domingo, 28 de fevereiro de 2010

Brincar - coisa de criança


Você sabe realmente o que significa e qual a real importância do "brincar" para uma criança?
Veja os erros mais comuns que podemos cometer a respeito e dicas de como evitá-los:

Pensar que brincadeira é perda de tempo:
É através das brincadeiras e do faz-de-conta que a criança aprende e compreende as regras de convívio social, desenvolve habilidades motoras, aprende a lidar com sentimentos e se preparam para a vida adulta. Na agenda da criança, ao lado das aulas de natação, música, dança, lutas...deve haver espaço para BRINCAR!

Querer ensinar o jeito certo de brincar:
Deixe a criança soltar seu lado criativo. Se na brincadeira de casinha o cachorro de pelúcia vai ser a mãe e o telefone é a tampa da panela, qual é o problema???? Alguns jogos têm regras pré-estabelecidas (damas, xadrez) que presisam ser ensinadas por um adulto, mas as crianças podem criar suas próprias regras. Ela também pode tentar montar um quebra-cabeça de modo errado, se o adulto corrige a todo momento a criança perde a oportunidade de aprender a errar e a brincadeira se transforma em uma relação formal.

Comparar o desempenho:
Respeite o ritmo da criança, se ela ainda não faz o que o coleguinha já consegue fazer, logo vai aprender! Tentar acelerar a aprendizagem da criança pode prejudicá-la. Uma forma de ajudar a criança, sem exigir demais é propor desafios e oferecer novas possibilidades de exploração para determinado brinquedo, se a criança desistir é porque chegou no seu limite.

Superproteger:
Cuidado em demasia pode prejudicar a autonomia da criança. O importante é ficar atento à elas para evitar acidentes, mas sem podá-las.

Ser Sexista:
Boneca é de menina, carrinho é de menino. Por quê? Será que menino não pode ser pai? E menina, não vai poder dirigir? Então qual é o problema?

Intervir nos conflitos:
Tá brigando, discutindo? Se não tem violência deixa rolar! A criança precisa aprender a desenvolver o auto-controle, a negociar. Claro que quanto maior a criança, mais facilidade em se expressar, depois você pode ajudá-la a refletir sobre a situação. Se houver agressão física o adulto deve intervir, mas atenção: pode ser apenas parte de uma brincadeira... Bater no amigo não pode, mas brincar de luta pode indicar uma leitura crítica que a criança faz de determinado assunto. Se a criança estiver muito violenta, pode estar reproduzindo o que vê.

Texto adaptado de matéria publicada no Caderno Equilíbrio da Folha de São Paulo 11/10/2007.

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