conhecimento. "Ensinar o que a criança já sabe desmotiva o aluno e ir além de sua capacidade é inútil", diz Teresa Rego. O psicólogo considerava ainda que todo aprendizado amplia o universo mental do educando. O ensino de um novo conteúdo não se resume à aquisição de uma habilidade ou de um conjunto de informações, mas amplia as estruturas cognitivas da criança. Assim, por exemplo, com o domínio da escrita, o educando adquire também capacidades de reflexão e controle do próprio funcionamento psicológico. Desse modo, o aprendizado não se subordina totalmente ao desenvolvimento das estruturas intelectuais da criança, mas um se alimenta do outro, provocando saltos de nível de conhecimento. O ensino, para Vygotsky, deve se antecipar ao que o educando ainda não sabe nem é capaz de aprender sozinho, porque, na relação entre aprendizado e desenvolvimento, o primeiro vem antes. É a isso que se refere um de seus principais conceitos, o de zona de desenvolvimento proximal, que seria a distância entre o desenvolvimento real de uma criança e aquilo que ela tem, o potencial de aprender – potencial que é demonstrado pela capacidade de desenvolver uma competência com a ajuda de um adulto. Em outras palavras, a zona de desenvolvimento proximal é o caminho entre o que a criança consegue fazer sozinha e o que ela está perto de conseguir fazer sozinha. Saber identificar essas duas capacidades e trabalhar o percurso de cada educando entre ambas, são as duas principais habilidades que um educador precisa ter, segundo Vygotsky.

Para pensar
Vygotsky atribuiu muita importância ao papel do educador como impulsionador do desenvolvimento psíquico das crianças. A idéia de um maior desenvolvimento conforme um maior aprendizado não quer dizer, porém, que se deve apresentar uma quantidade enciclopédica de conteúdos aos educandos. O importante, para o pensador, é apresentar às crianças formas de pensamento, não sem antes detectar que condições elas têm de absorvê-las. E você? Já pensou em elaborar critérios para avaliar as habilidades que seus catequizandos/as já têm e aquelas que eles poderão adquirir? Percebe que certas atividades estimulam os catequizandos/as a pensar de um modo novo e que outros/as não despertam o mesmo entusiasmo?

Fonte: Márcio Ferrari – Nova Escola – Adaptado Flávio.

Respostas para 7 dúvidas sobre o uso da chupeta por crianças

Quando o bebê nasce, os pais passam a se questionar sobre os benefícios e os malefícios de oferecer a chupeta a ele. Alguns temem causar depedência, outros pensam em possíveis problemas na dentição e na fala. Na creche, o panorama enfrentado pelos educadores não é diferente. Há muita dúvida e, por causa de tanta indecisão, esse objeto pode acabar ocupando o espaço que não merece, ser proibido radicalmente ou, pior ainda, ficar marcado como um elemento estranho ao ambiente, provocando certa inquietação, que ninguém se arrisca a resolver. Um cenário insustentável, ainda mais porque envolve dois aspectos importantíssimos da Educação Infantil: cuidados com os pequenos e a promoção da autonomia. Confira a seguir as recomendações de especialistas para as dúvidas mais comuns.

1. Para que serve a chupeta?
Ela é uma fonte de relaxamento para os bebês (não é à toa que um dos sinônimos é consolador e o termo em inglês é pacifier, que significa "pacificador"). Segundo explicação do pediatra José Martins Filho no livro Lidando com Crianças, Conversando com os Pais, ela possibilita o movimento de sucção, um bom exercício para o desenvolvimento infantil, pois articula os músculos necessários à fala.

2. Seu uso pode ser permitido na creche?
Sim. "É errado os educadores proibirem que os pequenos chupem chupeta. Não há motivo para isso", explica Maria Paula Zurawski, professora do Instituto de Educação Superior Vera Cruz (ISE Vera Cruz) e assessora da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. O objeto desempenha um papel importante na adaptação dos pequenos quando eles começam a frequentar a creche porque é útil para preencher a falta dos pais, funcionando como uma lembrança do ambiente de casa enquanto o vínculo com o educador e com as outras crianças não for estabelecido plenamente.

3. Na hora de dormir, ela pode ser permitida?
Sim, a chupeta ajuda a embalar o descanso dos bebês. Apesar disso, existem outros momentos em que ela não deve ser liberada: durante as atividades e as refeições, já que, além de atrapalhar o desenvolvimento da dicção, pode estimular o comportamento introspectivo, prejudicando a socialização.

4. É papel do educador ajudar as crianças a largar a chupeta?
Sim, mas não há um método para isso. A função do professor é promover a autonomia delas - o abandono do objeto é uma consequência. Cabe ao adulto ainda desenvolver uma relação de confiança com os pequenos para que eles se sintam cada vez mais seguros na creche. Por isso, é importante ter em mente que chupar chupeta é um hábito que deve ser tolerado, mas não incentivado. Para explorar a responsabilidade e a independência de cada um, proponha que, quando forem vetadas, elas sejam guardadas em potes individuais, junto aos demais materiais de uso pessoal. Um alerta: não perca tempo explicando para as crianças os problemas que ela pode acarretar, como dificultar a fala e atrapalhar o crescimento da dentição, na tentativa de fazer com que a larguem. "Até os 3 anos, a relação entre causa e consequência ainda não é bem compreendida", explica Cisele Ortiz, psicóloga e coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.

5. Até que idade os pequenos podem usar a chupeta?
Não existe um limite fixo. O bom senso deve prevalecer, afinal, ela é um material de apego, tal como um cobertor ou um brinquedo qualquer que os pequenos costumam adotar para ter por perto durante um tempo. Com um bom trabalho de promoção de autonomia, feito pelos educadores em parceria com a família, é possível ajudá-los a chegar à pré-escola livres dela (leia o plano de trabalho). "Eles gostam de mostrar aos adultos que estão crescendo e, por isso, acabam abandonando a chupeta facilmente quando incentivados", esclarece Adriana Ortigosa, coordenadora da EM Noel Rosa, em Guarulhos, na grande São Paulo.

6. Quais os efeitos positivos e negativos do objeto?
"Ele é danoso se der origem a uma relação de dependência duradoura", fala Ana Paula Yazbek, formadora de professores do Centro de Estudos da Escola da Vila, em São Paulo. Por isso, quando a choradeira tomar conta do ambiente, contenha o ímpeto de silenciar a turma oferecendo a chupeta: busque o que está causando o desconforto. "Conversar em vez de dá-la é uma forma de não comprometer o desenvolvimento da capacidade nos pequenos de expressar sentimentos oralmente", diz Maria Paula.

7. O uso deve ser combinado com a família?
Sempre. Se os pais insistirem para que o filho não use a chupeta na creche, explique que se trata de um apego passageiro, porém muito valioso para ele. "Deixe claro que o objeto não prejudica o aprendizado dele em nada. Mas, se ainda assim eles não concordarem com a liberação, diga que é importante permitirem que a criança tenha outro objeto de apego caso ela demonstre essa necessidade.

Dia Nacional do Sexo! Precisa mesmo?

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Debater os riscos da AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, com campanhas pelo uso de preservativos, vá lá. Estabelecer meios de conter a gravidez precoce ou indesejada com métodos contraceptivos também é aceitável.
Mas tem político que se preocupa mais com a libido do que com o estômago e o coração do brasileiro. Um projeto de lei apresentado pelo ex-deputado baiano Edigar Mão Branca.
O “nobre parlamentar” apresentou um projeto para criação do Dia Nacional do Sexo, a ser celebrado em 14 de janeiro, aniversário do próprio deputado.
De acordo com Mão Branca, é preciso estabelecer um dia para que as autoridades pensem e discutam, juntamente com a população, uma ou várias maneiras seguras, responsáveis e prazerosas de praticar sexo, pois, a questão sexual está sendo tratada de forma distorcida, como uma mercadoria suja, e “temos a obrigação de rechaçar essas distorções”. Sexo não está atrelado somente ao prazer e ao comércio, argumenta o ex-parlamentar.

Fonte: Jornal Conapub